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segunda-feira, 30 de julho de 2018

Cervejaria polonesa produz cerveja de vagina e sêmen de veado, ingredientes ultrajantes usados para fabricar bebida

07:08
Cervejaria polonesa produz cerveja de vagina e sêmen de veado, ingredientes ultrajantes usados para fabricar bebida

Em um mercado repleto de cervejas artesanais, você precisa de uma ideia brilhante para se manter à frente da concorrência. Mas uma cervejaria polonesa pode ter ido longe demais, depois de oferecer cerveja fabricada com bactérias vaginais de duas modelos.

Graças a uma bem-sucedida campanha de financiamento coletivo, a cervejaria localizada na cidade de Katowice, no sul da Polônia, batizou sua bebida de "The Order of Yoni" (uma palavra do Sânscrito que significa lugar de nascimento ou vagina). O estabelecimento oferece dois tipos de cervejas com teor alcoólico de 8% que prometem "capturar a mulher dos seus sonhos, fechada em uma garrafa de cerveja".

O dono da cervejaria, Wojciech Mann, assegurou à agência RT que as bactérias das vaginas de duas mulheres específicas — Paulina e Monika — estão sendo usadas exclusivamente na produção.

"Entramos em um carro, fomos a um laboratório muito bom na cidade de Poznan [Polônia], que isolou essas bactérias, examinou-as e multiplicou-as para que houvesse apenas essas bactérias", disse uma das mulheres.

Mas, embora a startup polonesa possa ter levado o velho marketing de "venda de sexo" literalmente a sério, elas não são a primeira cervejaria a usar ideias ultrajantes para vender bebida.

Obtendo política

Enquanto a cúpula de Donald Trump e Vladimir Putin em Helsinque, no início deste mês, pode ter irradiado alguns contratempos no Ocidente, uma cervejaria finlandesa viu isso como uma oportunidade para fazer negócios e ganhar muito dinheiro. A choperia Rock Paper Scissors Brewery disse em entrevista que criaram uma edição limitada da cerveja nomeada de Let's Set This Like Adults (Vamos Definir Isso Como Adultos) como uma "ajuda para a paz mundial", representando os líderes dos EUA e da Rússia.

Vamos Definir Isso Como Adultos: Cervejaria artesanal finlandesa para liberar cerveja na cúpula #Trump #Putin​

Fora deste mundo

Embora não seja o primeiro a produzir cerveja com ingredientes enviados pela primeira vez ao espaço, a Companhia Ninkasi Brewing localizada no estado norte-americano de Oregon foi a primeira a vender esse tipo de bebida para o público em geral. Em 2015, um lote limitado de sua cerveja com teor de 10%, Ground Control, usou levedura que tinha sido lançada pela primeira vez ao espaço em um foguete.

​Espaço está louco!!! Então essa é essa cerveja! Confira… @NinkasiBrewing levou fermento para o espaço e, em seguida, fez uma louco e impressionante Imperial Stout com ele! A cerveja é chamada de Ground Control (muito apropriado) e eles acabaram de lançar o lote de 2017! 

Cerveja ‘verde'

Apesar desta cerveja nunca ter ido ao espaço, ela lhe promete levar às alturas. Aproveitando a onda da legalização da maconha, a empresa Providence Beers no Canadá está desenvolvendo uma cerveja fabricada com plantas de cannabis e algumas outras. Embora o álcool tenha sido removido, espera-se que um teor de 6,5 mg de THC (psicoativo da planta) atinja os bebedores.

'Fabricando com as mãos'

Talvez o prêmio do lote mais estranho vá para o pub da Nova Zelândia, que ofereceu uma cerveja preta que incorpora o sêmen de um veado chamado Lagoon. O pub Green Man, na capital neozelandesa de Wellington, disse que a bebida repleta de proteína precisava de cuidados especiais, com o coproprietário Steve Drummond dizendo que a única maneira de servir o líquido era "puxando com a mão".


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Atrito com EUA pode 'forçar' Alemanha a desenvolver bomba nuclear

06:51
Atrito com EUA pode 'forçar' Alemanha a desenvolver bomba nuclear
© AP Photo / Gero Breloer


Os ataques do presidente dos EUA, Donald Trump, à OTAN e Alemanha reascendem a necessidade de Berlim em possuir um bomba nuclear, escreveu o cientista político alemão Christian Hacke no jornal Die Welt. Agora que o país europeu é o "inimigo número um" dos EUA, Berlim precisa repensar sua política de segurança.

"Em seu novo papel como o inimigo número um do presidente dos EUA, a Alemanha precisa repensar completamente sua política de segurança (…) Pela primeira vez desde 1949 a República Federal da Alemanha ficou sem o escudo nuclear dos EUA. A Alemanha não está protegida contra situações extremas", adverte Hacke.


© REUTERS / KCNA

O cientista político tem certeza de que possuir armas nucleares permitiria que Berlim se proteger de ameaças. Ele acrescenta, além disso, que a diplomacia só é efetiva quando há forte apoio militar por trás.

Poucos diplomatas, militares e especialistas, entretanto, compartilham a opinião de Hacke. Muitos acreditam, porém, que o assunto deve ser discutido.

Caso contrário, a Alemanha poderá se transformar em "um brinquedo", em vez de participanete ativo da política internacional.

Para alguns, por outro lado, repensar a política de segurança alemã implicaria na quebra do status quo e de uma série de acordos internacionais.

O ex-embaixador da Alemanha em Londres e Washington, Peter Ammon, cujas palavras também são citadas pelo jornal alemão, acredita que "a Alemanha ficará isolada e se tornará objeto de críticas de seus aliados" se uma bomba nuclear for construída. Além disso, a medida pode resultar em sanções econômicas por parte dos EUA.

"Para nossos aliados, os tweets selvagens do presidente dos Estados Unidos não são motivo suficiente para violar o regime internacional de não-proliferação (…) Isso levará a uma terrível perda de confiança", alerta o ex-embaixador.


© REUTERS / JIM BOURG

Amon propõe assinar um acordo com a França, que contemple uma profunda integração dos dois países no que diz respeito à defesa, já que a França possui armas nucleares.

"A Europa só pode sobreviver se a Alemanha for política, econômica e militarmente forte contra a Rússia, a China e os Estados Unidos", adverte Harald Kujat, ex-chefe do Bundeswehr, as Forças Armadas alemãs.

No entanto, ele adverte, se a Alemanha não quiser renunciar à sua segurança, deve se basear no novo mundo multipolar, confiando na União Européia e na OTAN. "Agir de forma independente como uma potência nuclear colocará em risco a base sólida dessa segurança".


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'Objetivo é bater Israel de frente com Rússia', diz analista sobre provocação do Daesh - Rumo ao cumprimento de Ezequiel 38 e 39

06:37
'Objetivo é bater Israel de frente com Rússia', diz analista sobre provocação do Daesh - Rumo ao cumprimento de Ezequiel 38 e 39
© AP Photo / Tsafrir Abayov

O bombardeio do território de Israel ocorrido na quarta-feira (25) foi realizado a partir da posição dos militantes do Daesh (grupo terrorista proibido na Rússia e em vários outros países), informou o Ministério da Defesa da Rússia.

Segundo o departamento, todos os terroristas do Daesh e as instalações de mísseis foram destruídos rapidamente como ataque de resposta. O Comando russo agradeceu às Forças de Defesa de Israel por neutralizarem os militantes e prevenirem uma grande provocação terrorista.

Anteriormente, Tel Aviv informou que em 25 de julho atacou um lançador de mísseis que estava sendo usado para bombardear o território do Estado judeu a partir da Síria. A área circundante foi submetida a ataques de artilharia. Ao mesmo tempo, os militares não especificaram como o ataque começou.

O analista militar Oleg Glazunov, em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, comentou sobre a situação na fronteira sírio-israelense.

"O bombardeio de Israel do território sírio foi, sem dúvida, uma provocação não apenas do Daesh, mas também daqueles serviços especiais dos países estrangeiros que estão por trás dessa organização terrorista. Eles precisavam que Israel culpasse Damasco pelo ataque e revidasse atacando o Exército do governo sírio", disse.

