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segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Minorias árabes de Israel protestam contra nova lei

06:15
Minorias árabes de Israel protestam contra nova lei
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Milhares de manifestantes promoveram um protesto em Tel Aviv neste sábado contra uma nova lei de Israel que declara o país como estado-nação do povo judeu, legislação que irritou a minoria árabe do país e gerou críticas no exterior.

O premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, defende a lei, que afirma que apenas judeus têm direito à auto-determinação no país e rebaixa o árabe ao dizer que a língua é necessária para afastar ameaças palestinas à auto-determinação judaica.

Os manifestantes, a maior parte árabes-israelenses, agitaram bandeiras e seguraram cartazes com dizeres como "igualdade" escritos em árabe e hebreu.

"A lei legitima o racismo", disse Laila al-Sana, 19. "É muito importante mostrar que estamos aqui para resistir", disse ela.

A população árabe de Israel compreende principalmente descendentes de palestinos que continuaram em suas terras depois da guerra de 1948, durante a criação do país. Centenas de milhares de pessoas foram forçadas a deixar suas casas ou a fugir do conflito.

Muitos árabes de Israel também se identificam como palestinos. Eles são cerca de um quinto do Estado de 9 milhões de habitantes. A legislação israelense garante a eles direitos iguais, mas muitos afirmam que enfrentam discriminação e que são tratados como cidadãos de segunda classe.

"Quando soube da lei, eu senti que tinha que defender minha cidade natal, nossa terra, a terra de meus ancestrais", disse Sheikha Dabbah, de 68 anos.

Em grande parte declarativa, a legislação entrou em vigor pouco depois do 70º aniversário do nascimento do Estado israelense.

A lei estipula que "Israel é a terra história do povo judeu e que ele tem o direito exclusivo à auto-determinação nele." A regra também reduz o árabe da condição de idioma oficial, ao lado do hebreu, a uma "condição especial".

"Eu sinto vergonha que depois de 70 anos eu tenha que acentuar meu nacionalismo em vez de ser generoso com todos que vivem aqui", disse Gila Zamir, 58, um judeu-israelense que mora em Haifa.

Netanyahu publicou em sua conta no Twitter um vídeo da manifestação e escreveu: "Não há melhor evidência da necessidade da lei."

Críticos afirmam que a lei não é democrática porque diferencia cidadãos judeus e não judeus. Os defensores do texto afirmam que a igualdade civil é garantida na atual legislação.

Líderes árabes em Israel têm afirmado que a legislação beira o apartheid. Grupos de direitos humanos e grupos judeus fora de Israel também criticam a lei, bem como a União Europeia, Egito e o próprio presidente de Israel.

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quinta-feira, 9 de agosto de 2018

SOCIEDADE VIRTUAL: Emissão de CNH Digital passa a ser obrigatória no país

05:25
 SOCIEDADE VIRTUAL: Emissão de CNH Digital passa a ser obrigatória no país



© Divulgação Emissão de CNH Digital passa a ser obrigatória no país

Passou a ser obrigatória nesta segunda-feira (2) a emissão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) Digital por todas as unidades da Federação, segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Com a versão virtual, o motorista poderá acessar o documento pelo celular e evitar multas, principalmente quando esquecer a carteira em casa.

O uso da versão digital é opcional e a versão impressa continuará sendo emitida. Para solicitar a versão digital, é necessário ter o modelo atual do documento em papel, emitido a partir de maio de 2017, com QR Code na parte interna.

Quem não tem o modelo novo, precisa atualizar a CNH tradicional primeiro antes de pedir a virtual.

Não é obrigatório ter certificado digital (assinatura eletrônica com a mesma validade da assinatura física), mas quem não tiver deverá ir a uma unidade do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) para confirmar os dados pessoais.

Vale destacar que o aplicativo da CHN Digital é gratuito, mas cabe a cada estado decidir se cobrará ou não pela emissão do documento. A maioria dos estados já oferecia a CNH Digital antes da obrigatoriedade, com exceção da Bahia e do Pará.


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Empresa cria IA capaz de aprender sozinha, sem interferência humana - Futura IMAGEM DA BESTA???

05:20
Empresa cria IA capaz de aprender sozinha, sem interferência humana - Futura IMAGEM DA BESTA???

