ILLUMINATI - A ELITE PERVERSA

quinta-feira, 31 de março de 2016

Atirador dispara em faculdade nos Estados Unidos e deixa mortos

14:28
Atirador dispara em faculdade nos Estados Unidos e deixa mortos
Dez pessoas morreram; Obama defende controle de armas.

Imprensa diz que atirador era Chris Harper Mercer, de 26 anos; ele morreu.

Um atirador disparou nesta quinta-feira (1º) na Umpqua Community College, faculdade comunitária no estado do Oregon, nos Estados Unidos. A faculdade, que fica a 9,7 km da cidade de Roseburg, foi fechada. A polícia foi ao local, houve troca de tiros com o suspeito, e ele morreu.

Segundo o jornal "The New York Times" e as redes de TV NBC News e CBS News, o atirador seria Chris Harper Mercer, de 26 anos. As emissoras dizem que o nome foi revelado por diversas fontes policiais.

Dez pessoas morreram, segundo disse o xerife do condado de Douglas, John Hanlin, em coletiva de imprensa, sem especificar se o atirador está entre os 10 mortos. Outras 7 pessoas ficaram feridas, sendo três em estado crítico. Ele informou que o atirador era um homem que foi localizado em uma sala de aula. Segundo o xerife, houve troca de tiros, e o suspeito foi morto. Os policiais não ficaram feridos. A governadora do Oregon, Kate Brown, disse em pronunciamento em Portland que o atirador teria 20 anos.

Os feridos foram transportados para receber atendimento médico. Outros estudantes e funcionários da faculdade foram levados de ônibus a um centro do condado para encontrar seus familiares.

O presidente Barack Obama agradeceu os policiais que agiram no local e lamentou as mortes em pronunciamento na Casa Branca, em Washington. Disse que seus "pensamentos e orações" estão com as famílias das vítimas, mas que dizer isso não é suficiente. O presidente criticou a facilidade de se obter armas no país e disse que as mortes em massa já viraram "rotina".

"Não deveria ser tão fácil para uma pessoa que queira ferir outras pessoas conseguir uma arma", afirmou o presidente, sem esconder sua irritação. "Qualquer pessoa que faça isso tem uma doença em sua mente", disse. "Somos uns dos maiores países que assiste a essas mortes em massa a cada mês".

Em seu discurso, disse que o país gasta trilhões de dólares para impedir ataques terroristas no país, mas que o Congresso impede a reunião de dados sobre mortes por armas. E pediu ao Congresso para legislar sobre o controle de armas.

Policiais verificam mochila dos estudantes da Umpqua Community College depois que um atirador disparou no campus (Foto: Mike Sullivan/Roseburg News-Review via AP)

Número de mortos
O gabinete do xerife do condado de Douglas diz em comunicado que recebeu relatos do tiroteio às 10h38 locais (14h38, pelo horário de Brasília).

"Aproximadamente às 10h38, recebemos relatos de um tiroteio no Umpqua Community College. As unidades da polícia de várias jurisdições responderam. Estudantes e professores estão sendo transferidos para o Douglas County Fairgrounds e podem ser encontrados lá. Não temos mais informações neste momento", afirma a nota do gabinete.

Até às 20h30 (horário de Brasília) o número de mortos no incidente não estava claro. A rede CNN informava que 10 pessoas morreram e 20 ficaram feridas com os disparos. Já a agência Reuters diz que a imprensa local informava 15 mortos citando a polícia do Oregon. E o procurador-geral do estado disse à afiliada da rede NBC em Portland que 13 pessoas tinham morrido.

Uma testemunha disse ao jornal "Roseburg News-Review" que o atirador perguntou a religião dos estudantes antes de atirar. Kortney Moore, de 18 anos, disse que viu seu professor ser atingido na cabeça e que o atirador disse para todos se deitarem no chão. Depois, o atirador pediu para as pessoas se levantarem e dizerem suas religiões e, então, começou a disparar, disse a estudante ao jornal local.

Estudantes e familiares se reúnem após o tiroteio que deixou na Umpqua Community College, faculdade comunitária no estado do Oregon (Foto: Ryan Kang/AP)

A polícia do estado informou em comunicado apenas que um atirador atuou no local que ele não representa mais uma ameaça para a comunidade.

A faculdade publicou no Twitter um aviso de que as atividades programadas para o próximo final de semana foram cancelada e que o campus ficará fechado até a próxima segunda-feira (5), sem mencionar o incidente.

A rede CNN informa que a faculdade tem alunos com idade média de 38 anos. Não é uma faculdade tradicional, mas uma instituição para pessoas que estão mudando de carreira para atividades mais técnicas, como enfermagem.

Funcionários, professores e alunos são removidos do campus da faculdade Umpqua em  Roseburg, Oregon, após tiroteio (Foto: Michael Sullivan/The News-Review/AP)

Estudantes são revistados ao sair da faculdade Umpqua, no Oregon, após atirador invadir e disparar (Foto: Mike Sullivan/Roseburg News-Review via AP)

Segundo a Every Town for Gun Safety, uma iniciativa que luta pela diminuição da violência decorrente de armas de fogo, o ataque no Oregon foi o 45º em instituições de ensino nos EUA somente em 2015.

