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domingo, 16 de setembro de 2018

Temer sanciona lei que cria Sistema Único de Segurança Pública e assina MP que transfere dinheiro das loterias para o setor

17:02
 Temer sanciona lei que cria Sistema Único de Segurança Pública e assina MP que transfere dinheiro das loterias para o setor
CAROS LEITORES E AMIGOS DESTE CANAL ALTERNATIVO, VENHO LEMBRAR QUE MUITO EM BREVE, SENDO CONCRETIZADA A MALDITA 'NOVA ORDEM MUNDIAL', O GOVERNO ÚNICO QUE SERÁ IMPLANTADO, PRECISARÁ TER UMA FORMA POLICIAL E MILITAR ÚNICA, PARA QUE PATRULHE OS CONFINS DAS NAÇÕES. E O BRASIL DARÁ UM PAÇO LARGO NAQUELA DIREÇÃO, POIS JÁ SE COMPROMETEU COM A CORJA ILLUMINATI, PARA A IMPANTAÇÃO DO CONTROLE TOTAL, AQUI EM NOSSO PAÍS!!!

VEJAM A MATÉRIA:


Texto determina integração entre órgãos de segurança federais, estaduais e municipais. Ministro Raul Jungmann prevê que pasta da Segurança Pública receberá R$ 800 milhões de loterias.


Governo sanciona lei que cria o Sistema Único de Segurança Pública

O presidente Michel Temer sancionou nesta segunda-feira (11), em uma cerimônia no Palácio do Planalto, a lei que cria o Sistema Único de Segurança Pública (Susp).

Na solenidade, Temer também assinou uma medida provisória que transfere parte dos recursos arrecadados pelas loterias federais para o Ministério da Segurança Pública.

O texto, aprovado pela Câmara e pelo Senado, estabelece diretrizes para a atuação conjunta de diferentes órgãos de segurança federais, estaduais e municipais. Farão parte do sistema, por exemplo, a Polícia Federal e as polícias civis e militares.

As ações e metas do Susp ainda serão definidas pela União em um plano nacional, em elaboração e sem prazo para ser divulgado. Segundo o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, a previsão é o plano ser apresentado até o fim do ano.

A partir desse documento nacional, estados, Distrito Federal e municípios terão dois anos para elaborar e implantar os planos para a área da segurança sob pena de não poderem receber recursos da União para a execução de programas ou ações no setor.

No discurso, Temer disse que a criação do Susp é "um passo importantíssimo para garantir mais tranquilidade ao povo brasileiro".

Ao citar a questão da segurança pública no país, afirmou tratar-se de "uma inaceitável tragédia humana".

"Como puderam perceber, a violência também tem um custo econômico para a sociedade estimado em mais de 4% do PIB", disse.

Susp

O objetivo é que o novo sistema padronize os procedimentos no setor de segurança pública. Para isso, os órgãos que fazer parte do sistema deverão compartilhar informações e promover troca de conhecimentos técnicos e científicos.

Principais pontos do sistema:

Operações combinadas, planejadas e desencadeadas em equipe;
estratégias comuns para atuação na prevenção e controle qualificado de infrações penais;
compartilhamento de informações;
intercâmbio de conhecimentos técnicos e científicos.

Os registros de ocorrência policial e as investigações também terão que seguir um padrão.

Caberá ao Ministério da Segurança Pública pasta fixar metas anuais, de acordo com a competência de cada órgão, que deverão ser baseadas em indicadores públicos para demonstrar os resultados de forma objetiva.

A nova lei também cria a Política Nacional de Segurança Pública e Defesa Social, que estipula princípios para a atuação dos órgãos de segurança, como o uso comedido e proporcional da força.


Temer volta a focar a segurança pública como prioridade

Após o evento no Palácio do Planalto, o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, afirmou que a estimativa é a pasta receber R$ 800 milhões a mais neste ano com os repasses de recursos de loterias – R$ 13 bilhões já estão previstos no Orçamento.

Em 2022, a previsão é que a verba repassada pelas loterias alcance R$ 4,3 bilhões.

No entanto, neste cálculo, além do repasse de parte do que for arrecadado por loterias esportivas, já está sendo considerada outra loteria que ainda será criada, a Loteria Instantânea Exclusiva, a Lotex.

Vetos

Entre os pontos vetados por Temer estão trechos que incluíam no Susp o sistema socioeducativo, voltado para o atendimento de jovens infratores.

O G1 apurou que a inclusão tinha sido patrocinada por parlamentares da bancada da segurança pública no Congresso, que se autointitula "bancada da bala", mas foi vetada a pedido do ministro dos Direitos Humanos, Gustavo Rocha.

Segundo Rocha, a transferência do atendimento socioeducativo da pauta de direitos humanos para a segurança pública fere as normativas internacionais, em especial os princípios da Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança, dos quais o Brasil é signatário.

Além disso, de acordo com o ministro, a proposta não está alinhada com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e com a lei que instituiu o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase).



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Igreja Católica critica Israel e defende palestinos

17:01
 Igreja Católica critica Israel e defende palestinos
Patriarcado Latino da Terra Santa diz que cristãos deveriam protestar contra Israel

Pierbattista Pizaballa, líder da Igreja do Santo Sepulcro. (Foto: AFP)

O Patriarcado Latino em Jerusalém divulgou nesta segunda-feira uma declaração oficial onde critica a recém-aprovada “Lei do Estado-nação” de Israel. O Patriarcado, que representa a Igreja Católica Romana na Terra Santa, conclamou todos os cristãos do país a protestarem contra o que chama de “discriminação”.

“A lei que qualifica Israel como Estado-Nação do povo judeu é discriminatória e causa profunda preocupação”, afirma o texto. Reclama ainda que Israel “se abstém de assegurar garantias constitucionais para os direitos das minorias nativas e outras que vivem no país. