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sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Globo expõe crianças a beijo gay em novela das 18h

07:35
Globo expõe crianças a beijo gay em novela das 18h
Cena de "Orgulho e Paixão" foi ao ar na quinta (12)


Luccino (Juliano Laham) e Otávio (Pedro Henrique Müller). (Foto: Reprodução / Globo)

A rede Globo decidiu exibir na novela das 18 horas, quando muitas crianças estão na frente da TV, um beijo entre os personagens Luccino (Juliano Laham) e Otávio (Pedro Henrique Müller).

Na quarta-feira (12), a cena antecipada pelos espectadores que acompanhavam o relacionamento homoafetivo dos dois em “Orgulho e Paixão” foi ao ar. Trata-se do primeiro beijo gay numa trama nessa faixa horária.

Logo que a novela foi ao ar, o governo havia alterado a classificação indicativa de “Orgulho e Paixão” de 10 anos para 12 anos.

No despacho que justificou a mudança, o diretor do departamento de Políticas de Justiça, Geraldo Luiz Nugoli Costa, afirma que “foram identificadas cenas incompatíveis com a faixa etária de dez anos, a saber, agressão verbal, apelo sexual, ato violento, consumo de drogas lícitas, insinuação sexual, lesão corporal, linguagem de conteúdo sexual e presença de sangue”.

No folhetim de época, escrito por Marcos Bernstein, Otávio é um soldado e o tema homossexualidade um grande “tabu”.

Após a exibição da cena, houve amplo debate nas redes sociais. Enquanto havia quem comemorasse o “lacre”, muitos demonstravam sua indignação pelo horário em que esse tipo de cena foi ao ar.


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Igreja Católica critica Israel e defende palestinos

07:06
 Igreja Católica critica Israel e defende palestinos
Patriarcado Latino da Terra Santa diz que cristãos deveriam protestar contra Israel

Pierbattista Pizaballa, líder da Igreja do Santo Sepulcro. (Foto: AFP)

O Patriarcado Latino em Jerusalém divulgou nesta segunda-feira uma declaração oficial onde critica a recém-aprovada “Lei do Estado-nação” de Israel. O Patriarcado, que representa a Igreja Católica Romana na Terra Santa, conclamou todos os cristãos do país a protestarem contra o que chama de “discriminação”.

“A lei que qualifica Israel como Estado-Nação do povo judeu é discriminatória e causa profunda preocupação”, afirma o texto. Reclama ainda que Israel “se abstém de assegurar garantias constitucionais para os direitos das minorias nativas e outras que vivem no país. Os palestinos cidadãos de Israel, 20% da população, são excluídos de maneira flagrante”.

Para os católicos, a nova lei “envia um sinal inequívoco aos cidadãos palestinos de Israel, dizendo que não estão em casa neste país”. O Patriarcado reclama ainda que foi violada a Resolução 181 das Nações Unidas, que estabeleceu o Estado de Israel e a Declaração de Independência de Israel.

O desejo dos líderes católicos é que os cristãos protestem contra a lei. “Os cidadãos cristãos de Israel têm as mesmas preocupações que quaisquer outras comunidades não-judaicas com relação a esta lei. Convocamos todos os cidadãos do Estado de Israel que ainda acreditam no conceito básico de igualdade entre os cidadãos da mesma nação, para expressar sua objeção a esta lei e os perigos que emanam dela para o futuro deste país”, disse.

A lei determina oficialmente que “Israel é a pátria histórica do povo judeu e eles têm um direito exclusivo à autodeterminação nacional”. Ressalta que sua única capital é “Jerusalém unificada” e o hebraico sua língua oficial, enquanto reduz o árabe à condição de “idioma com status especial”. Ela não proíbe nenhuma manifestação religiosa.