"O objetivo é bater Israel de frente com a Rússia, que ajuda o governo sírio a combater terroristas. Mas é improvável que nossos inimigos consigam algo. Na verdade, o Oriente Médio é como um 'grande vilarejo' onde todos sabem de tudo e não há com esconder nada. Portanto, essas provocações não levarão a lugar nenhum e não ajudarão nem os terroristas nem os financiadores", comentou Glazunov.


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Palestina acusa Israel de tentar destruir mesquita para construir 3º templo

06:29
Palestina acusa Israel de tentar destruir mesquita para construir 3º templo

Queda de pedra na porção sul do Muro das Lamentações ainda não foi explicada.

Jerusalém. (Foto: Reprodução)

“A pedra que caiu do Muro das Lamentações no início da semana prova que Israel criou um plano para destruir a mesquita de Al-Aqsa em Jerusalém”, a afirmação é do porta-voz do Fatah, grupo político-militar liderado pelo presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas.

Um guindaste da Autoridade de antiguidades de Israel (AAI) removeu a pedra de quase 200 kg que havia se desprendido do Muro das Lamentação na porção sul, conhecida como “Ezrat Yisrael”. Ninguém ficou ferido.

Até o momento, os arqueólogos da AAI não determinaram o que causou a queda da pedra que fazia parte do Muro desde o tempo de Herodes, edificado no século 1 a.C. A estrutura cerca parte do Monte do Templo, local onde ficava o lugar mais sagrado para os judeus. Desde 705, quando Jerusalém foi conquistada pelos muçulmanos a mesquita de al-Aqsa está no local.

Os palestinos usaram o incidente para retomar uma antiga acusação infundada que Israel estaria planejando destruir a mesquita de al-Aqsa para construir o Terceiro Templo.

Osama Qawassmeh, porta-voz do Fatah, disse na quinta-feira (26) que o deslocamento da pedra era “um sinal perigoso do que estava acontecendo na mesquita de al-Aqsa e seus arredores”, numa referência ao trabalho arqueológico que vem acontecendo perto do local.




“Afirmamos que a mesquita de al-Aqsa e seus arredores, incluindo o que está abaixo dela, são totalmente islâmicos”, disse Qawassmeh. “Os judeus não têm direito a ele [terreno].”

Reclamou também que as visitas dos judeus ao Monte do Templo, bem como as escavações arqueológicas israelenses “abaixo” do Monte do Templo, são um “crime contra todas as religiões e uma flagrante violação da santidade da religião do islã”.

Acusando Israel de trabalhar para causar um conflito religioso, Qawassmeh insiste que o governo israelense conspira para “enterrar qualquer perspectiva de coexistência na região”. Declarou também que Jerusalém é “puramente árabe e palestina, e não pode haver paz e estabilidade sem acabar com a ocupação da cidade por Israel”.

Omar Kiswani, responsável pela mesquita Al-Aqsa, concordou que a queda da rocha foi resultado direto das escavações arqueológicas israelenses. Pediu ainda o envio de um comitê internacional para a área, que possa investigar as “ações de Israel”. Com informações Jerusalém Post


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Israel repudia ministro romeno imbecil, que comparou morte de porcos a Holocausto

05:57
Israel repudia ministro romeno imbecil, que comparou morte de porcos a Holocausto
Petre Daea disse que o abate de 44.580 suínos na Romênia era como Auschwitz


Ministro da Agricultura Petre Daea em entrevista, em Bucareste - INQUAM PHOTOS / REUTERS

BUCARESTE (Romênia) — Israel reagiu com "repúdio e decepção", nesta quinta-feira, ao comentário feito pelo ministro da Agricultura da Romênia, Petre Daea, sobre Auschwitz. Ele comparou o abate de porcos doentes à matança de judeus no campo de concentração nazista. A fala de Daea foi feita em uma breve entrevista de televisão que detalhava medidas de saúde veterinária adotadas em uma fazenda de criação no sul da Romênia para reduzir a disseminação de gripe suína africana, com 44.580 porcos sendo abatidos.

— Os porcos (na fazenda) estão todos incinerados...É um trabalho extraordinário, é como se fosse Auschwitz — disse o Social Democrata Petre Daea, que, em pronunciamento nesta quinta-feira, desculpou-se.

