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quinta-feira, 31 de março de 2016

ALERTA VERMELHO: Pistola em formato de smartphone será lançada nos EUA

13:59
  ALERTA VERMELHO: Pistola em formato de smartphone será lançada nos EUA
Ideal Conceal / Reprodução

Iniciativa da startup Ideal Conceal já causa polêmica

Nos Estados Unidos, em breve, será possível comprar uma pistola em forma de smartphone. A arma terá calibre de 380, comportará duas balas e custará US$ 395. O lançamento do novo produto, produzido por uma startup em Minnesota, a Ideal Conceal, já se tornou polêmica e reacendeu o antigo debate sobre o porte de armas de fogo no país.
Foto: Ideal Conceal / Reprodução

A nova pistola permitirá o proprietário "transportar a arma com segurança e escondê-la em grande estilo", publicou o site que promove a invenção. "Deste modo não será necessário portar uma 38 amarrada na cintura, agora será possível mantê-la no bolso da calça", disse o CEO do Ideal Conceal, Kirk Kjellberg, acrescentando que assim pode-se carregar a arma em qualquer ocasião.

Para o diretor da Associação Nacional da Organização da Polícia nos EUA, Bill Johnson, a invenção tornará o trabalho de segurança e de aplicação da lei mais difícil, principalmente em meio à ameaças terroristas que assombram o mundo ultimamente. "Em geral todas as armas disfarçadas são motivo de preocupação", disse o policial.

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terça-feira, 29 de março de 2016

FOSFOETANOLAMINA: ONCOLOGISTA AMERICANO AFIRMA QUE AGÊNCIAS REGULADORAS IMPEDEM A CURA DO CÂNCER!!!

17:17
 FOSFOETANOLAMINA: ONCOLOGISTA AMERICANO AFIRMA QUE AGÊNCIAS REGULADORAS IMPEDEM A CURA DO CÂNCER!!!
Obstáculos impostos por médicos e agências reguladoras

A poucos dias de sancionar lei que garante o acesso dos pacientes de câncer à substância Fosfoetanolamina Sintética, a presidenta Dilma Rousseff bem poderia se debruçar sobre a entrevista do médico oncologista americano, Vincent DeVita. Aos 80 anos, ele se recupera de um câncer de próstata contraído há cinco. E garante: o tratamento ou cura do câncer poderia estar muito mais evoluída não houvesse resistência de médicos ou das agências reguladoras para aprovar medicamentos alternativos - qualquer semelhança com o momento brasileiro, que encontra resistência da Anvisa, não deve ser encarado como "mera coincidência".

Aprovada primeiro na Câmara e em seguida no Senado Federal, a Fosfoetanolamina Sintética tem apresentado inquestionáveis resultados positivos aos pacientes que dela fazem ou fizeram uso. Mas, é bom esclarecer, a afirmativa se restringe ao composto produzido e monitorado por pesquisadores da USP de São Carlos. Os equivalentes produzidos nos testes da Anvisa, e que não obedeceram as escalas de produção determinadas pelos cientistas da Universidade, deram resultado inócuo. Mas talvez não tenha sido apenas obra do acaso (leia aqui).

Há evidentemente uma indisposição de alguns dos estudiosos da Anvisa na pesquisa da Fosfo. Um deles, cujo nome não merece o esforço da pesquisa no Google, chegou a dizer que não gastaria R$ 100 mil para fazer testes - tal seu descrédito. E por que então participou da pesquisa se já tinha em mente uma opinião negativa sobre a Fosfo (deu raiva e fui lá buscar o nome dele sim: Carlos Gil - olha o link da entrevista dele aqui)? Um apressado perguntaria: para derrubá-la e desmoralizá-la?

No domingo (27) a Anvisa procurou a imprensa amiga (O Globo) para se queixar do parlamento brasileiro. Disse que as duas casas humilharam os cientistas da Anvisa ao não respeitarem os testes ali realizados - e que atesta que a Fosfo não serve para coisa alguma.

Mas a queixa é uma bobagem: as duas casas humilham o povo brasileiro diariamente - e não tem ouvido tanta queixa do lado de cá quanto merecem. Além disso, a Anvisa, para onde telefonamos (aqui do Conexão) por dias e dias em busca de notícias tem se especializado em olhar e viver para o próprio umbigo. Jamais convidou cientistas da USP para participarem dos testes e, quando o fizeram, foi para legitimar o trabalho cujo resultado prático já estava determinado - conforme se viu.