© Divulgação/OpenAI OpenAI

Um dos principais entraves da inteligência artificial ainda é que ela requer ser abastecida por um banco de dados que funciona como material de aprendizado. Ou seja, isso ainda requer que alguém alimente essa máquina com conhecimentos específicos sobre o comportamento humano. Contudo, uma nova proposta pretende fazer com que um sistema de inteligência artificial aprenda sem que pessoas ensinem sobre o comportamento humano.

Chamado de OpenAI, o projeto é financiado por magnatas da indústria de tecnologia como Elon Musk, CEO da Tesla e SpaceX, e Sam Altman, empreendedor e financiador de startups do Vale do Silício. Um grupo de pesquisadores da companhia conseguiu criar uma rede neural com braços robóticos capazes de manipular objetos, como uma criança em estágio de aprendizado.

Até aí, já há outros mecanismos capazes do mesmo, basta que se crie um mecanismos específico para aquele ambiente sob medida e com apenas uma função definida. Por exemplo, caso este sistema esteja habituado a carregar objetos cúbicos, a simples troca por objetos esféricos pode fazer com que o sistema não seja mais capaz de executar a ação.

Contudo, as máquinas da OpenAI desenvolvem certos tipos de movimentos e resposta a objetos sem que sejam ensinadas a isso. Em outras palavras, elas aprendem sozinhas como fazer para pegar um objeto mesmo que ele tenha formato diferente.

No sistema convencional, para que este mesmo sistema passasse a pegar objetos esféricos, teria de ser ensinado com milhões de exemplos de vídeos, fotos, textos e códigos, até que o robô possa ser proficiente nesta ação.

A proposta da OpenAI, entretanto, trabalha em um caminho oposto, que não usa dados humanos. Chamado de Dactyl, o sistema se autoalimenta com as possibilidades que julgar mais eficientes para pegar o objeto. Com isso, o banco de dados recebe informações da posição dos dedos da mão robótica e imagens e três câmeras diferentes. Munido disso, a inteligência artificial é capaz de calcular as melhores posições que resultam em ações efetivas para agarrar e levantar o objeto. Por tentativa e erro, o sistema vai chegando cada vez mais perto do sucesso.

Em uma analogia humana, seria como uma criança aprendendo a agarrar objetos simplesmente pegando e derrubando coisas.

Embora seja ainda mais amplo e menos específicos que braços mecânicos que exercem apenas uma função, esse sistema também tem lá suas limitações. Os pesquisadores estão testando formatos, cores e desenhos, uma vez que a tecnologia usa imagens como parte do aprendizado da máquina. Contudo, é possível que ainda resulte uma tecnologia mais abrangente que as convencionais.

Outro problema é a quantidade de energia empregada para fazer este computador levantar um simples cubo com letras. São necessárias 6144 CPUs e 8 GPUs, com capacidade de coletar cerca de 100 anos de experiência em 50 horas.

Como todo este arsenal eletrônico, eles conseguiram fazer com que o braço pudesse fazer pequenos truques, impressionantes para uma mão biônica, como rotacionar o quadrado sem deixar que ele caia.




© Fornecido por Unilogic Media Group Ltda Robô é capaz de girar objeto nos três eixos (Imagem: Divulgação/OpenAI)

Embora o braço seja a cereja do bolo que enfeita todo o projeto, o grande avanço aqui é o sistema que aprende sozinho. O desafio agora é fazer com que o sistema seja mais amplo e exija menos de energia e equipamento para rodar, criando robôs capazes de fazer mais de uma tarefa.

Outro ponto positivo é que a expressão “open”, no nome da empresa, não é apenas estético, sendo que todo o estudo e resultados provenientes desta pesquisa estão disponíveis para conhecimento público em um trabalho publicado no site da empresa.

Fonte: OpenAI
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Como a mídia brasileira utiliza algoritmos e inteligência artificial

04:58
Como a mídia brasileira utiliza algoritmos e inteligência artificial



A que pergunta a pesquisa responde? Por que isso é relevante? Resumo da pesquisa Quais foram as conclusões? Quem deveria conhecer seus resultados? Referências: Tese: Adoção de algoritmos, NLG e inteligência artificial na imprensa brasileira em âmbito nacional e regional AUTOR Lucas Vieira de Araujo, Lattes ÁREA E SUB-ÁREA Comunicação, Jornalismo PUBLICADO EM Estudos de Jornalismo e Mídia Janeiro 2018 LINK PARA O ORIGINAL.