— Eu só queria apresentar a situação particularmente difícil enfrentada por criadores de porcos contra a gripe suína. Na minha alma há muita dor, eu queria descrever os momentos terríveis que nossos agricultores enfrentam — disse.

Na declaração em que expressou repúdio, a Embaixada israelense em Bucareste prefere acreditar que o comentário do ministro romeno tenha sido fruto de desconhecimento histórico.

— Esperamos que essa associação feita pelo ministro Daea tenha sido causada por uma falta de informações aprofundadas sobre o que é Holoucausto e Auschwitz, sem a intenção de desonrar a memória de milhões de vítimas — afirmou.

Vários grupos de oposição centristas da Romênia pediram para o ministro renunciar ao cargo.

ALIADA NAZISTA

Só nos últimos anos, a Romênia começou a discutir seu papel na exterminação de judeus, admitindo, pela primeira vez em 2003, que participou da matança. Mas a sensibilidade em torno do Holocausto e o conhecimento à respeito do assunto continuam escassos.

Durante a Segunda Guerra Mundial, judeus de toda a Europa foram enviados para campos de concentração construídos por alemães, incluindo Auschwitz, erguido na Polônia ocupada pelos nazistas. A Romênia foi uma aliada do nazismo alemão até agosto de 1944, quando mudou de lado, e grande parte da propriedade judaica apreendida durante o conflito foi nacionalizada pela ditadura comunista que se seguiu.

De acordo com um relatório de 2004 feito por uma comissão liderada por Elie Wiesel, Prêmio Nobel e escritor sobrevivente dos campos de concentração, entre 280 mil e 380 mil judeus romenos e ucranianos foram mortos por autoridades civis e militares na Romênia e em áreas controlados pelo país durante a guerra.

Antes da Guerra, a Romênia tinha uma população de 800 mil judeus. Atualmente, menos de 11 mil deles vivem no país, que tem uma população total de cerca de 20 milhões pessoas.



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ONU é o epicentro da perseguição a Israel, diz evangélica embaixadora dos EUA na entidade

05:45
ONU é o epicentro da perseguição a Israel, diz evangélica embaixadora dos EUA na entidade



Nikki Haley foi nomeada pelo presidente Donald Trump como embaixadora dos Estados Unidos na Organização das Nações Unidas (ONU) em janeiro de 2017. Desde então, a evangélica de origem indiana tem se tornado uma das principais vozes em defesa de Israel na entidade global, e por isso foi premiada recentemente.

Nikki é ex-governadora da Carolina do Sul e foi apontada pela revista Time como uma das “100 Pessoas Mais Influentes do mundo” em 2016. Seu crescimento na política e sua atuação conservadora a credenciou para o cargo na ONU no mandato de Trump. Nesta semana, ela recebeu o prêmio “Defensor de Israel” da Cúpula dos Cristãos Unidos por Israel.

Durante a cerimônia realizada na última segunda-feira, 23 de julho, em Washington, DC, Nikki Haley falou um pouco sobre seu trabalho como embaixadora na ONU, e destacou que a entidade é o centro de negociatas políticas que sempre visam prejudicar Israel, descrevendo o ambiente como “o epicentro global do antissemitismo”.

“Há momentos em que [a ONU] pode ser uma força do bem”, ponderou a embaixadora, antes de acrescentar que a entidade “também pode ser um lugar extremamente frustrante e bizarro”, e uma prova disso “é o modo terrível como vem tratando Israel por décadas”.

Ciente disso, o presidente Trump ordenou uma mudança de postura dos EUA em relação aos assuntos tratados na ONU, opondo-se à orientação adotada na época em que Barack Obama era presidente.


“A mudança vem pela liderança dos Estados Unidos. Isso ficou muito claro quando o presidente tomou a decisão corajosa e correta de transferir a embaixada dos Estados Unidos para Jerusalém”, resumiu Nikki Haley. “Historicamente, Jerusalém tem sido a capital de Israel e sempre será”, acrescentou.

