Levar um islâmico ao cristianismo pode render prisão naquele país
Papa Francisco em Marrocos. (Foto: REUTERS/Youssef Boudlal)
Durante sua visita ao Marrocos, na manhã deste domingo (31), o papa Francisco surpreendeu ao dizer que a missão dos católicos é ilustrar os ensinamentos da Igreja e não evangelizar.
“Continuem próximos daqueles que são frequentemente excluídos, os pequenos e os pobres, os prisioneiros e os migrantes. Os caminhos da missão não passam através do proselitismo, que leva sempre a um beco sem saída, mas pelo nosso modo de estar com Jesus e com os outros”, declarou, segundo site oficial do Vaticano.
De maioria muçulmana, em Marrocos levar um islâmico ao cristianismo pode render prisão, e o pontífice alertou contra a tentativa de conversão religiosa. “ A que é semelhante um cristão nestas terras? Com que posso compará-lo? É semelhante a um pouco de fermento que a mãe Igreja quer misturar com uma grande quantidade de farinha, até que toda a massa se levede. De fato, Jesus não nos escolheu nem enviou para que nos tornássemos os mais numerosos!”, declarou, em um discurso que contrasta com textos bíblicos como Mateus 28:19-20.
O pontífice concluiu declarando que “ser cristão não é aderir a uma doutrina, a um templo, ou a um grupo étnico; ser cristão é um encontro. Somos cristãos, porque Alguém nos amou e veio ao nosso encontro, e não por resultados do proselitismo”.
A postura de conciliação com os islâmicos é comum nos discursos de Francisco, que disse anteriormente que cristãos e muçulmanos “são irmãos”.
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