ILLUMINATI - A ELITE PERVERSA

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

Laudo mostra que piloto de Eduardo Campos foi envenenado

03:15
Laudo mostra que piloto de Eduardo Campos foi envenenado

Foi divulgado o resultado do laudo dos exames toxicológico e histopatológico do empresário Paulo Cesar de Barros Morato. Paulo foi morto envenenado com chumbinho, substância comumente utilizada para matar ratos.

A Polícia Científica de Pernambuco ainda não sabe dizer se o empresário ingeriu o organofosforado voluntariamente para provocar o suicídio ou se foi assassinado consumindo algo envenenado. A polícia civil aguardará o resultado dos demais exames solicitados para anexarem-os ao inquérito policial e concluir se o empresário se suicidou ou foi assassinado.

A polícia informou que ainda aguarda as imagens de segurança do momento em que Paulo estava hospedado no motel, bem como o resultado da tanatoscópica, papiloscopia e perícia do local onde o corpo do empresário foi encontrado.

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Na época do trágico acidente, levantou-se a hipótese de que o político tinha sido vítima de assassinado devido seu crescimento em popularidade. Até hoje a polícia não conseguiu descobrir se Campos foi vítima de uma fatalidade ou de um crime.

Investigação criminal

A polícia federal realiza a Operação Turbulência, que visa apurar crimes de lavagem de dinheiro na campanha do ex-governador de Pernambuco e ex-candidato à presidência da república do Brasil, Eduardo Campos.

Até o momento, quatro pessoas foram presas durante as investigações que apontam que Eduardo e o senador Fernando Bezerra Coelho receberam propina do dono do avião, que pode ser Morato. Paulo César estava foragido da justiça. Quando foi encontrado em Pernambuco, o mesmo já estava sem vida.

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A empresa apontada como de propriedade de Morato, é investigada por receber um valor milionário da construtora OAS, que já teve executivos condenados na Lava Jato por desvio de dinheiro da Petrobras.
Acidente que matou o político

Eduardo Campos morreu em um acidente de avião durante sua campanha eleitoral de 2014. Na época o candidato crescia nas pesquisas oficiais, oscilando entre o segundo e terceiro lugar em uma disputa direta com Dilma Rousseff e Aécio Neves. Após o acidente, sua candidata a vice presidente, Marina Silva, assumiu sua campanha pelo partido.

Na época do trágico acidente, levantou-se a hipótese de que o político tinha sido vítima de assassinado devido seu crescimento em popularidade. Até hoje a polícia não conseguiu descobrir se Campos foi vítima de uma fatalidade ou de um crime. Morato era visto como alguém que poderia desvendar esse mistério. A polícia não conferiu informações sobre os próximos passos das investigações.


Fonte: pensabrasil.com
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CORRUPÇÃO BRASIL: Vale projetou mortes, custos e até causas possíveis de colapso em documento

03:02
CORRUPÇÃO BRASIL: Vale projetou mortes, custos e até causas possíveis de colapso em documento

Salas da Gerência de Tratamento de Minério e Movimentação de Produto, na sede da Mina do Córrego do Feijão, da Vale em Brumadinho (MG), que resistiu à passagem da lama.

Sala de Comando de Operações de Segurança da mina, após rompimento da barragem...

Até o momento, as autoridades contabilizam 165 mortos e 155 desaparecidos em Brumadinho


Documento interno da Vale estimou em outubro de 2018 quanto custaria, quantas pessoas morreriam e quais as possíveis causas de um eventual colapso da barragem de Brumadinho (MG), que se rompeu no dia 25 de janeiro, deixando ao menos 165 mortos. As informações são da Folha de S.Paulo.

O Ministério Público de Minas Gerais usa o relatório em ação civil pública em que pede a adoção de medidas imediatas para evitar novos desastres. A mineradora reconhece no documento que, além de Brumadinho, outras nove barragens estavam em situação de risco.

Em resposta à Procuradoria, a Vale alega que o estudo indica estruturas que receberam recomendações de manutenção, as quais, conforme a empresa, já estão em curso. A mineradora argumenta, ainda, que a barragem de Brumadinho não corria risco iminente.

Segundo a Folha, a Vale estimava que um eventual colapso provocaria mais de cem mortes —até o momento, as autoridades contabilizam 165 mortos e 155 desaparecidos. A maior parte das vítimas estava no refeitório e na sede administrativa da mina do Córrego do Feijão, onde está a barragem que se rompeu.

De acordo com a reportagem, o estudo da Vale, chamado Resultados do Gerenciamento de Riscos Geotécnicos, previa que os custos de um eventual rompimento na barragem 1 da Mina do Córrego do Feijão poderiam chegar a US$ 1,5 bilhão (cerca de R$ 5,6 bilhões, ao câmbio atual).

Entre as causas prováveis de rompimento apontadas pelo estudo estão a erosão interna ou a liquefação. Além de Brumadinho, também são citadas no documento as barragens de Laranjeiras (em Barão de Cocais), Menezes 2 e 4-A (em Brumadinho), Capitão do Mato, Dique B e Taquaras (Nova Lima) e Forquilha 1, Forquilha 2, Forquilha 3 (Ouro Preto).

A Folha diz que a análise de estabilidade exigida pela legislação atestou as condições de segurança da barragem que se rompeu, mas indicou uma série de problemas que deveriam ser resolvidos pela mineradora. A Vale afirma em nota que "os estudos de risco e demais documentos elaborados por técnicos consideram, necessariamente, cenários hipotéticos para danos e perdas".

A mineradora alega que "não existe em nenhum relatório, laudo ou estudo conhecido qualquer menção a risco de colapso iminente da barragem" e que a estrutura tinha "todos os certificados de estabilidade e segurança". De acordo com a Vale, a "zona de atenção" compreende barragens em que os técnicos apontaram recomendações, mas não risco iminente.

A empresa afirma que ainda não é possível identificar as causas da tragédia, investigadas por uma comissão formada por especialistas internacionais. A Vale diz que está fazendo um levantamento das áreas habitadas próximas às suas barragens, mas que ainda não há um plano para reduzir o dano potencial em eventuais colapsos.

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TIRANIA TOTAL: APPLE EXIGE QUE AS NOTÍCIAS NATURAIS PAREM DE ESCREVER SOBRE ABORTOS, SATANISMO; AMEAÇA BLOQUEAR APLICATIVOS DE DISPOSITIVOS DA EMPRESA

02:40
TIRANIA TOTAL: APPLE EXIGE QUE AS NOTÍCIAS NATURAIS PAREM DE ESCREVER SOBRE ABORTOS, SATANISMO; AMEAÇA BLOQUEAR APLICATIVOS DE DISPOSITIVOS DA EMPRESA
Empresa de tecnologia dominante aparece em defesa do satanismo, enquanto ameaça censurar uma editora proeminente


Em uma série de e-mails chocantes de “demanda” contendo capturas de tela mostrando listas de artigos da Natural News, a Apple exigiu que a Natural News parasse de publicar artigos críticos de abortos ou satanismo, ameaçando bloquear o aplicativo Natural News de todos os dispositivos da Apple se as demandas da Apple não forem atendidas. .

Esta é a primeira vez que uma empresa de tecnologia dominante aparece em defesa do satanismo, ameaçando censurar uma editora proeminente que expõe os males da influência satânica. Muitas pessoas verão isso como mais uma prova de que a Apple, junto com outros gigantes da tecnologia, está literalmente alinhada com Satanás e está explorando seu poder de censura para silenciar aqueles que criticam o satanismo.

Com os democratas agora empurrando abertamente o infanticídio e a legalização doassassinato em série de bebês , gigantes da tecnologia como a Apple estão servindo como a "polícia da fala" da censura para silenciar todas as críticas à prática macabra. Ao ameaçar a Natural News sobre nossa cobertura de infanticídio e abortos, a Apple está apostando na posição de ser pró-infanticídio, e qualquer um que se atreva a falar por crianças inocentes é considerado pela Apple estar envolvido em "discurso de ódio".