Desde que assumiu o posto, há aproximadamente um ano e meio, a embaixadora conseguiu barrar algumas resoluções que prejudicavam Israel e outras que terminavam por favorecer o grupo terrorista palestino Hamás ao ignorar o extremismo de suas ações. Agora, as tratativas caminham no sentido de que a ONU finalmente o declare um grupo criminoso.
Farsa

Uma das ações mais drásticas do mandato de Donald Trump em relação à ONU teve NIkki Haley como protagonista, quando o país abandonou o Conselho de Direitos Humanos da entidade. O assunto também foi abordado durante seu discurso na premiação criada pelo pastor John Hagee.

“O Conselho de Direitos Humanos é uma farsa. Nós dissemos que há sérias violações aos Direitos Humanos na Venezuela, no Irã – onde estão protestando contra o seu regime – na Nicarágua, e não se faz nada a respeito”, afirmou a embaixadora, citando os dois casos mais chamativos que ocorrem na América Latina e um dos antigos inimigos políticos dos EUA no Oriente Médio.

“É muito importante apresentar a verdade e a realidade na ONU, mesmo que isso incomode outros países”, sublinhou, fazendo referência ao fato de que o papel dos EUA exerce muita influência pela potência econômica e militar que são.

Ao final, a embaixadora explicou que sua motivação na atuação em busca de justiça na ONU e nos assuntos relacionados a Israel vai além de orientação política, e envolve sua fé em Jesus: “Eu não sou judia nem venho de uma família cristã. Vinte anos atrás, minha jornada de fé me trouxe ao cristianismo”, explicou.


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Deputado árabe israelita demite-se contra lei que define Israel como Estado-Nação dos judeus

05:35
Deputado árabe israelita demite-se contra lei que define Israel como Estado-Nação dos judeus

Foto Foto REUTERS/Mussa Qawasma

O deputado árabe israelita Zuheri Bahlul anunciou ontem a sua demissão do parlamento em protesto contra a lei que define Israel como “Estado-nação do povo judeu”, que considera “discriminatória contra os árabes”

“Quando terminar a interrupção [das férias de verão] da Knéset [parlamento israelita], a demissão será efetiva e prometo que não me voltarei a sentar nesta Knéset”, disse a um canal televisivo Bahlul, um palestiniano que ficou em Israel, após a sua criação em 1948, membro do grupo de centro-esquerda União Sionista.

Questionado se esta não era uma decisão demasiado drástica, o deputado, um conhecido antigo comentador desportivo, respondeu que “o drástico foi a aprovação da lei Estado-Nação, que põe a população árabe, de forma oficial e constitucional, fora do reino da igualdade em Israel”.

O antigo líder da União Sionista, Isaac Herzog, saudou a posição de Bahlul, defendendo que “as vozes das minorias em Israel têm de ser ouvidas”, de acordo com uma notícia da televisão estatal Kan.

A lei Estado-Nação, com peso constitucional, que estabelece que só os judeus têm direito à autodeterminação em Israel foi recentemente aprovada, desencadeando duras críticas das minorias israelitas, da comunidade internacional e de grupos judeus na diáspora.

No domingo passado, líderes da comunidade drusa - com mais de 130 mil pessoas em Israel, que cumprem o serviço militar obrigatório e que sentem uma vinculação especial com o país - interpuseram um recurso junto do Tribunal Supremo contra a lei, que classificaram de “ato extremo” de discriminação contra as minorias.

Alguns ministros garantiram à comunidade drusa que vão propor emendas à lei para ter em conta os membros desta minoria.

A lei aprovada pelo Parlamento de Israel, com o apoio do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, declara que o estabelecimento de “localidades judaicas é de interesse nacional” e torna o hebraico a única língua oficial do país, estatuto que anteriormente também abrangia o árabe.

Os drusos, que vivem sobretudo na Galileia, norte de Israel, falam árabe e professam uma fé derivada de um Islão muito heterodoxo.

A lei, que se enquadra na categoria de leis básicas que servem como a Constituição em Israel, também proclama que Jerusalém é a capital de Israel, incluindo a parte palestiniana da cidade anexada pelo Estado judaico.

A ONU nunca reconheceu essa anexação.


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