Saiba o que o grupo terrorista Hezbollah está fazendo na Venezuela e quais os motivos para sua presença na América do Sul.
A partir de 2000, os serviços secretos dos Estados Unidos e Israel, juntos com declarações de Embaixadores, Departamento do Tesouro dos EUA, jornais independentes e outras publicações começaram a denunciar a perigosa aproximação entre a Venezuela e o Irã.
As intenções estavam tão à vista de quem quisesse enxergar, que pouca gente deu a devida importância. Foi uma conquista silenciosa e sorrateira.
Mais de quinze anos se passaram, o paraíso prometido por Hugo Chávez virou uma sucursal do inferno e o gerente de plantão, o ditador Nicolás Maduro, por absoluta incompetência e movido por uma sanha medida em barras de ouro, coloca mais e mais lenha para arder.
O que resta aos ‘antigos sócios’ senão saquear os despojos? E como fazê-lo?
O jornal Al Arabyia afirma que o grupo terrorista Hezbollah tem o controle na exploração de minas de ouro na Venezuela.
Américo de Grazia, parlamentar de oposição na Assembleia Nacional, revelou ao jornal espanhol Diario das Americas, de Miami, que o Hezbollah, junto como o grupo guerrilheiro colombiano ELN – Exército de Libertação Nacional – mantém uma espécie de exclusividade na exploração, venda e comercialização do ouro descoberto no Arco do Orinoco. E atuam na região “explorando o projeto de mega-mineração para obter ouro”.
De Grazia, que representa o estado mineiro de Bolívar, no sudeste da Venezuela, disse que o Hezbollah “controla várias minas especiais para financiar operações terroristas para o regime que serve”, referindo-se ao Irã.
Recentemente o apoio explícito do Hezbollah em comunicado transmitido pela televisão em 24 de janeiro pela emissora Al Manar em Beirute, à Venezuela do ditador Nicolás Maduro, confirma as ligações entre o governo da nação sul-americana e a organização terrorista.
Além do comunicado de imprensa, o apoio do Hezbollah a Maduro também ficou evidente em visita de 25 de janeiro que o líder do bloco parlamentar “Lealdade à Resistência” do grupo terrorista, Mohammad Raad, teve com o embaixador da Venezuela na Líbia, Jesús González González.
Estados Unidos e Israel expuseram inúmeras conexões entre o Hezbollah e o governo do ditador Maduro.
São negociatas envolvendo importações ilegais de alimentos dos Comitês de Armazenamento e Produção Locais do governo (Comitês Locais de Abastecimento e Produção – CLAP). O empresário colombiano Alex Saab, sócio de Maduro nesse negócio, é peça chave nessa falcatrua.
O que o Hezbollah está fazendo na Venezuela e quais os motivos?
O Hezbollah encontrou uma mina de ouro (sem trocadilho) para suas atividades terroristas nos governos esquerdistas da América do Sul e, ao norte, encontrou na Venezuela um terreno fértil para isso.
A partir daí a organização fez ligações com grupos criminosos, como os guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), bem como o Cartel de Sinaloa e Los Zetas, no México.
Observando o fato de que Sinaloa e Zetas são inimigos mortais, pode-se deduzir que o dinheiro obtido nessas transações ilegais fala mais alto do que qualquer rivalidade.
No México, eles se trucidam. Mas na Venezuela, ‘trabalham’ lado a lado mantendo uma trégua instável.
CIA e Mossad também alertaram para o envolvimento do ex-ministro do Interior da Venezuela, que controlava o escritório de imigração do país, o ex-vice-presidente Tareck El Aissami liberando passaportes venezuelanos a membros de organizações extremistas de todo o Oriente Médio.
A jornalista da ABC na Espanha, Emili Blasco, através de fontes dos EUA sugere que o grupo terrorista encontrou um refúgio seguro na Venezuela para outras atividades criminosas, como tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, especificamente na Isla de Margarita, ao norte do continente, no Mar do Caribe.
Além disso, o Hezbollah teve envolvimento direto no treinamento de grupos armados que apoiam os dois ditadores: Hugo Chávez e Maduro.
Em 6 de janeiro, Cristian Zerpa, um juiz da Suprema Corte, fugiu para os Estados Unidos e, pelas estreitas relações que mantinha com o ditador e sua esposa revelou as conexões do regime com o tráfico de drogas.
“A Venezuela é um país importante nas rotas do tráfico de drogas, e isso não seria possível sem a cumplicidade de certas autoridades”, disse o ex-juiz, acrescentando suas próprias acusações de tráfico de drogas às muitas outras que já são atribuídas aos generais de Maduro que agem sob o nome de Cartel de los Soles (Cartel dos Sóis – referência às estrelas das patentes).
O Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC) do Tesouro dos EUA atualizou sua Lista de Nacionais Especificados e Bloqueio de Pessoas (SDN), acrescentando sete pessoas, a maioria líderes empresariais como Raúl Antonio Gorrín Belizário, presidente da GloboVision.
Segundo a OFAC ele subornou instituições do governo venezuelano a fim de realizar trocas de moeda ilegais que renderam cerca de US $ 2,4 bilhões.
Em um comunicado de imprensa, o OFAC também alegou que Gorrín e a ex-tesoureira nacional Claudia Patricia Díaz Guillén participaram de uma estrutura semelhante à da máfia, ligando líderes empresariais e altos funcionários do governo.
Em julho de 2018, Gorrín apareceu nas manchetes como suspeito na Operação Money Flight, um caso no qual mais de US $ 1,2 bilhão foi lavado da estatal petroleira venezuelana Petróleos de Venezuela S.A. (PdVSA).
Outra vez, temos uma empresa de petróleo envolvida. Coincidência? ou dinheiro fácil?
Neste caso, Gorrín fez depósitos de US $ 200 milhões em contas dos filhos de Maduro e Cilia Flores.
Como compensação por transações que realizaram com o governo de Hugo Cháves, Gorrín e seu sócio Gustavo Perdomo adquiriram a GloboVision e, mesmo que a compra da emissora não houvesse sido lucrativa num primeiro momento, garantiu o domínio do governo sobre o setor de comunicação da Venezuela.
Outra coincidência com fatos ocorridos do lado de cá do Equador?
Venezuela se deteriora a cada dia que passa e se transforma em um Estado mafioso.
Desde os anos 2000, no segundo ano de governo de Hugo Cháves, a Venezuela vem se aproximando do Irã/Hezbollah.
Muitos planos foram traçados, acordos e contratos assinados, estudos geológicos assinados, vaivém de armas e minérios.
A doença de Cháves (será a Intervenção Divina atrapalhando os planos finais?) fez com que muitos planos fossem desfeitos e enterrados.
No final das contas, já no governo do ditador Maduro, tudo leva a crer que o Irã/Hezbollah minimizou seus objetivos haja visto o verdadeiro desmonte e desmandos na Venezuela.
FONTES: