Jerusalém, 4 Jan 2017 (AFP) - Um funcionário palestino da ONU, acusado por Israel de ajudar o movimento islamita Hamas, que governa a Faixa de Gaza, foi sentenciado a sete meses de prisão nesta quarta-feira.
Wahid Borsh, um engenheiro que trabalha no Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), detido em julho passado, foi declarado culpado por ter "contribuído involuntariamente com uma organização ilegal", explicou sua advogada, Leah Tsemel, referindo-se ao Hamas, que Israel considera uma formação terrorista.
Wahid Borsh, um habitante de Gaza que tinha 38 anos no momento da prisão, aceitou declarar-se culpado em troca de uma pena menor.
As autoridades israelenses anunciaram suas suspeitas contra Wahid Borsh na mesma ocasião da prisão de outro funcionário humanitário, e os dois casos foram usados como prova de uma malversação sistemática da ajuda internacional.
O Hamas governo a Faixa de Gaza, submetida a um bloqueio terrestre, aéreo e marítimo por parte de Israel, assim como a um rigoroso controle das pessoas e mercadorias que cruzam suas fronteiras.
Dois terços dos dois milhões de palestinos que vivem na Faixa de Gaza tentam superar a crise humanitária com a ajuda externa, cuja chegada depende tanto de Israel como do Hamas.
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