Esta pesquisa, feita na Universidade Metodista de São Paulo, investiga a utilização de algoritmos, inteligência artificial e outros recursos tecnológicos nas maiores empresas de comunicação do Brasil. Para compor sua análise, o autor entrevistou gestores dessas empresas e também comparou estratégias adotadas por diversos grupos jornalísticos. O estudo detectou uma preocupação com a divulgação de notícias falsas e com o custo para a implementação de tecnologias. 

Além disso, destacou incertezas sobre como utilizá-las, apesar de as empresas concordarem que são úteis. A que pergunta a pesquisa responde? O objetivo principal do artigo foi responder à seguinte pergunta: o que pensam as maiores empresas de comunicação do Brasil, de âmbito nacional e regional, sobre algoritmos, inteligência artificial e NLG (Natural Language Generation) e quais as perspectivas dessas tecnologias no país no setor de mídia? Por que isso é relevante? A área de comunicação de massa foi uma das mais afetadas pela expansão da tecnologia. As inovações geradas pelas novas empresas de mídia alteraram a forma como as pessoas se informam, se comunicam, trocam informações. 

As mudanças tecnológicas, inclusive, puseram em xeque o modelo de negócio dos meios de comunicação tradicionais, pois não se produz, distribui e consome notícias como no século 20. Nesse bojo emergem tecnologias como o algoritmo, cada vez mais dominante na internet para as mais variadas aplicações, desde motores de busca, redes sociais digitais, comércio eletrônico ou produção de conteúdo. A área de mídia está entre as principais aplicações do algoritmo, pois os meios de comunicação de massa automatizaram-se de forma acentuada com a evolução da tecnologia. Não obstante a importância do assunto, no Brasil, as discussões em torno dos algoritmos ainda são demasiado precoces e isoladas. Resumo da pesquisa Este trabalho avalia o cenário e as possibilidades de utilização dos algoritmos nos meios de comunicação de massa brasileiros. 




Foi realizada pesquisa exploratória e descritiva na qual foram entrevistados os gestores das maiores empresas de comunicação do Brasil em nível nacional e regional. Dentre os resultados alcançados, destacam-se descrença e ceticismo com os algoritmos, aliados à escassa possibilidade de adoção dessa tecnologia no curto e médio prazo, notadamente para produção de notícias. Quais foram as conclusões? O jornalismo feito com a contribuição de algoritmos, inteligência artificial e NLG representa o futuro da profissão. Os aspectos ainda incertos dizem respeito a como usar essas tecnologias a favor da sociedade e como incorporá-las ao ambiente de produção de notícias a custos baixos e de forma rápida. Talvez seja desenvolvendo sistemas próprios, nos quais o algoritmo não só ajude a coletar e selecionar informações, mas também a elaborar textos. 

Nesse aspecto é importante uma mudança de mentalidade do gestor brasileiro de empresa de mídia, que ainda não vem investindo nisso. É importantíssimo que as empresas de mídia se envolvam de forma mais efetiva com o desenvolvimento de inovação no país para que essas tecnologias não estejam distantes da realidade brasileira e possam ajudar a produzir um jornalismo de qualidade. Alijar a inteligência artificial, o algoritmo e a NLG da produção de notícias não é apenas uma questão de custo ou de produzir mais rápido o material jornalístico. É deixar o Brasil à margem das tecnologias de vanguarda que já têm uma importância fundamental no jornalismo do século 21. Quanto mais o jornalismo sai prejudicado, mais a democracia e as instituições perdem, isto é, todo o país fica enfraquecido. Nos países desenvolvidos, há uma discussão, que ainda não chegou ao Brasil, sobre o quanto a fraqueza do jornalismo prejudica o país. Esse assunto já domina a opinião pública porque ele pode mudar os rumos de uma nação inteira. 




O combate às notícias falsas, uma das grandes mazelas da informação digital, passa pela adoção de tecnologias inovadoras como os algoritmos e inteligência artificial, que estão sendo estigmatizados pelo mau uso nas redes sociais e nos motores de busca. Como a imprensa brasileira não adota essas tecnologias e não tem previsão de adotá-las no curto prazo, como mostrou esta pesquisa, a tendência é de que todo o Brasil seja prejudicado. Quem deveria conhecer seus resultados? Profissionais da área de comunicação, como jornalistas, relações públicas e publicitários; alunos de graduação e de pós-graduação de cursos de comunicação; gestores de empresas da área de mídia, como emissoras de rádio, TV, jornais, portais, agências de publicidade e propaganda; membros de entidades promotoras da inovação e do empreendedorismo, como incubadoras, aceleradoras, fundos de investimentos e coworkings; além de agentes públicos envolvidos no fomento à inovação. Lucas Vieira de Araujo é graduado em jornalismo e mestre em Letras pela Universidade Estadual de Londrina. 

