Nesta quinta-feira, uma das organizações secretas mais controversas do mundo — o Grupo Bilderberg — vai iniciar uma reunião de quatro dias a portas fechadas em um resort de luxo em Montreux, na Suíça.
O grupo tem cerca de 130 líderes políticos de elite — e há entre os convidados figuras importantes da indústria, finanças, academia e da mídia.
Não importa quais jornais você leia, canais de TV você assista ou rede social que você use, provavelmente será impossível ler relatos sobre esse encontro, porque nenhum jornalista vai presenciar a conferência — eles são todos proibidos de entrar.
Entre os convidados americanos estão Jared Kushner, genro do presidente Donald Trump, Satya Nadella, CEO da Microsoft, Eric Schmidt, ex-presidente do Google, o bilionário Peter Thiel, fundador do PayPal, e o ex-secretário de Estado Henry Kissinger.
O Hotel Bilderberg, na Holanda, foi o palco da primeira reunião, em 1954, e deu origem ao nome “Grupo Bilderberg”
Jared Kushner, conselheiro e genro do presidente dos Estados Unidos Donald Trump, e a alemã Annegret Kramp-Karrenbauer, provável sucessora da chanceler Angela Merkel, são alguns dos convidados à reunião que acontece de portas fechadas do exclusivo e sigiloso Clube Bilderberg, que começa nesta quinta-feira na Suíça.
Os encontros acontecerão em um hotel que não foi especificado pelos organizadores na cidade de Montreux, às margens do Lago Leman e de onde se tem uma vista extraordinária dos Alpes suíços e franceses, no qual os participantes se hospedarão e se reunirão durante quatro dias.
O conselheiro de segurança americano Jim Baker, o governador do Banco da Inglaterra, Mark Carney, assim como vários políticos europeus do primeiro escalão, como o ex-presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, e ex-primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, também confirmaram participação na reunião anual.
O seleto clube criado em 1954 também convidou este ano 130 políticos, empresários e jornalistas de 23 países da Europa e da América do Norte, mas os profissionais de informação participam de forma estritamente pessoal e não têm o direito de reportar o que acontece ou é dito nas reuniões.
A edição de número 67 da reunião do Clube Bilderberg tem em sua agenda de discussão a situação da Rússia e da China, os dilemas éticos da inteligência artificial, o uso das redes sociais como arma e a manutenção de “uma ordem estratégica estável“.
As reuniões, como é habitual neste clube que alguns veem como uma espécie de “poder nas sombras”,estarão fechadas à imprensa “para criar o maior nível de abertura e diálogo” entre os presentes, disseram à Agência EFE os organizadores.
O clube, que adota o nome do hotel holandês onde aconteceu a primeira reunião, foi criado pelo príncipe Bernhard da Holanda com a ideia de melhorar o diálogo entre Europa e América do Norte, diante do receio que havia nos anos 50 em alguns círculos europeus sobre a aplicação do Plano Marshall.
Em todas as reuniões rege a Regra de Chatham House, que estabelece que os participantes são livres para usar as informações recebidas, mas que nem a identidade nem a afiliação dos oradores, nem de nenhum outro membro, podem ser reveladas.
// EFE
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