A humanidade pode estar muito próxima de dar um passo antes impensável na questão da reprodução. Um grupo de cientistas publicou estudo na revista Nature na qual afirma ser possível reproduzir ratos in vitro a partir de uma técnica que não utiliza óvulos.
Resumindo, os cientistas conseguiram fazer uma gestação sem a presença de uma mãe. Na pesquisa, eles conseguiram transformar óvulos dos ratos em um embrião patenogenético graças a utilização de um procedimento químico.
Esse tipo de embrião, para mamíferos, não costuma sobreviver muitos dias após o nascimento. Para outros animais como lagartixas, cobras e crustáceos, por outro lado, a reprodução se dá a partir desse tipo de embrião, sem a necessidade do esperma para fecundação.
Na pesquisa em questão, os cientistas injetaram esperma nesse embrião partenogenético e, depois, o implantaram em ratos fêmeas. Como resultado tiveram o nascimento de 30 filhotes, todos eles isentos de problemas de saúde.
O estudo aponta que a taxa de sucesso do procedimento foi de 24%. O número, que soa baixo em uma primeira observação, é quase o mesmo quando se fala da taxa de sobrevivência de embriões gerados a partir das fertilizações in vitro.
O principal ponto destacado pelos cientistas é que esse tipo de embrião atua como qualquer outra célula do corpo. Assim, não seria necessária a utilização exclusiva de células reprodutoras, como óvulos e esperma, para a criação de um embrião.
Apesar de ainda embrionária — com o perdão do trocadilho — a técnica já é muito bem vista na comunidade científica. Alguns acreditam que ela poderá revolucionar o futuro da reprodução, fazendo com que homens e mulheres inférteis pudessem ter filhos.
A ausência completa de uma mãe no processo, no entanto, ainda é impossível. Isso porque ainda é necessário um útero para que o feto se desenvolva. Recentemente, na mesma Nature, pesquisa divulgada afirmou que cientistas criaram embriões em uma placa de petri por 13 dias, mas interromperam o experimento, que tentava chegar a uma gestação sem o órgão reprodutor feminino, por questões éticas.
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