Segundo a Apple, opor-se ao assassinato de crianças é agora “discurso de ódio”

Sim, você leu corretamente: Falar para parar o assassinato em massa de recém-nascidos é agora "discurso de ódio" de acordo com os esquerdistas perturbados, mentalmente doentes que comandam a Apple, Twitter, Google, YouTube, Facebook e Snapchat. O tecnofascismo tornou-se agora um movimento de infanticídio em massa que exige o silenciamento dos que se opõem a ele. “Discurso de ódio” significa defender os inocentes e exigir o fim do assassinato de crianças.

Aqui está uma das muitas capturas de tela enviadas ao Natural News pela Apple, junto com um aviso de que essas histórias resultariam no bloqueio do nosso aplicativo:


A Apple afirma que todos esses artigos são "conteúdo censurável" que as pessoas podem achar "ofensivas".


Algumas das manchetes nomeadas pela Apple como “objetáveis” incluem esses importantes relatórios sobre satanismo, vampirismo e coleta de sangue de crianças, vacinas, maconha, liberdade de expressão, a guerra fracassada contra as drogas, anti-semitismo e muito mais:














Aqui está outra captura de tela enviada para a Natural News pela Apple, junto com pedidos para remover todo esse conteúdo ou enfrentar as consequências:


Também há mais fotos, enviadas para a Natural News pela Apple, indicando que a Apple está vasculhando todo o conteúdo da Natural News e tentando encontrar exemplos de histórias para serem "ofendidas". Alguns dos outros conteúdos que a Apple diz serem "ofensivos" incluem artigos sobre aborto, infanticídio, censura, agenda LGBT e migração ilegal.

Lutar contra a censura da Apple

Todos nós devemos lutar contra a censura da Apple. Existem várias maneiras de você nos ajudar a fazer isso. Precisamos da sua ajuda para agir agora e deixar a Apple saber que não ficaremos em silêncio diante do tecnofascismo e da censura:

Primeiro, preencha este formulário de feedback da Apple para o iPhone e diga que você não quer que a Apple censure o aplicativo Natural News:


Você também pode enviar um Tweet para a conta oficial da Apple (supondo que você ainda não tenha sido banido pelo Twitter, outro gigante da tecnologia do mal). As contas oficiais de interesse incluem:

@Maçã

@Loja de aplicativos

@Tim cook

@ AppleSupport

Quando você twittar a Apple, diga-lhes para parar de tentar controlar o Natural News e parar de censurar o nosso aplicativo.

Finalmente, assista e compartilhe minha explicação completa aqui:


Como todos os gigantes da tecnologia, a Apple foi consumida por forças verdadeiramente demoníacas e agora exige o silenciamento de todos aqueles que se opõem ao mal, ao assassinato ou à tirania.
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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

PROFECIA BÍBLICA ESTÁ SE CUMPRINDO EM 2019 E REVELA ALGO TENEBROSO ESTÁ VINDO AÍ

11:12
 PROFECIA BÍBLICA ESTÁ SE CUMPRINDO EM 2019 E REVELA ALGO TENEBROSO ESTÁ VINDO AÍ

São muitas as profecias que anunciaram sem sucesso o fim da humanidade. Recentemente tornaram-se virais algumas passagens do Antigo Testamento cuja coincidência com a realidade atual parece anunciar a iminência do apocalipse.

Trata-se de versículos do profeta Isaías, que ganham força com os acontecimentos bélicos na Síria e o conflito armado entre os países do Oriente Médio. Uma das passagens diz: “Todo o reino da Síria deixará de existir, assim como a cidade de Damasco; além disso, as cidades do norte, que são o orgulho de Israel, ficarão sem muralhas.

Eu sou o Deus todo-poderoso e juro que assim será. Damasco deixará de ser uma cidade e se transformará em um monte de ruínas” (Livro de Isaías, capítulo 17, versículo 1).




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“Israel será o epicentro do mundo no fim dos tempos”, diz Anne Graham Lotz

11:04
“Israel será o epicentro do mundo no fim dos tempos”, diz Anne Graham Lotz
A evangelista Anne Graham Lotz acredita que sua vida está entrelaçada com a nação de Israel.