Doutor em comunicação pela Universidade Metodista de São Paulo. Trabalhou como editor, repórter e gerente de jornalismo na Rede Globo, Grupo RBS e Rede Record no Paraná e em São Paulo. Atualmente é professor assistente na Universidade Estadual de Londrina e na Faculdade Assis Gurgacz (FAG). Integrante do Grupo de Pesquisa Tecnologia, Comunicação e Ciência Cognitiva (Tecccog). 

Referências: ANAND, B. The Content Trap: a strategist's guide to digital chance. Random House, New York, 2016. CARLSON, M. The robotic reporter: Automated journalism and the repetition of labor, compositional forms, and journalistic authority. Digital Journalism, v.3, n.3, p. 416-431, nov., 2015. DE ARAÚJO, L. V. News production by machines and ethics: possible implications. SET Internacional Journal of Broadcast Engineering, v.4, n.5, p. 1-6, aug., 2016.





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terça-feira, 7 de agosto de 2018

Chineses podem ser vigiados através de chips RFID obrigatórios

10:39
 Chineses podem ser vigiados através de chips RFID obrigatórios
As autoridades chinesas estão a estudar a hipótese de tornar obrigatória a instalação de chips RFID – chips de identificação por radiofrequência – nos automóveis que estão em circulação.

Os chips são colocados no para-brisas e na notícia do Wall Street Journal lê-se que o objetivo é monitorizar melhor o tráfego nas ruas, reduzir a poluição e ajudar a escolher os melhores percursos. Este sistema não permite o acesso à localização do carro a qualquer momento, como faz o GPS, mas há quem receie que venha a traduzir-se numa forma dissimulada de controlar os cidadãos e as dezenas de milhões de veículos nas estradas.



James Andrew Lewis, vice-presidente do Center for Strategic and International Studies, é um dos que acredita que esta pode ser mais uma forma de o governo monitorizar cidadãos. Por outro lado, o Ministério de Segurança Pública chinês acredita que a medida possa diminuir o tráfego e ajudar a identificar os casos de ataques terroristas com carros na China.

A partir de 2019 todos os carros terão, obrigatoriamente, este chip instalado de origem mas a partir de 1 de julho deste ano quem quiser pode já requerer a instalação gratuita do chip no seu automóvel atual.

A China é um dos países que mais controla os seus cidadãos. Nalgumas regiões há pontos de segurança que monitorizam as matrículas dos carros e o reconhecimento facial é algo já comum entre a população, seja por óculos inteligentes ou por câmaras especiais. O país tem o maior parque automóvel do mundo, vendendo quase 30 milhões de veículos por ano.

Será só na China?

Este não é o único caso ou país onde existe este tipo de controlo automóvel. O México também está a trabalhar na implementação de um sistema semelhante e em locais na África do Sul, no Dubai ou no Brasil já se utiliza a tecnologia RFID para pagamento de portagens, combustível e estacionamento. Desde 2012, que o governo brasileiro tenta tornar a instalação dos chips obrigatória mas o projeto ainda não avançou. Contudo, até 31 de dezembro de 2023, todos os automóveis do Brasil terão que utilizar uma nova chapa de matrícula com chip.



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'Brasil será nosso próximo mercado', diz CEO que implantou chips no corpo de funcionários nos EUA

10:35
'Brasil será nosso próximo mercado', diz CEO que implantou chips no corpo de funcionários nos EUA
Maioria dos funcionários da empresa de tecnologia Three Square Market já convivem com corpo estranho, do tamanho de um grão de arroz, aplicado com seringa sob a pele entre os dedos polegar e indicador.



Chip implantado em funcionários de empresa dos EUA para abrir portas e autorizar compras (Foto: Divulgação/Three Square Market))

Uma empresa de tecnologia de Wisconsin, nos Estados Unidos, causou furor ao anunciar que implantaria chips no corpo de seus funcionários para substituir crachás, chaves e a necessidade de senhas em computadores e equipamentos eletrônicos.