Assim que foi aprovada pelo Parlamento, a legislação passou a ser criticada sobretudo pelos árabes que vivem no país. O governo de Israel alega que era necessário preservar as características judaicas e democráticas do país, que desde o início foi concebido para ser um estado judeu. Com informações de Times of Israel


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O caso do estuprador que se declarou transgênero, foi preso com mulheres e abusou delas - Se essa moda pega no Brasil.....

06:31
O caso do estuprador que se declarou transgênero, foi preso com mulheres e abusou delas - Se essa moda pega no Brasil.....

Karen White é acusada de ter agredido sexualmente quatro detentas com quem estava presa, na Inglaterra

Karen White, de 52 anos, estava presa preventivamente pelo estupro de duas mulheres e já havia respondido antes por abuso sexual infantil.

Os crimes foram cometidos quando ela se declarava homem e se chamava Stephen Wood.

Agora, sob a identidade feminina, ela está sendo acusada de ter abusado de quatro detentas em uma prisão para mulheres na Inglaterra - para onde foi transferida por ter se declarado transgênero, ou seja, uma pessoa que nasceu homem, mas que não se identificava como um e passou a se expressar como mulher.

White ganhou o direito de ir para a ala feminina com base em diretrizes que autoridades do sistema penitenciário do Reino Unido adotam recomendando que, em geral, o local onde a pessoa é presa deve corresponder ao gênero que ela expressa.

Mas ela não havia feito a cirurgia de mudança de sexo, um procedimento que defensores de reformas no sistema prisional britânico apontam que é fundamental para detentos que tenham cometido crimes violentos contra as mulheres e que, ao se apresentarem como transgêneros, peçam transferência para prisões femininas.

O caso levantou críticas pelo fato de o histórico da presa ter sido desconsiderado em seu processo de transferência e fez ressurgir o debate sobre onde encarcerar mulheres trans com antecedentes de crimes sexuais praticados quando eram homens.

Acusações de violência sexual

White estava sendo acusado e confessou ter estuprado uma mulher em 2003 e outra em 2016 - nesse caso, ele teria cometido o crime contra a mesma pessoa duas vezes.

Os detalhes dos abusos cometidos dentro da cadeia vieram à tona quando foi ao Tribunal para o julgamento de um desses crimes que cometeu em liberdade. Ela já havia confessado anteriormente os outros que havia praticado quando estava fora da prisão e usava identidade masculina.

Ao se declarar transgênero, ela foi encaminhada para a New Hall Prison, uma prisão em Wakefield, na Inglaterra. E nessa prisão, foi acusada de ter aproveitado a proximidade com as presas com quem dividia a cela para assediá-las sexualmente poucos dias após a transferência.

White admitiu que agrediu sexualmente duas das quatro detentas que a acusam de abusos.

Os crimes teriam ocorrido entre setembro e novembro do ano passado, teriam incluído desde assédio sexual e toque indevido até exibição de genitais e comentários impróprios sobre sexo oral. Por causa deles, ela foi enviada para uma prisão masculina.



Colunista ressalta o quanto as mulheres estão vulneráveis na prisão e afirma que deixá-las na mesma cela que um transgênero com histórico de crimes sexuais "é como colocar a raposa no galinheiro"
Vulnerabilidade dupla

O debate agora está centrado em se a autodeclaração de gênero é suficiente para que uma pessoa transgênero seja mantida em presídios femininos ou em celas com outras mulheres.

Os grupos que se opõem a essa autodefinição como critério para definir o local de reclusão alegam que ela traz o risco de homens - que eventualmente se passem por mulheres trans - terem acesso a mulheres vulneráveis.

Ativistas defensores dos direitos das pessoas transgênero, no entanto, afirmam que os presos dessa comunidade já estão entre os mais vulneráveis e são humilhados pelo sistema prisional.

Para Janice Turner, colunista dos jornais britânicos The Times e The Guardian, no caso de White, os antecedentes eram visíveis e poderiam ter sido usados para evitar que ele fosse transferido para a prisão feminina.