Judeus ultra-ortodoxos olhando para o Domo da Rocha na Cidade Velha de Jerusalém. (Foto: Reuters)

Filha do renomado evangelista Billy Graham, Anne Graham Lotz se tornou uma grande defensora de Israel. Recentemente diagnosticada com câncer, ela encara sua doença como um meio para fortalecer essa relação com o Estado judeu.

Nascida uma semana depois da criação do Estado de Israel, em 21 de maio de 1948, Anne acredita que sua vida está entrelaçada com a nação. Em entrevista ao site Breaking Israel News, ela conta que essa ligação foi algo que percebeu mais tarde, e não diretamente com o seu pai.

“Eu acredito, de acordo com os profetas, que Israel será o epicentro do mundo na última geração. O profeta Ezequiel descreve um vale de ossos secos, que parece descrever aqueles que sobreviveram ao Holocausto. Ezequiel indicou que os ‘ossos’ retornariam à sua antiga terra e se levantariam para ser um vasto exército de pessoas. Na minha vida, tenho visto o cumprimento dessa profecia”, disse a evangelista.

Citando ainda o livro de Ezequiel, Anne observa que foi profetizada “uma terrível invasão a Israel pelo norte que ainda não foi cumprida”. “Algumas pessoas hoje acreditam que essa profecia será cumprida em uma guerra com a Rússia, a Turquia, o Irã e outras nações, quando Deus irá intervir sobrenaturalmente para salvar Israel com o propósito de fazer a nação voltar para a fé Nele”.

Anne acredita que assim como ela e o Estado de Israel completam juntos 70 anos, Deus está usando sua doença para trazer uma mensagem profética. “Assim como eu fui surpreendentemente atacada pelo câncer, Israel corre grande risco de um ataque surpresa de seus inimigos”.

A história de Israel no Antigo Testamento é marcada por momentos em que a nação se afasta de Deus, é cercada por inimigos e se arrepende, Anne observa. “Eu acredito que Deus pode permitir que Israel seja atacado por seus inimigos, de modo que o país clamará a Deus e Ele enviará um libertador. Eu acredito que desta vez o libertador será o Messias — como uma cristã evangélica que crê na Bíblia, creio que Jesus de Nazaré é o Messias”.

Ela ainda afirma que há um número cada vez maior de evangélicos que estão acompanhando os acontecimentos mundiais à luz da profecia bíblica. “Milhares de nós acreditam que o tempo é muito curto, que a história humana está se esgotando, que o Messias está prestes a chegar”, destaca.

“Creio que o Espírito de Deus está mexendo no coração do Seu povo, abrindo nossos olhos e corações, nos dando uma consciência crescente dos tempos em que vivemos. Pessoalmente, senti fortemente que é hora dos evangélicos orarem pela paz de Jerusalém como nunca antes”, acrescentou.



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terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

Histórico não é Lula ser preso, mas Temer, Aécio e Renan estarem livres, diz sociólogo

11:59
Histórico não é Lula ser preso, mas Temer, Aécio e Renan estarem livres, diz sociólogo

'Não vejo como um fato histórico porque o Lula foi preso. Eu acho histórico porque o Lula foi preso e o Temer não foi, o Aécio não foi, o Renan Calheiros não foi', diz sociólogo

Em meio a um momento "turbulento e tumultuoso" na política brasileira, a falta de consistência nas decisões do Judiciário gera uma "dúvida institucional que é nociva e desestabiliza a democracia", considera o sociólogo Sérgio Abranches.

Em entrevista à BBC Brasil, Abranches afirma que o Supremo Tribunal Federal (STF) tem tomado decisões que variam de caso a caso e não condizem com seu papel de ser o "recurso de última instância" na República, devendo ter uma voz "estável" e "unívoca".

Para o sociólogo, o fato de o STF ter negado o habeas corpus ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas ainda deixar em aberto a possibilidade de reavaliar a regra da execução da sentença após a segunda instância gera instabilidade.

"Maiorias de circunstâncias não podem afetar a jurisprudência a respeito de questões tão cruciais", afirma Abranches, que é comentarista da rádio CBN.

O sociólogo considera que a prisão de Lula seguiu os trâmites judiciais, mas se reveste, do ponto de vista histórico, de "significado duvidoso" por ter ocorrido enquanto outras lideranças "ficam ao abrigo da lei", beneficiadas por um "sistema de blindagem" que continuaria operando para livrar políticos do processo judicial.


