Pastor
ocupava o cargo de secretário estadual de Assistência Social e Direitos
Humanos do Rio de Janeiro, e em dois meses tentou desmontar o projeto
Rio Homofobia, responsável por iniciativas de combate ao
preconceito.
Estadão Conteúdo
Um dia após dizer ao jornal "O Globo" que acredita na "cura gay", o secretário estadual de Assistência Social e Direitos Humanos do Rio de Janeiro, pastor Ezequiel Teixeira, filiado ao Partido da Mulher Brasileira, foi exonerado pelo governador Luiz Fernando Pezão (PMDB). A decisão foi divulgada pela assessoria de Pezão na noite desta quarta-feira (17), horas depois que o jornal circulou.
O pastor ocupava o cargo desde 15 de dezembro, e em dois meses tentou desmontar o projeto Rio Homofobia, subordinado à pasta e responsável por implementar projetos de combate ao preconceito e promover a cidadania dos homossexuais. Desde que o pastor assumiu a pasta, foram fechados quatro centros de assistência à população homossexual no Estado e demitidos 78 funcionários que atuavam no programa.
Fundador da igreja evangélica Projeto Nova Vida, o pastor comparou a homossexualidade ao câncer e à Aids. "Eu não creio só na cura gay, não. Creio na cura do câncer, na cura da Aids", afirmou. "Fui eleito (deputado federal) com essas convicções. Fui convidado para estar aqui (na secretaria). E todos que me chamaram sabiam das minhas convicções", afirmou ao jornal carioca.
Teixeira será substituído por Paulo Melo (PMDB), que ocupava a função de secretário estadual de Governo. Essa pasta será ocupada por Affonso Monnerat, atual chefe de gabinete do governador.
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