"Prender estupradores em cadeias femininas, deixá-los no meio de presas vulneráveis, alumas delas vítimas de estupro, é como colocar a raposa no galinheiro", escreveu Turner no Times.



Direito de imagemGETTY IMAGESImage captionSegundo uma investigação da BBC, 48% das detentas transgênero têm antecdentes de crimes sexuais

A colunista afirma que a segurança das mulheres parece ser menos importante que a "expressão de gênero".

Frances Crook, gerente-executiva da organização Howard League para a Reforma Penal, argumenta que mulheres em situação de vulnerabilidade estão sendo colocadas em risco por um pequeno número de homens cujo principal interesse é fazer-lhes mal.

"É um debate muito tóxico, mas acho que o sistema prisional tem sido influenciado por conversas extremas e se viu forçado a tomar decisões que têm feito mal às mulheres, tendo colocado os funcionários em uma situação extremamente difícil", disse ela em um artigo publicado no Guardian.
Mudança de sexo, mudança de prisão



Direito de imagemGETTY IMAGESImage captionMuitas presas que se declaram transgênero pediram transferência para presídios femininos

Em julho, quando Karen White se viu diante de juízes no tribunal de Leeds, na Inglaterra, chegou a argumentar inicialmente que não havia assediado as detentas já que não se sentia atraída por mulheres. Afirmou ainda que sofria de disfunção erétil.

No entanto, um dos casos pelo qual foi condenada aconteceu justamente quando estava na fase de transição para deixar de ser Stephen e passar a ser Karen.
Crimes sexuais

Frances Crook considera que qualquer um que tenha cometido crimes sexuais ou violentos contra mulheres, que queira ser transferido mas não tenha concluído a mudança de sexo, ou seja, que "ainda tenha o pênis e hormônios masculinos", não deveria ser colocado junto às detentas.

Segundo uma investigação da BBC, dos 125 presos transgênero em prisões britânicas, 60 estão encarcerados em razão de crimes sexuais.

Estima-se que 25 deles estejam em prisões femininas e outros 34 que nasceram homens e vivem como mulheres estejam em alas especiais para homens que cometeram crimes sexuais.

De acordo com autoridades carcerárias, muitos pediram transferência para prisões femininas.
Antecedentes avaliados

Os pedidos de transferência de prisioneiros cujo gênero legal não está de acordo com o gênero com o qual se auto-identifica, no Reino Unido, são normalmente avaliados por um conselho especial, que deve considerar na análise todos os antecedentes de crimes que tenham cometido - o que não foi, porém, levado em consideração nesse caso.

O Ministério da Justiça pediu desculpas por não ter levado em conta o histórico de crimes de White em seu processo de transferência de prisão e afirmou que está revisando agora os seus processos de avaliação.

"A avaliação de risco não está funcionando e esse não é um caso isolado. Há outros estupradores, homens, que não mudaram de sexo (e se declaram transgênero) na prisão. Essa política precisa mudar", disse em entrevista ao programa Victoria Derbyshire, da BBC, a pesquisadora Nicola Williams, porta-voz da Fair Play Woman - organização que defende os direitos femininos e que afirma que as mulheres não estão sendo ouvidas enquanto leis de direitos dos transgêneros estão sendo reformadas.

"A prisão tem o poder legal, através deste conselho de casos transgênero, de transferir uma pessoa para uma prisão feminina, mesmo que ela ainda tenha status legal e corpo de homem. Essa é uma política em vigor desde 2016 e é ela que precisa mudar", acrescenta. Uma solução, na visão dela, seria que as pessoas transgênero ficassem em uma ala específica.

O governo britânico está atualmente em processo de consulta pública para tornar o processo de mudança de gênero na Inglaterra e no País de Gales - que hoje pode demorar até cinco anos - "menos intrusivo e burocrático para as pessoas transexuais".