Image captionPara sociólogo, STF precisa ter voz 'estável e unívoca', sem mudar jurisprudência por 'maiorias de circunstância'

"Eu não vejo como um fato histórico porque o Lula foi preso. Eu acho histórico porque o Lula foi preso e o Temer não foi, o Aécio não foi, o Renan Calheiros não foi", afirma.

"Acho que essa contradição é insanável e só pode ser resolvida com a generalização desse direito para todos os brasileiros poderosos e ricos", diz Abranches. "Não é a soltura do Lula que resolve o problema. É a prisão dos outros."

Leia abaixo os principais trechos da entrevista.

BBC Brasil - Qual é o significado histórico da prisão, do momento atual?

Sérgio Abranches - É um momento muito cheio de contradições. Por um lado, estamos vendo as instituições judiciárias em funcionamento, e, pela primeira vez, lideranças políticas são responsabilizadas pelos crimes que lhes são imputados, com o devido processo legal.


Sociólogo diz que prisão de Lula tem 'significado duvidoso' por ocorrer enquanto políticos da situação continuam soltos

Por outro lado, é evidente que temos outras lideranças que estão ao abrigo dessas instituições judiciárias, protegidas por um sistema de blindagem que foi montado por uma colusão, uma associação entre políticos, com ramificações no Judiciário e com coordenação do poder Executivo, para livrar políticos do processo judicial.

Essa estrutura de privilégios que protege lideranças em cargos importantes no Legislativo, no Executivo e nos partidos não tem nada de republicano. É um resquício das prerrogativas da nobreza na monarquia. É uma situação intolerável.

BBC Brasil - A seu ver, o que a prisão do Lula representa neste contexto?

Abranches - A ordem de prisão ao Lula seguiu a tramitação prevista na lei. Mas, do ponto de vista histórico, se reveste de um significado duvidoso.

O Lula é uma liderança histórica, uma liderança popular expressiva, e é preso enquanto outras lideranças com muito menos importância histórica ficam ao abrigo da lei, por causa desse sistema de proteção privilegiado. Isso não é justo nem democrático. Há uma falha nas instituições brasileiras permitindo que uns sejam presos e outros, não.

BBC Brasil - Mas muitos comemoraram a prisão do Lula como sinal de que um ex-presidente não está acima da lei. O senhor concorda?

Abranches - Em parte. Sim, ele deve estar submetido à lei como todos. O problema é que nem todos estão submetidos à lei. Eu não vejo como um fato histórico porque o Lula foi preso. Eu acho histórico porque o Lula foi preso e o Temer não foi, o Aécio não foi, o Renan Calheiros não foi. O Temer e o Aécio não estão sendo nem julgados direito. A ordem de prisão do Aécio foi desrespeitada pelo Congresso. Isso mostra uma brecha nas instituições que tem que ser sanada.

Poderia ter sido diferente? Poderia, se o ministro Dias Toffoli não tivesse segurado a decisão do Supremo sobre foro privilegiado (em novembro, o ministro pediu vista em sessão para discutir a restrição do foro para parlamentares). Ou se o Supremo não tivesse mudado seu entendimento, aplicando determinada regra ao ex-deputado Eduardo Cunha e outra regra ao senador Renan Calheiros.

Poderia ter sido diferente se várias circunstâncias nesse momento turbulento, tumultuoso e duvidoso tivessem tido um curso mais regular, com decisões consistentes, coerentes e estáveis, sem mudar de um caso para o outro, o tempo todo. Esse quadro revela um aspecto muito delicado da circunstância atual.

BBC Brasil - O que isso significa do ponto de vista histórico?

Abranches - Acabei de escrever um livro sobre a política brasileira nas três Repúblicas (da República Velha à redemocratização). Na segunda República, de 1946 a 1964, o Judiciário brasileiro foi muito pouco intervencionista. O Supremo se recusava a permitir a judicialização de questões políticas e transferia essas decisões para Congresso. A instituição militar era chamada a interferir quando o Executivo, o Legislativo e o Judiciário não conseguiam resolver impasses.