Lei no Oregon
O Oregon é um dos estados americanos que permitem a entrada com armas de fogo no campus das universidades públicas – as instituições podem proibi-las apenas dentro dos edifícios.

Ambulâncias chegam com feridos ao hospital Mercy, em Roseburg, apos atirador disparar na faculdade Umpqua (Foto: Aaron Yost/Roseburg News-Review via AP)

Ambulâncias chegam com feridos ao hospital Mercy, em Roseburg, depois que um atirador disparou nesta quinta-feira (1º) na faculdade Umpqua, no Oregon (Foto: Aaron Yost/Roseburg News-Review via AP)

De acordo com o projeto Armed Campuses, que monitora as leis relativas ao tema em cada estado do país, em 2011 a Justiça decidiu que as universidades e escolas públicas do Oregon não tinham mais autoridade para proibir a entrada com armas em seu espaço físico.

A lei permite que cada instituição restrinja armas somente dentro dos edifícios, alojamentos, centros de eventos e salas de aula.

A regra não vale para universidades privadas, que ainda têm o direito de proibir as armas em todo o seu espaço.
 Imagem do Google Earth mostra imagem de satélite do Umpqua Community College, onde ocorreu o tiroteio (Foto: Reprodução/Google)

Imagem da faculdade onde ocorreram os tiros, na página da UMPQUA Community College em rede social (Foto: Reprodução/Facebook/UMPQUA)

Umpqua Community College


FONTE:
Mais informações »

BIG BROTHER SEM LIMITES: Como o FBI conseguiu desbloquear o iPhone de suspeito de ataque à revelia da Apple?

14:18
BIG BROTHER SEM LIMITES: Como o FBI conseguiu desbloquear o iPhone de suspeito de ataque à revelia da Apple?
Após várias semanas, ordens judiciais e recursos, o FBI finalmente conseguiu desbloquear o celular de um dos responsáveis pelo ataque que matou 14 pessoas em San Bernardino (Califórnia).

FBI desbloqueia iPhone de terrorista sem ajuda da Apple


Ideia de software para permitir acesso à iPhone poria privacidade de usuários em risco, segundo AppleFoto: Getty Images

"Conseguimos acessar com sucesso a informação guardada no iPhone de (Syed) Farook", disse o Departamento de Justiça dos EUA. "Não precisamos mais da ajuda da Apple", diz a petição do órgão que encerra a batalha legal com a fabricante do celular.

Assim, chegou ao fim a disputa de seis semanas desde que o FBI pediu a Apple para desenvolver uma "chave mestra" ou "supersenha" para acessar a informação contida no iPhone de Farook, que matou 14 pessoas com a mulher em um tiroteio em San Bernardino.

O FBI dizia que informações no celular poderiam ajudar a elucidar o caso. Acessar a memória do telefone é mais complicado do que se possa imaginar - o desbloqueio comum apaga os dados do aparelho.

A Apple negou o pedido, argumentando que isso poria em risco a privacidade de seus usuários, já que uma chave-mestra poderia ser utilizada em qualquer dispositivo.

Mas a ação, longe de acabar com o debate, fez surgir uma série de perguntas sobre as ferramentas utilizadas e o futuro a privacidade dos dados em dispositivos móveis.
Como o FBI acessou a informação?

Até o momento, não se sabem os detalhes técnicos. E é pouco provável que se saiba oficialmente. Não há nada que obrigue o FBI a revelar o que fez.

O que se sabe é que isso foi feito por uma "terceira parte", ou seja, uma empresa externa.

Analistas dizem que é praticamente impossível que outra empresa tenha conseguido prover a chave-mestra ou supersenha para acessar o sistema de segurança iOS da Apple.

"É possível mas pouco provável que eles tenham conseguido desencriptar e encriptar (o sistema operativo)", diz à BBC Mundo David Gibson, vice-presidente de Estratégia e Desenvolvimento de Mercado da Varonis.

O mais provável, segundo o especialista, é que tenha sido um "ataque de software".

Isso seria feito por meio de uma empresa de desbloqueio de informação, o que na indústria se denomina análise forense de telefones celulares.

Não é o mesmo que um "desbloqueio" comum de um iPhone, que pode ser feito por uma empresa telefônica ou um provedor "pirata". Esse desbloqueio faz o iPhone voltar a seu estado original, apagando toda a informação existente.

Segundo Jerónimo García, diretor da consultoria de serviços informáticos Sidertia Solutions, a maneira mais lógica seria eles terem usado um "exploit" (ferramenta de software projetada para aproveitar uma falha em um sistema de informações) que explore uma vulnerabilidade no gestor de arranque do iOS, iBoot, responsável por carregar o modo de recuperação.

Assim, "seria possível controlar o mesmo e, assim, evitar a limitação da senha", assegura o diretor à BBC Mundo.

Outra possível forma de desbloquear o aparelho sem perder a informação é clonar uma "imagem" do telefone, uma cópia física do dispositivo para testar senhas sem bloquear o telefone.