Tara Hudson, transgênero que afirmou também no programa Victoria Derbyshire ter sido estuprada três vezes enquanto esteve presa em uma cadeia para detentos do sexo masculino, opina que quem tem histórico de violência contra mulheres não deveria ser enviado para prisões femininas sem ter oficialmente mudado de gênero. Que "isso não deveria ser permitido de jeito nenhum".

"Eles (os que se declaram transgênero) deveriam ter condições de mudar de sexo mesmo estando atrás das grades. O que estão fazendo (hoje, em permitir que fiquem junto com mulheres mesmo sem essa mudança) é totalmente inadequado e perigoso", afirmou ela, durante participação no programa.

Um porta-voz do Serviço Prisional disse que "embora tenhamos o cuidado de lidar com todos os prisioneiros, incluindo transgêneros, com tato e de acordo com a lei, estamos certos de que a segurança de todos os presos deve ser nossa prioridade absoluta".


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OLP denuncia Israel em Haia por ‘crimes de guerra’

06:30
OLP  denuncia Israel em Haia por ‘crimes de guerra’
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TEL AVIV, 11 SET (ANSA) – A Organização para a Libertação Palestina (OLP) denunciou Israel nesta terça-feira (11) por supostos crimes de guerra que teriam sido cometidos na decisão da Suprema Corte local de demolir a vila beduína de Khan al Ahmar, na Cisjordânia, e sua “escola de borracha”, construída com paredes de pneus. O anúncio foi feito pelo secretário-geral da entidade, Saeb Erekat, em coletiva de imprensa realizada em Ramallah. 

Erekat disse que Israel deve ser responsabilizado pela destruição da vila, que foi decidida na última semana após um recurso dos palestinos ser negado. O tribunal alega que o vilarejo teria sido construído de forma ilegal, já que o Acordo de Oslo, assinado em 1993 por autoridades palestinas e israelenses, definiu que o local estaria sob jurisdição militar e administrativa de Israel. A “escola de borracha” da vila, construída em 2009 pela ONG italiana “Vento di Terra”, é feita com paredes de pneus descartados devido à falta de recursos e à proibição israelense de se usar cimento na área. O projeto se tornou símbolo da comunidade local. “Nós vamos continuar recorrendo às cortes internacionais independentemente de chantagens e dos Estados Unidos”, disse Erekat. 

Na última segunda-feira (10), Washington anunciou o fechamento do escritório da OLP na capital norte-americana por considerar que as negociações de paz não estariam tendo progresso suficiente, além do fato de o país, junto com Israel, sofrer ameaças de ações dos palestinos no Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, considerou a decisão do governo norte-americano “correta” e afirmou que o país apoia a decisão dos Estados Unidos, que mostra que a recusa a negociar e as tentativas de ataque a Israel não vão levar à paz. 

O assessor de segurança do governo norte-americano, John Bolton, condenou a atitude dos palestinos e ameaçou impor sanções ao TPI caso haja penalidades aos Estados unidos ou a Israel. “O tribunal já esta morto para os Estados Unidos”, disse Bolton. 

Além do fechamento da embaixada, os norte-americanos suspenderam o repasse de US$ 200 milhões em assistência a instituições palestinas e cortou o envio de US$ 25 milhões em ajudas a hospitais que atendem palestinos em Jerusalém. (ANSA)


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EFEITO PEDOFILIA: Livro de educação sexual criticado por Bolsonaro volta às livrarias

06:28
EFEITO PEDOFILIA: Livro de educação sexual criticado por Bolsonaro volta às livrarias

Exposição do livro "Zizi Sexuel" em 2014 em Paris

“O guia sexual de Titeuf”, com um personagem cômico muito conhecido na França, voltará às livrarias na quarta-feira no Brasil, onde ganhou notoriedade depois que o candidato de direita Jair Bolsonaro o acusou de promover a homossexualidade entre as crianças.

