Calote Grego: Primeiro-ministro grego envia nova proposta a credores internacionais - A Grande Recessão Mundial vem aí... - ILLUMINATI - A ELITE PERVERSA

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Calote Grego: Primeiro-ministro grego envia nova proposta a credores internacionais - A Grande Recessão Mundial vem aí...

Tsipras aceita reduzir o gasto militar à metade e também revelou que está disposto a reduzir as aposentadorias já a partir de outubro.


O que a comunidade internacional mais temia, mas muita gente tinha esperança de evitar, acabou acontecendo na terça-feira (30) às 19h, horário de Brasília: a Grécia não pagou a dívida com o FMI. Foi o primeiro calote de uma economia do primeiro mundo, o que gerou ainda mais apreensão.
O primeiro-ministro grego Alexis Tsipras fez uma nova oferta aos credores internacionais. O governo grego quer um terceiro plano de ajuda sem a participação do FMI e quer também uma reestruturação da dívida, mas os ministros europeus advertiram que não vão negociar com a Grécia se o FMI ficar de fora. A reportagem é de Ilze Scamparini.
Na reconstrução dos fatos das últimas horas, o drama grego ganha ainda mais suspense. À meia noite, o relógio do Banco Nacional da Grécia avisava também o vencimento da dívida do país com o Fundo Monetário Internacional de uma parcela de 1,6 bilhão. O governo grego mandou uma mensagem ao FMI pedindo a prorrogação do prazo.
Foi um dos maiores calotes da história da instituição, com sede em Washington. O último país a não pagar foi o Zimbábue, em 2001, devia só US$ 100 milhões.
O FMI declarou a Grécia inadimplente, mas respondeu que vai avaliar o pedido de Alexis Tsipras e não está excluído que, com a influência do governo americano, que não quer crise na Europa, possa aceitar o pedido e prorrogar o pagamento. O rombo que representa para o FMI é enorme, e em agosto vence outra parcela grega bem maior do que a de terça.
Nesta quarta (1º) o primeiro-ministro grego Alexis Tsipras chegou cedo ao trabalho. Logo na entrada recebeu o apoio de um aposentado. Os gregos parecem profundamente divididos.
Uma parcela da população acredita que não tem nada a perder e que na consulta popular de domingo deve dizer não ao plano de austeridade imposto pelos credores. Um motorista de táxi disse que o país está um caos, não tem como piorar e por isso vai votar não.
Outros preferem aceitar os cortes de benefícios para manter o Euro e permanecer como cidadãos da Europa. Um homem acredita que a Grécia ainda vai conseguir fechar um acordo com os credores. Na terça, nas ruas de Atenas, milhares de pessoas saíram em defesa do sim ao pacote europeu.
O sistema financeiro está à beira de um colapso. Desde o início do ano mais de 40 bilhões de euros foram retirados dos bancos.
Durante a noite chegou a Bruxelas o texto escrito da proposta do governo grego, pedindo a restruturação da dívida e mais um empréstimo de três bilhões em dois anos. Segundo fontes italianas, Alexis Tsipras teria comentado que estaria disposto a cancelar o referendo de domingo se os credores aceitassem os seus pedidos.
Bancos abrem só para aposentados
Nesta quarta os bancos gregos abriram, mas só para os aposentados, que enfrentaram filas e até tumulto para sacar o pouco que podiam. A falta de dinheiro já atinge em cheio o comércio, como mostra a enviada especial a Atenas Bianca Rothier.
No fim de semana, o primeiro-ministro, Alexis Tsipras, disse que o sol nasceria mesmo depois de um calote e os gregos sobreviveriam. O dia clareou e milhares de aposentados correram para as agencia bancárias.
Em frente a uma agência do Banco Nacional da Grécia, em Atenas, houve tumulto. Theodoros está incrédulo: “Essa é a pior situação que eu já vi. Nem na guerra foi tão ruim”, contou.
Cenas caóticas foram registradas em todo o país. Mil agências abriram as portas, mas apenas para aposentados que não tem cartão. Eles só puderam retirar 120 euros: o limite de saque para a semana inteira. “Não é suficiente para pagar nossas contas no prazo”, disse Ioanna.
Começa a faltar dinheiro nos caixas eletrônicos. Com pouco dinheiro circulando, o comércio sente os efeitos. O movimento em restaurantes é muito tranquilo. O gerente de um restaurante disse que o movimento já tinha caído pela metade na semana passada, e nesta semana vai piorar ainda mais. Resignado, o funcionário desabafa: “Não há o que fazer”.
Sem qualquer companhia por perto, Stamatus devora o jornal, mas é difícil digerir as notícias. “Eu sinceramente espero que as coisas mudem”.
O jornal ‘Financial Times’ afirma que o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, aceitou a última proposta dos credores para continuar recebendo empréstimos, mas impôs uma série de condições, que dificilmente serão aceitas pelos banqueiros.
Conheça melhor a Grécia
Vamos entender um pouco esse país, que fica no sul da Europa e é um destino dos sonhos para turistas do mundo todo. A Grécia combina paisagens de montanha com mais de 1,4 mil ilhas. A maior delas é Creta. São 11 milhões de habitantes e um produto interno bruto de US$ 240 bilhões, bem abaixo do brasileiro. A Grécia só representa 2% do PIB da União Europeia e 0,39% da economia mundial.
Ao todo, 40% das crianças gregas vivem abaixo da linha da pobreza e o desemprego atinge 52% dos jovens. O turismo é a principal atividade econômica, mas outra importante fonte de renda é a construção naval. Com monumentos históricos como o Parthenon, em Atenas, a Grécia é considerada o berço da civilização ocidental, origem da democracia, da filosofia, dos Jogos Olímpicos e das artes.
Premiê envia nova proposta a credores
O primeiro-ministro da Grécia Alexis Tsipras vai fazer um pronunciamento pela TV. Ele vai dizer ao povo grego que mandou uma carta com uma nova proposta aos credores. A carta foi endereçada ao presidente da Comissão Europeia Jean-Claude Juncker ao presidente do  Banco Central Europeu Mario Draghi e à diretora do FMI Christine Lagarde. Tsipras aceita reduzir o gasto militar à metade e também revelou que está disposto a reduzir as aposentadorias já a partir de outubro.
A primeira-ministra Angela Merkel fez um pronunciamento sobre a crise grega no parlamento alemão. Ela disse que a dívida da Grécia não é um problema insuperável e que a Europa vai sair ainda mais forte dessa crise.

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