TEL AVIV, 11 SET (ANSA) – A Organização para a Libertação Palestina (OLP) denunciou Israel nesta terça-feira (11) por supostos crimes de guerra que teriam sido cometidos na decisão da Suprema Corte local de demolir a vila beduína de Khan al Ahmar, na Cisjordânia, e sua “escola de borracha”, construída com paredes de pneus. O anúncio foi feito pelo secretário-geral da entidade, Saeb Erekat, em coletiva de imprensa realizada em Ramallah.
Erekat disse que Israel deve ser responsabilizado pela destruição da vila, que foi decidida na última semana após um recurso dos palestinos ser negado. O tribunal alega que o vilarejo teria sido construído de forma ilegal, já que o Acordo de Oslo, assinado em 1993 por autoridades palestinas e israelenses, definiu que o local estaria sob jurisdição militar e administrativa de Israel. A “escola de borracha” da vila, construída em 2009 pela ONG italiana “Vento di Terra”, é feita com paredes de pneus descartados devido à falta de recursos e à proibição israelense de se usar cimento na área. O projeto se tornou símbolo da comunidade local. “Nós vamos continuar recorrendo às cortes internacionais independentemente de chantagens e dos Estados Unidos”, disse Erekat.
Na última segunda-feira (10), Washington anunciou o fechamento do escritório da OLP na capital norte-americana por considerar que as negociações de paz não estariam tendo progresso suficiente, além do fato de o país, junto com Israel, sofrer ameaças de ações dos palestinos no Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, considerou a decisão do governo norte-americano “correta” e afirmou que o país apoia a decisão dos Estados Unidos, que mostra que a recusa a negociar e as tentativas de ataque a Israel não vão levar à paz.
O assessor de segurança do governo norte-americano, John Bolton, condenou a atitude dos palestinos e ameaçou impor sanções ao TPI caso haja penalidades aos Estados unidos ou a Israel. “O tribunal já esta morto para os Estados Unidos”, disse Bolton.
Além do fechamento da embaixada, os norte-americanos suspenderam o repasse de US$ 200 milhões em assistência a instituições palestinas e cortou o envio de US$ 25 milhões em ajudas a hospitais que atendem palestinos em Jerusalém. (ANSA)
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