Com o título no Brasil de “Aparelho sexual e Cia”, a obra da francesa Helene Bruller com desenhos do suíço Zep terá uma nova edição de cerca de 3 mil exemplares, informou um porta-voz da Editora Seguinte, um selo destinado aos jovens da Companhia das Letras.

Bolsonaro, que é acusado por seus detratores de ser homofóbico, mostrou uma cópia do livro durante uma entrevista na TV Globo, acusando-a de fazer parte de um “kit gay” distribuído em escolas públicas do Brasil.

A editora rapidamente respondeu que “Aparelho sexual e Cia” não foi comprado pelo Ministério da Educação para fins pedagógicos, e sim pelo Ministério da Cultura, para consulta em bibliotecas.

A Companhia das Letras destaca que a história em quadrinhos, publicada pela primeira vez no Brasil em 2007, aborda “todos os aspectos da sexualidade, com sólida base pedagógica e grande rigor científico”.


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Trump corta verba de programa da ONU de que dependem palestinos, para forçar ACORDO DE PAZ

06:27
Trump corta verba de programa da ONU de que dependem palestinos, para forçar ACORDO DE PAZ
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Os Estados Unidos anunciaram nesta sexta-feira (31) o corte de praticamente todos os recursos destinados à UNWRA, a agência da ONU que ajuda os refugiados palestinos. O corte será de aproximadamente US$ 300 milhões (R$ 1,2 bilhão)

Nota oficial do Departamento de Estado diz que os Estados Unidos "não mais destinarão fundos para uma operação irremediavelmente fracassada".

O que os EUA de Trump consideram uma "operação fracassada" é, para os palestinos, exatamente o inverso: uma espécie de transfusão permanente de sangue que mantém um mínimo de condições de vida para os refugiados.

Os Estados Unidos financiam quase 30% dos projetos tocados pela UNWRA, que fornece educação, cuidados com a saúde e serviços sociais para refugiados palestinos na Cisjordânia, Jordânia, Síria, Líbano e, principalmente, na faixa de Gaza.

É justamente nesta última região que os fundos cortados farão mais falta porque, nela, a UNWRA é a linha da vida: 80% de seus habitantes dependem de ajuda humanitária, 47% vivem abaixo do nível de pobreza e 41% estão desempregados.

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Falta água (95% dos aquíferos não servem para o consumo) e eletricidade (a única usina elétrica em operações produz apenas um décimo das necessidades de Gaza).

A importância da agência da ONU para os habitantes de Gaza fica clara quando se sabe que 70% dos seus mais de 2 milhões de habitantes são refugiados, ou seja, a clientela da UNWRA.

A gravidade para a UNWRA do corte da verba americana mede-se pelo fato de que seu comissário-geral, Pierre Krähenbühl, disse que uma redução anterior, anunciada pelos EUA em julho, representava uma "ameaça existencial" para a agência.

Por extensão é uma "ameaça existencial" também para os refugiados palestinos que são a única razão de ser da UNWRA. Ameaça que pode ser mais bem avaliada por um informe da ONU, emitido há cinco anos, que diz: "A faixa de Gaza será inabitável em 2020, a menos que se modifique a situação atual".

A situação de fato se modificou, mas para pior com o corte da verba americana.

O que pode, eventualmente, amenizar a crise humanitária é o aumento de doações por parte de países árabes. Arábia Saudita, Qatar e Emirados Árabes Unidos já anunciaram a intenção de destinar US$ 200 milhões (R$ 800 milhões) adicionais, o que, se de fato acontecer, cobrirá dois terços do buraco deixado pelos Estados Unidos.

A Alemanha também anuncia preparativos para prover "uma quantidade significativa de fundos adicionais", segundo o ministro do Exterior, Heiko Maas.

O jornal The Washington Post informa que o corte de fundos estaria vinculado a um movimento de forte significado político: retirar o status de refugiados da maioria dos cinco milhões que os palestinos consideram como tais. Restariam apenas alguns milhares.