Um mês após o anúncio, passado o frenesi inicial da imprensa americana, 61 dos 80 funcionários da Three Square Market já convivem com esse corpo estranho, do tamanho de um grão de arroz, aplicado com uma seringa sob a pele entre os dedos polegar e indicador.

O chip funciona como um código de barras e permite que leitores digitais identifiquem o nome, a área de trabalho e até mesmo o cartão de crédito dos funcionários que decidem comprar algo para lanchar na cantina da empresa.

"A adesão foi totalmente voluntária. Eu mesmo me surpreendi com o interesse. A moral da história é que somos uma empresa de tecnologia e os funcionários naturalmente se interessam pelo que é novo", disse à BBC Brasil Todd Westby, CEO da Three Square Market, que era conhecida até hoje como produtora de máquinas de autoatendimento, como aquelas que vendem latinhas de Coca-Cola no metrô ou substituem o trabalho dos operadores de caixas em supermercados.

Tratada por Westby como o início de uma "revolução como foi a do iPhone", a tecnologia também desperta preocupações e críticas, já que poderia ser utilizada, teoricamente, para monitorar momentos de descanso de empregados ou os trajetos feitos por seus usuários, incluindo locais mais frequentados e hábitos de consumo.

Para que esse tipo de monitoramento fosse possível, entretanto, o chip subcutâneo precisaria ter um dispositivo de GPS - algo que não está presente na versão instalada nos funcionários da empresa de tecnologia.

Pelo menos por enquanto. "Nós já desenvolvemos toda a tecnologia de um GPS alimentado pela energia do corpo. Agora estamos trabalhando para reduzir o tamanho do dispositivo até que seja possível implantá-lo", diz Westby à BBC Brasil.

Tornozeleiras

O empreendedor diz que, num futuro próximo, a tecnologia poderá ser usada para substituir documentos, fichas médicas e até tornozeleiras eletrônicas - bastante conhecidas no Brasil graças a sentenças recentes da operação Lava Jato.

"As sociedades estão cada vez mais substituindo o dinheiro vivo por outras formas de pagamento. O papel também está sumindo. O chip poderá substituir passaportes e você não vai mais correr o risco de ter o seu roubado ou de perdê-lo. Uma pessoa com Alzheimer ou doenças de memória poderá ter toda a lista de remédios que consome detalhada no chip quando for a uma emergência ou visitar um novo médico", diz.

"As tornozeleiras eletrônicas existem para monitorar pessoas condenadas, mas são caras e têm logística difícil. O chip resolveria isso", continua.

Neste ano, pelo menos cinco estados brasileiros - Goiás, Espírito Santo, Piauí, Alagoas e Rio de Janeiro - registraram falta de tornozeleiras por excessod e demanda. Em julho deste ano, o ex-assessor do presidente Michel Temer Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), flagrado com uma mala com R$ 500 mil, foi alvo de investigação por supostamente ter "furado a fila da tornozeleira".

O ex-ministro Geddel Vieira Lima, que teve prisão preventiva decretada por suposto envolvimento em corrupção, teve sua liberação para o regime semi-aberto atrasada também pela escassez do equipamento.

A empresa de Wetsby, um economista que migrou para a industria da tecnologia em 1997, é a primeira de que se tem conhecimento nos EUA a implantar chips em funcionários.

Agora, com seis patentes diferentes em processo de registro, ele quer vender a tecnologia para diferentes setores.

Brasil

"Dois hospitais brasileiros já nos procuraram querendo experimentar a tecnologia", diz o executivo à BBC Brasil.

Wetsby se limita a dizer que um deles está em São Paulo, mas não revela nomes "porque as negociações ainda estão em andamento".

Segundo Westby, médicos brasileiros estariam interessados em realizar testes com o chip em pacientes com doenças degenerativas. O chip reuniria informações sobre o histórico médico dos pacientes, incluindo registros de medicamentos e tratamentos realizados nos últimos anos e poderia garantir um acesso fácil a estas informações em caso de confusão mental ou se o paciente estiver desacordado.

"O Brasil será nosso próximo mercado. Sei que vocês também têm uma demanda muito grande no sistema penal", diz o CEO. "Também estamos conversando com Espanha, Canadá, México e outros lugares."