Na terceira República (desde a redemocratização aos dias de hoje), o Judiciário tem sido o recurso de última instância. E é bom que seja assim. Nas democracias republicanas, o Judiciário tem a última palavra. Mas, exatamente por isso, essa palavra tem que ser estável, tem que ser unívoca. Não pode ser duvidosa.

No caso que permitiu a prisão do Lula, se negou o habeas corpus, mas se deixou em aberto a questão da regra da prisão após o julgamento em segunda instância. Isso produz uma dúvida institucional que é muito nociva e desestabiliza a democracia.

Qual é a regra que vale? Vale uma regra para o Lula e daqui a alguns dias ou semanas vai valer outra regra? E aí o que não podia, pode, e o que podia, não pode? Não faz sentido. Essa instabilidade nas decisões do STF é intolerável do ponto de vista democrático.

BBC Brasil - O que o senhor acha da possibilidade de se rever a jurisprudência sobre a prisão após condenação em segunda instância?

Abranches - Na minha opinião, não se deveria mexer nessa regra. Acho que a regra de 2016 é a mais democrática que o Brasil já teve, porque anula os privilégios dos poderosos.

Além disso, não faz sentido discutir uma mudança na jurisprudência só porque dois ministros resolveram mudar o seu entendimento da questão. Não é um problema subjetivo. É um problema constitucional, institucional, democrático e republicano. Maiorias de circunstâncias não podem afetar a jurisprudência a respeito de questões tão cruciais, em um momento tão crucial.

No momento atual, essa decisão tem grande importância para o futuro da democracia e da política brasileira. A questão ficou importante porque as investigações sobre corrupção política chegaram ao topo do poder político, aos ricos e poderosos. E aí vem um movimento para mudar a jurisprudência. Há uma articulação para retornar ao padrão da impunidade que marcou a política brasileira até agora.


'Acho que a prisão do Lula revela de forma patente a predominância da regra da impunidade no Brasil', diz sociólogo

BBC Brasil - A prisão do Lula é um passo nessa luta contra a impunidade?

Abranches - Eu acho que é o contrário. Acho que a prisão do Lula revela de forma patente a predominância da regra da impunidade no Brasil. É preciso perguntar: por que só o Lula?

Não estou defendendo que Lula não fosse preso. Se há culpa formada, se há uma ordem judicial de prisão, ela tem que ser cumprida, para qualquer brasileiro. E pode ser discutida na esferas adequadas, no processo institucional. Mas acho que não há nada para comemorar - muito pelo contrário, é uma enorme tristeza - que o primeiro líder político importante a ser preso seja o Lula. E que ele seja preso enquanto outros menos importantes historicamente estejam soltos, embora estejam envolvidos em acusações importantes de corrupção e usem o cargo para criar obstáculos ao processo judicial.

Acho que essa contradição é insanável e só pode ser resolvida com a generalização desse direito para todos os brasileiros poderosos e ricos. Não é a soltura do Lula que resolve o problema. É a prisão dos outros.

BBC Brasil - Ou seja, uma democratização da Justiça.

Abranches - Uma republicanização. A república foi fundada com o princípio de que a lei é igual para todos. Exatamente porque na monarquia não era. A Justiça era dupla. Tinha uma Justiça dos nobres e outra dos plebeus.

Na República não, nós todos somos comuns e temos que ser tratados como comuns. Esse que é o principal defeito hoje democracia brasileira e que obscurece, desmerece, leva a uma reinterpretação da prisão do Lula.

O Lula é parte fundamental da história da terceira República brasileira. Como foi também o Fernando Henrique Cardoso. O Mário Covas. O Leonel Brizola. Essas figuras são lideranças constitutivas do nosso processo político. Então é muito emblemático que uma delas tenha sido presa. E também emblemático que tenha sido só o Lula. Não é aceitável que seja só o Lula.

BBC Brasil - O que isso representa para as eleições de 2018?

Abranches - É completamente imprevisível. Com esse processo de instabilidade no Judiciário, não sabemos sequer qual decisão vai prevalecer sobre a regra da execução da sentença, e se a jurisprudência de 2016 ainda vai mudar.

