Resposta a discurso de John Kerry mostra mudança na relação entre os dois países
Ministro israelense manda recado a Obama: "Leia sua Bíblia"
Durante muitos anos, os Estados Unidos foram o principal aliado de Israel e responsável por bloquear muitas medidas tomadas contra o Estado judeu na ONU. Como membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, os americanos usaram seu poder de veto para evitar medidas mais drásticas.
Contudo, nas decisões mais recentes da ONU, o governo de Barack Obama mostrou estar em rota de colisão com Israel. Esta semana, o secretário de Estado norte-americano John Kerry fez um discurso duro, onde voltou a pressionar pela chamada “solução viável dos dois Estados”, que forçaria o reconhecimento de uma Palestina independente e entregaria a ela a porção oriental de Jerusalém.
A resposta de Naftali Bennett, ministro da Educação de Israel, mostrou que há a relação entre os dois países está bem diferente. O governo Obama criticou os assentamentos e classificou Jerusalém como “território ocupado”, gerando uma crise sem precedentes. Teme-se que a reunião marcada pela França dia 15 de janeiro, possa tomar uma decisão unilateral que forçaria Israel a entregar parte de seu território.
Donald Trump, que já demonstrou ser favorável ao reconhecimento de Jerusalém unificada como capital só toma posse dia 20, o que teria forçado Obama e apressar o processo.
“Não iremos estabelecer outro estado terrorista no coração do nosso país. Os cidadãos de Israel já pagaram com milhares de vítimas, dezenas de milhares de foguetes e inúmeras condenações em nome da utopia de um estado palestino. Chegou a hora de adotarmos uma nova política, e iremos avançar”, ressaltou Bennet.
Em outro discurso, o ministro da Educação já havia enviado um recado direto: “Há poucos dias, o Conselho de Segurança da ONU aprovou uma vergonhosa resolução que menciona que Jerusalém é território ocupado. Jerusalém é a capital dos judeus há 3000 anos. Isso está na Bíblia, pode abrir e ler”.
Enfatizou ainda que não aceitará esse revisionismo histórico proposto pelos muçulmanos: “Nós, judeus, acendemos a menorá [candelabro] há 2170 anos em Jerusalém. A cada Páscoa dizemos: ‘Ano que vem, em Jerusalém’. Há 1000 anos acendemos a menorá na Rússia e em Marrocos, e dizemos: “Ano que vem, em Jerusalém’. Setenta e dois anos atrás acendemos a menorá junto ao crematório de Auschwitz e dissemos: “Ano que vem, em Jerusalém. Nenhuma decisão da ONU ou discurso mudará o fato que Jerusalém foi e sempre será a capital israelense.” Com informações de Israel National News
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