A reportagem questiona se a implantação dos chips nos funcionários não foi uma estratégia de marketing, já que garantiu visibilidade à empresa e abriu as portas para interessados na tecnologia. Westby jura que não.

"Zero marketing, você acredite ou não. Nós somos uma empresa de tecnologia. Achamos que seria divertido fazer esse teste, ficamos empolgados e os funcionários também. Mandamos, claro uma divulgação para a imprensa como fazemos sempre, mas não sabiamos que causaria uma comoção tão grande."

O lançamento da tecnologia, em 1º de agosto, reuniu dezenas de equipes de TV na pequena cidade de River Falls, de 15 mil habitantes.

Entre os entrevistados estava uma funcionária que não aceitou receber o chip.

"Eu ainda não vi pesquisas sobre os efeitos a longo prazo na saúde. Isso me deixa um pouco preocupada. Ainda é um objeto estranho sendo colocado em seu corpo", disse a executiva de marketing Katie Langer em entrevista à NBC News.

Futuro

O chip usado pela empresa já permite que funcionários se identifiquem em catracas e roletas, utilizem computadores e máquinas de fotocópias e paguem por produtos consumidos na cantina. O chip funciona a uma distância máxima de 15 centímetros dos leitores.

Segundo o criador, ele pode ser removido em poucos minutos com ajuda de um médico ou enfermeiro - da mesma forma com que foram inseridos.

As principais preocupações dos usuários se referem a privacidade - quem garante que o chip não pode ser hackeado ou os dados que coleta podem ser utilizados por patrões sem o consentimento dos empregados?

"A tecnologia que estamos usando é passiva. Não tem GPS, portanto o hackeamento é impossível", responde o empresário.

A reportagem lembra que ele havia dito há pouco que está desenvolvendo uma versão com GPS. "Sim, mas até que tenhamos a tecnologia 100% segura, ela não será lançada", responde.

Os usos do chip subcutâneo, segundo seu criador, poderiam incluir monitoramento de crianças em regiões com alta incidência de tráfico infantil ou de animais domésticos, cuja fugas poderiam ser evitadas ou controladas.

Em 2015, um boato de que a então presidente Dilma Rousseff implantaria chips nos brasileiros para substituir documentos como RG e CPF foi o assunto mais buscado no país pelo Google durante semanas.

A informação era falsa. Dilma não havia sancionado ou discutido qualquer lei sobre microchips - mas discutia a criação de um novo cartão chamado Registro de Identidade Civil, que possuiria um chip como os presentes em bilhetes de ônibus ou cartões de crédito.

Para Wetsby, a comoção ocorrida à época no Brasil deixará de ocorrer em alguns anos.

"As pessoas se preocupavam com dados pessoais na internet e hoje fazem questão de compartilhá-los para receberem indicações de sites e produtos que têm a ver com seu perfil. Todo mundo ficou chocado com o GPS do iPhone e hoje gosta quando o telefone recomenda trajetos mais inteligentes. No futuro, com os chips, será a mesma coisa: os que hoje se preocupam vão querer tê-lo para conseguir acesso rápido a produtos customizados e ter mais segurança do que com papéis ou documentos que podem perder."


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Cientistas usam chips RFID para rastrear amostras biológicas

10:29
 Cientistas usam chips RFID para rastrear amostras biológicas
Pesquisadores querem usar chips de identificação por radiofreqüência (RFID) para rastrear organoides, amostras de tecidos humanos que imitam pedaços de órgãos e são cultivadas a partir de células-tronco. Os organóides que os pesquisadores embutiam com chips RFID funcionavam normalmente e resistiam a condições extremas, sugerindo que eles poderiam ser uma maneira útil de organizar e identificar as grandes quantidades de organoides necessárias em situações experimentais.Compartilhar:


Esta imagem mostra um organoide de fígado humano com um microchip RFID incorporado.
Crédito: Kimura et al./iScience

Os chips de identificação por radiofreqüência (RFID) são usados ​​atualmente para tudo, desde pagar pelo transporte público até rastrear o gado até parar os ladrões de lojas. Mas agora, pesquisadores dos EUA e do Japão querem usá-los para outra coisa: acompanhar os organoides, amostras de tecido humano que imitam pedaços de órgãos e são cultivados a partir de células-tronco. Os organóides que os pesquisadores embutiam com chips RFID funcionavam normalmente e resistiam a condições extremas, sugerindo que eles poderiam ser uma maneira útil de organizar e identificar as grandes quantidades de organoides que são frequentemente necessárias em situações experimentais. O trabalho aparece 31 de maio na revista iScience .

