Com a crescente evolução da ferramenta tecnológica, consórcio de pesquisadores cria instituto dedicado a estabelecer parcerias entre universidades e empresas.[Imagem: Nik Neves/Pesquisa FAPESP]
Instituto Avançado de Inteligência Artificial
Em constante crescimento, principalmente nesta década, a inteligência artificial (IA) começa 2019 com mais um incentivo no Brasil. A partir da inauguração oficial do Instituto Avançado de Inteligência Artificial (AI²), surge mais uma ponte entre universidade e empresa para o desenvolvimento de pesquisas em parceria.
A expectativa é de que a organização promova projetos voltados às mais diversas aplicações, em consonância com a própria multidisciplinaridade desse ramo da ciência da computação.
"A IA busca simular a inteligência humana utilizando não apenas conhecimentos da computação, mas também de biologia, engenharias, estatística, filosofia, física, linguística, matemática, medicina e psicologia, apenas para citar algumas áreas," enumera André Carlos Carvalho, da Universidade de São Paulo (USP) e um dos integrantes do futuro instituto.
Organizado como um consórcio de pesquisadores de inteligência artificial, o AI² reúne especialistas de algumas das maiores universidades do país, que oferecerão seu conhecimento para o desenvolvimento de projetos de interesse acadêmico e comercial. "Nossa meta é agregar parcerias no mundo inteiro para a realização de projetos de grande impacto socioeconômico," disse o físico Sérgio Novaes, do Núcleo de Computação Científica da Universidade Estadual Paulista (Unesp).
Segundo Novaes, o suporte financeiro do instituto virá de seus parceiros privados. "O dinheiro será utilizado no recrutamento de recursos humanos, organização de eventos, mobilidade de pesquisadores e, eventualmente, aquisição de software e hardware", explica.
Trabalho colaborativo
A intenção é estabelecer colaborações que envolvam interesses recíprocos e convergentes para que o AI² possa desenvolver atividades relevantes de pesquisa, desenvolvimento e inovação, e não apenas como meros prestadores de serviços para o setor privado. O instituto não terá sede própria.
"O modelo envolve espaços [de trabalho colaborativo] nas instituições participantes ou fora delas, conectados por meio de um sistema de telepresença," disse Novaes. Os professores que atuarão como mentores dos projetos com o setor privado deverão ficar em suas instituições de origem e o pessoal das empresas continuará em suas respectivas sedes.
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