"Você obtém uma imagem lógica e vai rastreando com ela."

Assim, quando o telefone se bloqueia após dez tentativas, é possível "continuar a ação com alguma das cópias da imagem".
Quem desafiou a Apple e ajudou o FBI?

O FBI não quis identificar a "terceira parte" que conseguiu acesso à informação e, segundo a assessoria de imprensa do órgão, isso não será revelado.

Mas todos os olhares estão sobre a Cellebrite, uma empresa de origem israelense com escritórios em diferentes partes do mundo, entre elas EUA, depois que o jornal israelense Yedioth Ahronoth revelou na quarta-feira passada o suposto vínculo.

A Cellebrite confirmou à BBC que trabalha com o FBI, mas não quis dar detalhes.

No dia 21 de março, o FBI realizou um contrato de compra com a Cellebrite por US$ 15 mil (ver foto) por um "software de informação tecnológica".

No entanto, ele teria relação com a "renovação do software UFED para sete máquinas" em Chicago.

A BBC Mundo tentou obter mais detalhes do contrato, mas até a conclusão desta reportagem o FBI não respondeu.

No mesmo 21 de março o FBI assegurou que trabalhava com uma "parte externa" que havia desenvolvido uma forma de quebrar a segurança do iPhone de San Bernardino.
Caixa de pandora?

A pergunta hoje, segundo especialistas, não é quem fez, mas se esta é ou não uma solução definitiva que solucione conflitos como o que ocorreu entre a Apple e o FBI, entre o direito à privacidade de dados e a segurança nacional.

"Hoje é a Apple, mas poderia ser qualquer outra", disse à BBC Mundo Joel Bollo, diretor executivo da companhia sueca de análise forense de dados MSAB, uma das principais competidoras de Cellebrite.

"O principal tema agora é como manter nossos telefones seguros, prevenir a vigilância massiva e ao mesmo tempo cumprir com os requerimentos necessários para manter o bem comum", explica Bollo, que se autodenomina inimigo da cibervigilância massiva.

"Temos muitos clientes. O FBI é um deles", explica seu diretor executivo ao ser consultado.

A empresa criou um sistema denominado Tecnologia de Acesso a Controle Forense (FACT, segundo a sigla em inglês) que pode ser utilizado em futuros casos como o do iPhone de San Bernardino.

O sistema se vende como uma terceira via para os casos onde, como em San Bernardino, os órgãos de inteligência e segurança nacional requerem acesso à informação sem ter que criar uma "chave mestra" que ameaça a segurança e privacidade do resto dos usuários.

O método utiliza pares distintos de senhas para encriptar e desencriptar informações. Ou seja, além de ter o dispositivo fisicamente, é preciso ter dois pares de senhas: um gerado pela agência governamental que requer a informação e outra pela empresa que faz o dispositivo.

A senha usada para cada caso específico requerido por lei pode ser configurada para um número finito (normalmente de 1 a 5) de usos, depois dos quais se torna inválida.

Além disso, só com ambos os pares de senhas é possível extrair os dados do dispositivo móvel.



Foto: FPDS

Algum dia saberemos como o FBI obteve a informação?

A Apple anunciou que fará todo o possível para que o FBI revele com conseguiu acessar a informação.

Mas é mais provável que isso não ocorra.

"É difícil que o FBI torne público o método", explica García, já que "é muito provável que a utilizem em futuros casos".

Provavelmente, o nome da empresa que fez isso também não será revelado.

A lei americana permite que as autoridades preservem a fonte de informação e quando ela é confidencial, e também permite proteger os métodos de coleta de dados sensíveis de inteligência.



Para especialistas, é pouco realista acreditar que aparelhos seriam "impenetráveis"Foto: BBC
Como evitar que seu telefone seja vigiado?

A primeira coisa que tem que ficar clara é que não há tecnologia à prova de falhas.

"É pouco realista pensar que um aparato que guarda informação, seja um smartphone ou outro, seja impenetrável", diz Gibson.

Mas o fato de alguém ter desenvolvido uma tecnologia que aproveite uma falha "abrirá um debate nada agradável para a Apple", assegura García.

Uma das grandes vantagens que a Apple explora em termos de marketing é a segurança de privacidade em seus dispositivos.

"Se o FBI aproveitou alguma falha no hardware do dispositivo, o problema para a Apple é altamente complexo, já que obrigaria a fazer a troca de dispositivo, ou que os usuários assumam o risco", diz García.

"Se fosse uma falha lógica, identificada pela Apple, como em tantas outras ocasiões, uma nova versão do iOS resolveria o problema."

É isso que faz a Apple cada vez que detecta uma metodologia para desafiar a segurança de seu sistema operativo.

A última atualização do iOs foi lançada em 21 de março.

BBC BRASIL.com - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização escrita da BBC BRASIL.com.

VIA:
http://noticias.terra.com.br/mundo/como-o-fbi-conseguiu-desbloquear-o-iphone-de-suspeito-de-ataque-a-revelia-da-apple,eae4931c8f6edd995ac3e2cd91c8d26cbf5281g2.html
Mais informações »
Postagens mais recentes Postagens mais antigas Página inicial