Não há dúvida de que a presidenta Dilma Rousseff vai ser pressionada a ratificar o chamado "estudo" da anvisa que condena o composto. Uma mobilização, a maior de todas, se faz necessário, portanto. Mas cabe aqui um pedido para a presidenta ou à sua assessoria: conversa com a Nathy, a Raiane e outros tantos pacientes de câncer que apresentaram claros sinais de melhora - e do estancamento da dor - a partir da Fosfo!

E leia também a entrevista do médico oncologista americano. Vale a pena. Ele sabe que agências reguladoras e médicos interessados e outros temas atrapalham muito a vida de quem quer viver. E isso tem impedido que matemos, de maneira definitiva, o câncer.

"Temos as ferramentas para erradicar o câncer", diz oncologista americano

Os obstáculos não são científicos, e sim impostos por médicos e agências regulatórias, diz Vincent DeVita, que dirigiu o Instituto Nacional de Câncer dos Estados Unidos

Por Marcela Buscato, da revista Época

O oncologista americano Vincent DeVita faz parte da história do câncer. Na década de 1960, ainda como um iniciante no Instituto Nacional de Câncer (NCI, na sigla em inglês), nos Estados Unidos, encontrou médicos destemidos que se aventuravam em testar combinações tóxicas para combater tumores que sempre foram sentenças de morte. Lá, desenvolveu um tratamento quimioterápico para câncer de mama e outro que passou a curar 80% dos casos de linfoma de Hodgkin, que ataca o sistema linfático. A visibilidade lhe garantiu a posição de diretor, entre 1980 e 1988, do NCI, onde foi um dos protagonistas da guerra contra o câncer, um esforço de pesquisa financiado pelo governo americano para desenvolver novos tratamentos. Hoje, aos 80 anos, após enfrentar um câncer na próstata, DeVita resolveu contar os bastidores dessa história em sua biografia, The death of cancer (A morte do câncer, na tradução para o português), que chegou às livrarias americanas em novembro, sem previsão de edição no Brasil. "Agora, estou no fim de minha carreira e posso falar algumas coisas que incomodam as pessoas", disse a ÉPOCA de Connecticut, nos Estados Unidos, onde trabalha no Centro de Câncer da Universidade Yale. DeVita acusa a agência que controla a aprovação de drogas nos Estados Unidos, a FDA, de atrasar os novos tratamentos e diz que muitos médicos não prescrevem os tratamentos adequados por não acreditar na cura. "Não somos limitados pela ciência, mas por nossa inabilidade em fazer bom uso da informação e dos tratamentos que existem."

ÉPOCA - O título de seu livro é A morte do câncer. O senhor acredita que alcançaremos a cura?
Vincent DeVita - Temos as ferramentas para erradicar o câncer. Ele não será mais um grande problema de saúde pública. Estamos curando mais pacientes. Em alguns casos, ele já foi convertido em uma doença crônica, que não coloca a vida em risco num curto espaço de tempo. O melhor exemplo é a leucemia mieloide crônica, causada por um defeito genético específico. Em 2001, foi lançada uma droga que age contra essa anormalidade celular. Tudo o que os pacientes têm de fazer é tornar uma pílula diariamente. Nem sabemos qual é a duração média da vida dos pacientes porque é muito próxima da expectativa normal. É quase como ser um diabético.

ÉPOCA - O câncer são várias doenças diferentes. Por que o senhor é otimista sobre curas diversas?
DeVita - O contexto hoje é muito diferente em comparação com o de quando comecei na área, nos anos 1960. Hoje, a célula cancerígena não é mais uma caixa-preta para nós. É um diagrama, e podemos ler diagramas. Entendemos quais são os estágios por que passa uma célula cancerígena, o que a impulsiona. Temos ferramentas para lidar com cada uma dessas etapas. A ciência do diagnóstico e do tratamento é tão forte agora que não parará mais de se desenvolver. É esta mensagem que quero passar: a ciência está marchando em frente. A aplicação, entretanto, não está se movendo rápido o suficiente. Estamos limitados por nossa inabilidade em fazer bom uso da informação e dos tratamentos que já temos. Por vezes demais, vidas acabam não em razão do câncer em si, mas por causa da burocracia exigida durante o desenvolvimento de novas drogas e por causa de médicos que não defendem seus pacientes. Eles têm medo de arriscar, relutam em abandonar crenças antigas. Eu os chamo de oncologistas hesitantes.

ÉPOCA - Como se comportam os oncologistas hesitantes?
DeVita - Não sei como o câncer é tratado no Brasil. Se é como nos Estados Unidos, acho que muitos profissionais não tratam a doença de uma maneira agressiva o suficiente para derrotá-la. Eles confundem criar um estado crônico verdadeiro, uma vida longa com câncer, com alguns meses extras de vida. Os oncologistas mais antigos tendem a ser mais negativos. Na década de 1960, quando surgiram os primeiros tratamentos quimioterápicos, muitos tinham dificuldade em prescrever da maneira correta porque era tóxico. Afinal, por que deixar o paciente mais doente? A resposta é que, se aplicada adequadamente, a quimioterapia deixa a pessoa doente, mas, quando termina, o paciente volta a se sentir bem e está curado. Os médicos jovens já são mais positivos, e alguns muito bons em tratamentos agressivos. Mas ainda lhes ensinam que é mais seguro não usar a palavra "cura" para câncer. Os médicos têm medo, não querem ser desmentidos. De repente, o paciente está indo bem e tem uma recaída. Eles sentem que o desapontaram.

ÉPOCA - É pouco provável que esse tipo de comportamento seja causado apenas por crenças pessoais. O sistema de saúde tem alguma influência?
DeVita - Muitos médicos agora se baseiam em diretrizes elaboradas com base em estudos e consensos formulados por painéis de especialistas. Elas ditam quando e como os tratamentos devem ser usados e servem como parâmetro para a FDA, a agência que regula a aprovação de medicamentos nos Estados Unidos, decidir se um novo tratamento é mais ou menos eficaz que o anterior. Os planos de saúde também se baseiam nessas diretrizes para decidir se cobrirão ou não um tratamento. Por causa desse contexto, os médicos acabam sendo incentivados a não desviar demais dos padrões, o que os inibe de tentar algo novo. Pacientes que talvez pudessem ser curados por novas abordagens morrem. Essas diretrizes precisam ser atualizadas com frequência, e elas raramente são, porque isso exige tempo e dinheiro. Existe também a dificuldade de o médico encaminhar o paciente para tratamentos de ponta, em fase experimental. Temos 68 centros de câncer nos Estados Unidos. Para inscrever um paciente em um teste longe de onde ele mora, é preciso verificar se o seguro dele cobre despesas médicas fora da área dele. É o tipo de problema que afasta os pacientes da terapia correta.

ÉPOCA - O senhor diz que a FDA é um dos obstáculos que dificultam a modernização dos tratamentos. Por quê?
DeVita - A FDA faz muito mais requisições do que deveria para aprovar drogas contra o câncer. É claro que precisamos de regras, mas não de todas as que temos agora. Um dos requisitos é que as drogas sejam testadas separadamente, quando sabemos que os melhores resultados são conseguidos em conjunto. Agora, além disso, a FDA está pedindo que as combinações de drogas também sejam testadas. Isso vai atrasar mais o processo. É preciso ter padrões diferentes para testar drogas em pacientes que podem não ter mais que seis meses ou um ano de vida. Câncer é a doença crônica mais curável, mas também a mais fatal. É diferente de diabetes, hipertensão ou artrite, casos em que os pacientes vivem com a doença por um tempo de vida próximo do normal. Novas drogas para essas doenças precisam ser seguras suficientes para o paciente tomar por muito tempo.

ÉPOCA - Não é um risco diminuir os padrões para aprovar drogas contra o câncer e autorizar medicamentos caros, que aumentarão os custos para o sistema de saúde e que podem expor os pacientes a mais sofrimento, em troca de benefícios não muito grandes?
DeVita - É uma questão complicada. É um erro concentrar-se em custo quando estamos tentando desenvolver novos tratamentos. Primeiro, precisamos descobrir se funciona. Caso sim, mesmo que seja um tratamento caro, ele se tornará mais barato porque haverá competição. Até as drogas mais caras agora se tornarão mais baratas com o passar do tempo.

ÉPOCA - O senhor enfrentou um câncer na próstata há cinco anos. Encarou os problemas que critica?
DeVita - Experimentei todas as inconveniências do sistema médico, todo o sistema como eu o via. Não foi agradável. Foi difícil. Quando recebi o diagnóstico, pensei por um tempo e percebi que alguém precisava fazer por mim o que eu fiz para meus pacientes: insistir para que conseguissem entrar em um novo protocolo de pesquisa ou para que recebessem um tratamento agressivo, com mais ciclos de quimioterapia. Pedi para meu colega Steven Rosenberg, chefe da cirurgia do Instituto Nacional de Câncer, ser meu defensor, e ele aceitou. Meu caso era complicado. Precisávamos achar alguém disposto a fazer uma cirurgia que contrariava as indicações de praxe para o meu caso. Nós encontramos, e foi um sucesso.

ÉPOCA - Qual é seu conselho para quem está lutando contra o câncer e pode enfrentar os mesmos problemas?
DeVita - Encontre um bom médico. Ele terá capacidade para tomar as decisões certas. Há muitas técnicas em desenvolvimento, e ele poderá explorar todas as possibilidades. Sobrevivi porque meus médicos foram corajosos em usar as armas que já tínhamos - as mais antigas, mas que me permitirão usar as novas no futuro, caso eu precise. Onde tínhamos algumas, agora temos muitas e há mais por vir. Com sorte, elas não serão enterradas pelo sistema. Para mim, aos 80 anos, isso significa que meu câncer de próstata agressivo será uma doença crônica em vez de fatal.

NdaR - Dilma, diga SIM à Fosfoetanolamina Sintética
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Por aclamação, PMDB oficializa rompimento com governo Dilma

16:07
Por aclamação, PMDB oficializa rompimento com governo Dilma

Os seis ministros peemedebistas serão orientados a entregar seus cargos.
 
Saída do PMDB pode desencadear desembarque de outras siglas aliadas.

Nathalia Passarinho e Fernanda CalgaroDo G1, em Brasília

O Diretório Nacional do PMDB decidiu nesta terça-feira (29), por aclamação, romper oficialmente com o governo da presidente Dilma Rousseff. Na reunião, a cúpula peemedebista também determinou que os seis ministros do partido e os filiados que ocupam outros postos no Executivo federal entreguem seus cargos.

O vice-presidente da República e presidente nacional do PMDB, Michel Temer, não participou da reunião que oficializou a ruptura com o governo sob o argumento de que não desejava "influenciar" a decisão. No entanto, ele teve participação ativa na mobilização pelo desembarque do partido e passou toda a segunda-feira (28) em reuniões com parlamentares e ministros do PMDB em busca de uma decisão “unânime”.
Comandada pelo primeiro vice-presidente do PMDB, senador Romero Jucá (PMDB-RR), a reunião durou menos de cinco minutos. Após consultar simbolicamente os integrantes do partido, Jucá decretou o resultado da votação.

"A partir de hoje, nessa reunião histórica para o PMDB, o PMDB se retira da base do governo da presidente Dilma Rousseff e ninguém no país está autorizado a exercer qualquer cargo federal em nome do PMDB", enfatizou.

Após a reunião, Jucá disse que, com a decisão, o PMDB deixava bem clara a sua posiçào em relação ao governo e disse que quem quiser tomar uma decisão individual terá que avaliar as consequências.

"A partir de agora, o PMDB não autoriza ninguém a exercer cargo no governo federal em nome do partido. Se, individualmente, alguém quiser tomar uma posição, vai ter que avaliar o tipo de consequência, o tipo de postura perante a própria sociedade. Para bom entendedor, meia palavra basta. Aqui, nós demos hoje a palavra inteira", afirmou.

A decisão do PMDB aumenta a crise política do governo e é vista como fator importante no processo de impeachment de Dilma. Há a expectativa de que, diante da saída do principal sócio do PT no governo federal, outros partidos da base aliada também desembarquem da gestão petista.

Atualmente, o PMDB detém a maior bancada na Câmara, com 68 deputados federais. O apoio ao governo, porém, nunca foi unânime dentro da sigla e as críticas contra Dilma se intensificaram com o acirramento da crise econômica e a deflagração do processo de afastamento da presidente da República.

Resumo da reunião
- Presenças: o presidente nacional do partido e vice da República, Michel Temer, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e os seis ministros do partido não compareceram. O presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), estava presente.

- Local: o evento foi realizado no plenário 1 do Anexo 2, o maior da Câmara dos Deputados. O plenário, com capacidade para 138 pessoas sentadas, mas o número de presentes era superior porque a maioria estava de pé.
- Duração: a reunião durou 4 minutos e 12 segundos. Não houve discursos, somente um pronunciamento do senador Romero Jucá (PMDB-RR), que presidiu a reunião.
- A decisão: a moção aprovada prevê que o partido se desvincula imediatamente do governo e entrega todos os cargos que detém na administração federal.