Se a regra fundamental fica em dúvida, você deixa em dúvida todo o processo eleitoral. Ninguém quer lançar candidatura antes de ter certeza das regras do jogo. Você só arma seu time quando sabe as regras do campeonato. Nesse momento, não temos ideia de como vai ser jogado o jogo eleitoral. Isso é muito ruim para o Brasil e a democracia.

BBC Brasil - A mudança principal não se dá pela saída de cena do Lula, e de como o jogo vai continuar sem ele?

Abranches - Não. Veja bem, quando a Justiça superior, a última instância, começa a emitir julgamentos excessivamente divididos, que podem ser mudados a qualquer momento, não é só uma decisão que fica em dúvida. Fica em dúvida todo o sistema de regras. Sobre como o TSE e o STF vão se comportar.

No caso das eleições, já temos um exemplo muito ruim: a decisão do Dias Toffoli de deixar o senador cassado Demóstenes Torres disputar uma eleição que não pode disputar, contrariando decisões anteriores. Isso mostra o caráter instável e frágil das decisões de última instância.

Se nosso último recurso é duvidoso, não temos mais recursos. Estamos muito mal. Não sabemos como vão julgar quando o PT disser que quer que o Lula continue candidato. Vão manter a inelegibilidade ou não? Temos dúvida sobre quem pode se candidatar, que é a regra fundamental das eleições. Então não tem regra. Enquanto não tivermos uma decisão definitiva sobre a regra da Ficha Limpa e da execução da sentença, não teremos estabilidade jurídica suficiente para fazer eleições adequadas.

BBC Brasil - A prisão do Lula se deu no mesmo momento em que o Joaquim Barbosa, à frente do processo do mensalão, deu um passo para se candidatar. O que representaria essa troca?

Abranches - Acho que essa eleição vai mobilizar dois tipos de lideranças. As que são a favor da luta contra a corrupção e as que defendem governos de inclusão social.

No primeiro caso, temos aqueles que querem acabar com a corrupção com uma metralhadora na mão e uma espada na outra; e os que preferem passar pela toga do juiz. Nesse sentido, acho que o Joaquim Barbosa representa uma opção mais democrática e tolerável, se ele entrar na disputa.

O outro lado ainda está vazio e tem que ser preenchido. O Brasil é uma sociedade desigual demais para não ter uma esquerda forte, para não ter um candidato forte postulando políticas de inclusão social. Temos algumas candidaturas que passam por esses temas, como as de Ciro Gomes e a Marina Silva.

O Joaquim Barbosa pode representar uma visão que incorpora esses dois grandes temas. É possível conciliar o combate à corrupção e a promoção de políticas de inclusão social. Acho saudável que candidaturas com esse perfil apareçam. Seria muito ruim que o monopólio da exclusão social ficasse com uma esquerda extremada, e o monopólio da ordem, com uma direita extremada.

BBC Brasil - Estamos vivendo um período prolongado de polarização no país. O senhor acha que a situação tende a se acentuar e ter mais reação nas ruas?

Abranches - A prisão do Lula provoca comoção popular. E acho que a indignação é maior por causa dessa flagrante injustiça de prenderem o Lula, mas não prenderem outros políticos.

Uma solução ruim para reduzir esse conflito seria mudar a jurisprudência no STF. Com isso, os advogados do Lula entram com um novo habeas corpus, que seria automaticamente concedido, porque a nova jurisprudência mandaria que fosse.

Espero que a gente consiga voltar para o trilho da normalidade com decisões mais coerentes tanto políticas quanto judiciais, eliminando esses privilégios. Precisamos padronizar esse processo e torná-lo igualitário, ou seja, botar outros políticos importantes na cadeia. Já há alguns. Mas não os principais.



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CORRUPÇÃO BRASIL: Ministros do STF atuaram para arquivamento da CPI da 'Lava Toga'

11:49
CORRUPÇÃO BRASIL: Ministros do STF atuaram para arquivamento da CPI da 'Lava Toga'
Senadora Katia Abreu diz que conversou por telefone com GIlmar Mendes; Alessandro Vieira diz ter havido ameaça de retaliação

Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) atuaram nos bastidores, durante o fim de semana, para que o Senado recuasse da abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o “ativismo judicial” em tribunais superiores. Apelidada de “Lava Toga”, a CPI era um pedido do senador Alessandro Vieira (PPS-SE), mas foi enterrada após três senadores retirarem o apoio.