Um dos pontos essenciais da agenda palestina nas negociações de paz com Israel -por ora totalmente paralisadas- é exatamente o direito de retorno dos refugiados às terras que deixaram (ou das quais foram expulsos) quando Israel derrotou os exércitos árabes na guerra da independência, em 1948.

Israel jamais aceitou a reivindicação palestina, até porque o caráter judeu do país seria sufocado por um influxo tão grande de árabes.

Segundo o Escritório Central de Estatísticas, os judeus em Israel são 6,589 milhões, enquanto os árabes somam 1,849 milhão.

A alegação técnica de Israel para recusar-se a aceitar a volta desse número de refugiados é a de que a UNWRA trata como tais todas as gerações descendentes dos refugiados originais, mesmo que tenham nascido em outros lugares ou tenham cidadania de outro país.

Ao cortar o financiamento para a agência que cuida dos refugiados, depois de ter reconhecido Jerusalém como capital de Israel, Trump adota dois dos pontos caros a Israel e deixa a Autoridade Palestina e o Hamas, o grupo radical que governa Gaza, ainda mais desnorteados e sem capacidade de iniciativa.



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Aeroporto de Denver, nos EUA, faz anúncios brincando com teorias da conspiração

06:26
Aeroporto de Denver, nos EUA, faz anúncios brincando com teorias da conspiração
O local é alvo de muitas teorias sobre ser ligado à maçonaria e ter túneis secretos




Aeroporto de Denver, no Colorado, é alvo de muitas teorias da conspiração. Foto: REUTERS/Larry Downing

O Aeroporto Internacional de Denver, no Colorado, Estados Unidos, é famoso alvo de muitas teorias da conspiração e a administradora do local resolveu brincar com isso. O aeroporto está passando por uma grande reforma e os pôsteres que anunciam isso abusaram de símbolos misteriosos, ilustrações de E.Ts e trocadilhos com as teorias mais famosas.

"Novas concessões? Ou novas conspirações?", questiona um dos pôsteres. Em outra imagem, há a imagem de um E.T. e um texto que diz: "Sim, o aeroporto tem alguns segredos. Desde sua abertura em 1993, há rumores e teorias sem fim. Dizem que há túneis subterrâneaos que levam a uma reunião secreta para a elite mundial. Nosso cavalo azul é amaldiçoado. Alguns areditam que estamos conectados a Nova Ordem Mundial, à maçonaria, e que somos casa de reptilianos. Saiba a verdade em DENfiles.com".

O site, na verdade, leva a uma página que detalha como será feita a obra no aeroporto, e tudo não passa de uma brincadeira sobre as dezenas de mistérios que cercam o local.







the Denver Airport is a trip! @Bin_Hamin @bWoStevie @greekgodpapadon @CnsprcyHrsmn
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'Construção? Ou acobertamento?' e 'Nós estamos criando o melhor aeroporto do mundo? Ou nos preparando para o fim do mundo?' são algumas das frases vistas nos cartazes do aeroporto

Algumas das teorias sobre o aeroporto começam em sua planta: por vista aérea, o formato dos corredores do local se assemelham a uma suástica. Outro ponto bastante intrigante é que há uma pedra na parte central em que se lê o nome do prefeito e do governador que inauguraram o aeroporto, junto a uma dedicatória e... um dos símbolos da maçonaria.

Além disso, um homem que trabalhou na construção do aeroporto alegou em 2013 que o aeroporto demorou a ser construído porque cinco prédios maçons foram construídos na parte subterrânea do aeroporto. Outros trabalhadores também disseram que há uma grande rede de túneis.

Outro ponto alvo de especulações é o cavalo azul com olhos vermelhos chamado Mustang, que fica na entrada do aeroporto. As teorias têm tamanha força que ele foi apelidado de Blucifer. Muitos especulam que ele representa os quatro cavaleiros, citados no livro de Apocalipse da Bíblia.



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