- Aprovação: a aprovação da saída do governo se deu por aclamação, sem votação. Todos os presentes levantaram as mãos sinalizando concordância com a decisão. Após a aprovação, houve gritos de "Fora PT".

Ministros
Na reunião desta terça, os peemedebistas decidiram que os ministros da legenda que descumprirem a determinação de deixar o governo poderão sofrer sanções, como expulsão do partido.

Após a decisão do Diretório Nacional do PMDB, o G1 procurou as assessorias dos ministérios da Agricultura, da Aviação Civil, de Portos, de Ciência e Tecnologia, de Minas e Energia e da Saúde.

Por meio da assessoria, o Ministério da Saúde informou que Marcelo Castro permanecerá "por enquanto" tanto no cargo de ministro quanto no PMDB e aguardará os "próximos passos do partido", como o prazo que será dado pela legenda para que os ocupantes de cargos no Executivo deixem as vagas. Pela decisão aprovada pelo diretório, os peemedebistas devem sair "imediatamente".

Até esta segunda-feira, o PMDB ocupava sete cadeiras no primeiro escalão do governo Dilma. No entanto, Henrique Eduardo Alves, um dos peemedebistas mais próximos de Michel Temer, se antecipou à decisão da cúpula e entregou seu cargo a Dilma.

Dilma também lançou mão dos últimos esforços para tentar resgatar o apoio do partido. Na manhã de segunda, ela chamou ao seu gabinete no Palácio do Planalto seis dos sete ministros do PMDB para avaliar o cenário. No entanto, no fim do dia, Henrique Alves, um dos presentes ao encontro, apresentou a sua carta de renúncia.

Apesar do desembarque, Temer continuará na Vice-Presidência da República sob o argumento de que foi eleito pela população na chapa de Dilma e de que não ocupa, portanto, cargo de submissão à presidente.

Afastamento
A decisão de afastamento já estava tomada, mas o PMDB decidiu dar uma espécie de “aviso prévio” ao governo. Reunião da convenção nacional do PMDB no dia 12 de março foi marcada por discursos em defesa do impeachment de Dilma e do rompimento com o governo.

Na ocasião, ficou decidido que o partido anunciaria em 30 dias se desembarcaria ou não do governo. Também ficou estabelecido que o PMDB não assumiria novos ministérios até que o fosse definido se haveria o rompimento.

No entanto, dias depois, a presidente Dilma ignorou a decisão e empossou o deputado licenciado Mauro Lopes (PMDB-MG) como ministro da Secretaria de Aviação Civil. A nomeação foi vista como uma afronta pelo partido, que abriu um processo no seu Conselho de Ética para expulsá-lo da legenda. O episódio ajudou a agravar a crise e acelerou a decisão do partido.

Escalada da crise
A relação do PMDB com o governo do PT tem se deteriorado nos últimos anos. Quando Dilma se preparava para disputar o segundo mandato, o partido deu mostras claras de que estava rachado quanto ao apoio à petista.

Na época, em junho de 2014, a manutenção da aliança foi aprovada pela convenção nacional do PMDB, mas recebeu mais de 40,8% de votos contrários. A ala dissidente reclamava que o partido não era ouvido pelo governo federal e que os ministros da legenda não tinham real poder de comando.

Ao longo do primeiro ano do segundo mandato de Dilma, a crise se agravou. O primeiro embate entre PT e PMDB ocorreu na disputa pela presidência da Câmara, quando o governo federal iniciou uma campanha ostensiva para que Arlindo Chinaglia (PT-SP) vencesse a eleição e derrotasse o candidato peemedebista Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que se elegeu em primeiro turno.

Sob o comando Cunha, a Câmara derrotou o Planalto em diversas ocasiões neste ano, com a votação de matérias desfavoráveis ao governo. Além disso, no ano passado, houve na Casa a instalação da CPI da Petrobras, para investigar o escândalo de corrupção na estatal.

Para tentar conter a rebelião na base, a presidente promoveu, em 2015, uma reforma ministerial para ampliar o espaço do PMDB no governo, que chegou a ter sete ministérios. No entanto, a estratégia não foi bem sucedida.

Para agradar os parlamentares na Câmara, o governo entregou ao líder da bancada, Leonardo Picciani (PMDB-RJ), a incumbência de indicar nomes para duas pastas, incluindo a da Saúde, com o maior orçamento da Esplanada. Essa aproximação descontentou ainda mais a ala rebelde do partido, que se voltou contra Picciani quando ele indicou integrantes menos críticos a Dilma para a comissão do impeachment.

Ele chegou a ser destituído do posto em dezembro por oito dias em uma articulação patrocinada diretamente por Temer e Cunha, mas conseguiu reaver o posto com o apoio da maioria.

Para ser reeleito neste ano, foi preciso uma atuação direta do Planalto para garantir a ele votos suficientes, inclusive com a exoneração temporária do ministro da Saúde, Marcelo Castro, para reassumir como deputado e votar a favor de Picciani.

Apesar da entrega de cargos, a ala do PMDB descontente com o governo ganhou força com a queda continuada de popularidade da presidente, agravada pela escalada de denúncias relacionadas à Operação Lava Jato.

 

A moção aprovada pelo diretório nacional do PMDB (Foto: Reprodução)
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Padre foi crucificado pelo EI na Sexta-Feira Santa

07:10
 Padre foi crucificado pelo EI na Sexta-Feira Santa


Padre foi crucificado pelo EI na Sexta-Feira Santa
Religioso era responsável por um asilo no Iêmen

Padre foi crucificado pelo EI na Sexta-Feira Santa

A mídia europeia está noticiando que o líder cristão Thomas Uzhunnali, 56, de origem indiana, foi crucificado pelo grupo terrorista Estado Islâmico (EI) na sexta-feira (26). Ele trabalhava com uma missão católica no Iêmen.

O padre católico indiano fora sequestrado por terroristas ligados ao EI no Iêmen no início deste mês. Como uma forma de ridicularizar a pequena comunidade cristã iemenita, o padre foi crucificado na sexta-feira santa, data que a maior parte dos cristãos do mundo lembrava a Páscoa.

Thomas era responsável por um asilo na cidade de Aden, no sul do país. Segundo relatos, na ocasião, os jihadistas atacaram o local e mataram pelo menos 15 pessoas, em 4 de março. Entre os mortos estavam quatro freiras. No ano passado, a igreja mantida pela missão que ele trabalhava foi incendiada por terroristas que exigiam que os missionários saíssem do país. Eles se recusaram.

De acordo com o arcebispo de Viena, Christoph Schönborn, a Igreja Católica admite que o padre foi torturado e crucificado. Falando sobre os recentes ataques a cristãos no Iêmen (cerca de 0,01% da população), o secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin, afirmou que o papa Francisco “ficou chocado e profundamente entristecido ao saber destes ato de violência sem sentido e diabólicos”.

As autoridades iemenitas não se pronunciaram sobre o caso, pois o país atravessa uma guerra civil e o governo não tem mais controle sobre parte do seu território. Embora pouco divulgado no Brasil, a guerra no país se desenvolve há dois anos.

O governo russo apoia os iranianos que estão por trás do movimento dos houthis, um grupo islâmico xiita. O presidente iemenita, Abed Rabbo Mansour Hadi, fugiu do Iêmen e pediu exílio na Arábia Saudita.

Do outro lado, estão soldados de uma coalizão, que conta com a presença de Emirados Árabes, Catar, Bahrein e Egito. Esses, por sua vez, são apoiados pelos Estados Unidos.

Aden passou a ser temporariamente a capital do Iêmen, após Sanaa (capital oficial) cair nas mãos dos rebeldes, em setembro de 2014. Há registros que grupos radicais como a Al-Qaeda fazem constantes ataques à região de Aden. Eles já haviam pedido o extermínio dos judeus e cristãos no país. Com informações de Daily Mail
Nota da redação

A matéria foi divulgada em jornais do mundo todo a partir dos relatos do arcebispo de Viena. Segundo o site católico ACI, dom Paul Hinder, Vigário Apostólico da Arábia do Sul, desmentiu a morte do padre e disse que ele permanece em poder dos sequestradores.

Tudo teria sido uma informação divulgada apressadamente pelo Arcebispo de Bangalore (Índia), dom Bernard Mora. Como o Iêmen encontra-se em guerra, existe uma dificuldade de comunicação. Até o momento o Vaticano não divulgou nenhum desmentido.
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