Katia Abreu (PDT-TO), Tasso Jereissati (PSDB-CE) e Eduardo Gomes (MDB-TO), que assinaram o requerimento num primeiro momento, desistiram antes que a comissão fosse instalada. O Estado apurou que ministros do STF trataram do assunto diretamente com senadores no fim de semana.

Segundo Kátia, ela falou por telefone com o ministro Gilmar Mendes antes de recuar. Para a senadora, este não é o momento para abrir uma crise institucional no País. Em entrevista ao Estado, Vieira disse que houve ameaça de retaliação por parte de ministros.


O plenário do STF. Frente que reúne associações de juízes e procuradores federais estuda como impugnar decisão que acabou com auxílio moradia Foto: Dida Sampaio/Estadão (13/09/2018)

Nesta terça, o presidente do STF, ministro Dias Toffoli, afirmou que não houve interferênciapor parte de ministros da Corte para impedir a abertura da CPI. Em coletiva com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, ambos falaram de "entendimento" e "pacificação" entre os poderes. 

Na segunda, 11, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), confirmou o arquivamento por falta de assinaturas necessárias – é preciso o apoio de, no mínimo, 27 dos 81 senadores para a comissão ir adiante. Depois do arquivamento, o presidente do Supremo, ministro Dias Toffoli, elogiou a postura de Alcolumbre no episódio. “O arquivamento pelo presidente do Senado Davi Alcolumbre mostra a habilidade em evitar conflitos entre os Poderes em um momento em que o País precisa de unidade para voltar a crescer e a se desenvolver”, afirmou ao Estado. 

Nos bastidores, porém, integrantes do Supremo veem as digitais do ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, nas movimentações do senador Alessandro Vieira. Para membros do STF ouvidos pela reportagem sob a condição de anonimato, a “CPI da Lava Toga” – voltada, em tese, para investigar a atuação de tribunais superiores – mirava, na verdade, a Suprema Corte. 

Ao apresentar o pedido de criação da CPI, Vieira apontou o “uso abusivo de pedidos de vista ou expedientes processuais para retardar ou inviabilizar decisões do plenário” e a “diferença abissal do lapso de tramitação de pedidos, a depender do interessado” – dois pontos que dizem respeito direto ao funcionamento interno do Supremo. 

No STF, a avaliação é a de que a conturbada eleição para a Mesa do Senado contribuiu para a coleta de assinaturas. Na ocasião, Dias Toffoli determinou que a votação fosse secreta, contrariando o grupo que apoiou Alcolumbre. Para um ministro da Corte, a articulação de senadores pró-CPI foi uma “provocação açodada de sujeito que ocupa o cargo sem saber andar em tesourinhas”, em referência às curvas no trânsito de Brasília. 

As chances da CPI ser instalada, entretanto, já eram mínimas antes mesmo do recuo dos senadores. O regimento interno do Senado impede que a Casa investigue atribuições do STF. Com base nesse artigo, a Secretaria-Geral da Mesa do Senado já poderia ter declarado o pedido improcedente antes mesmo da retirada das assinaturas.

Abaixo-assinado

Um dia após o arquivamento, o empresário e filósofo Eduardo Platon, do Movimento Avança Brasil(MAB), afirma que "a luta pela transparência não vai arrefecer" e que o abaixo-assinado online criado pelo grupo para pressionar parlamentares a avançarem com a proposta vai continuar no ar.

Em entrevista ao Estado, Platon diz que a meta é alcançar 500 mil assinaturas. "É uma pauta prioritária e vamos avançar na direção do abaixo-assinado. Temos como meta 500 mil assinaturas com o objetivo de dar visibilidade e publicidade ao que ocorre nessas esferas. Quando conseguirmos isso, vamos prestar serviço à sociedade levando ao Senado", diz. Por enquanto o grupo conseguiu reunir 10 mil nomes favoráveis à CPI.



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