"Este tipo de abordagem multidisciplinar potencialmente oferece um caminho disruptivo: a idéia é combinar organoides com tecnologias digitais para avançar no teste de drogas e transplante", diz o autor sênior Takanori Takebe, clínico e pesquisador do Centro Médico do Hospital Infantil de Cincinnati, Tokyo Medical and Dental University e Yokohama City University.

Os organoides humanos são uma avenida promissora para a pesquisa do desenvolvimento humano e da doença porque replicam a estrutura, a função e o fenótipo de nossos órgãos em miniatura no laboratório. Cultivadas a partir de células-tronco pluripotentes induzidas pelo homem, elas se dividem, se diferenciam e se montam de acordo com os programas de crescimento de seus órgãos correspondentes. E, particularmente na medicina, eles podem ilustrar os efeitos de certas drogas em nossos órgãos de maneiras que as culturas celulares mais tradicionais não conseguem.

A ideia de incorporar microchips em organoides humanos parecia um ajuste natural para Takebe, que trabalhou extensivamente com chips RFID em contextos de saúde. Os chips poderiam ser usados ​​para detectar, registrar e rastrear mudanças interessantes ao vivo em grandes quantidades de organoides de uma só vez - e porque as células se montam em estruturas 3D durante o processo de crescimento de um organoide, ele pensou que seria possível para os microchips ser naturalmente integrado aos organoides enquanto cresciam. "A introdução dos chips por métodos contundentes, como a injeção, é extremamente tóxica para os organoides, por isso aproveitamos o poder natural de auto-cavitação do organoide para integrar os microchips, para que pudéssemos evitar danos e destruição dos tecidos", diz ele.

Para testar esse procedimento, ele e sua equipe desenvolveram organoides hepáticos híbridos contendo chips RFID baratos e comercialmente disponíveis, do tamanho de grãos de areia. Eles descobriram que 95% dos seus 96 organoides testados incorporaram com sucesso o chip. Os organoides não foram danificados pelo procedimento: eles foram moldados normalmente, segregaram proteínas normais do fígado e transportaram a bile como esperado. "Quase não houve diferenças, surpreendentemente", diz Takebe.

Os chips RFID, que são conhecidos por sua durabilidade, também funcionaram como esperado. Organoides híbridos cultivados a partir de células-tronco de doadores com doença hepática gordurosa podem ser identificados por RFID em um pool de organoides de uma variedade de doadores. E os chips também resistiram a uma série de testes dos tipos de condições que poderiam precisar para sobreviver, a fim de serem úteis na pesquisa: eles e seus organoides ainda funcionavam normalmente depois de congelados e descongelados para criopreservação, a temperaturas de quase 200 graus Celsius, após serem incorporados em parafina, e em uma faixa de diferentes pHs.

Takebe reconhece que ainda existem limitações nessa abordagem. Mais trabalho precisa ser feito para ampliar a produção desses organoides híbridos, e ele e sua equipe estão atualmente trabalhando para desenvolver um sistema que possa escanear a freqüência de rádio e a fluorescência de um organoide ao mesmo tempo. Ele também espera que outros tipos de microchips possam ser integrados aos organoides no futuro e que os chips RFID com tecnologias de sensoriamento possam ser usados ​​para registrar dados em tempo real sobre os organoides. "O foco do meu laboratório é completamente biológico, então alguns desses desafios são coisas que não podemos resolver sozinhos. Mas com a colaboração entre especialistas em diferentes áreas e especialmente dada a rapidez com que a tecnologia está evoluindo, acredito que podemos resolvê-los". diz.

Este trabalho foi financiado pela Fundação de Pesquisa Infantil de Cincinnati, pelo Centro de Pesquisa de Doenças Digestivas no CCHMC, pelo Programa de Subsídio Básico Just-In-Time no CCTST, uma bolsa PRESTO da Agência de Ciência e Tecnologia do Japão (JST), o Estado de Ohio, a Agência de Serviços de Desenvolvimento de Ohio, Ohio Third Frontier, e o Fundo de Inovação do Centro Médico do Hospital Infantil de Cincinnati.


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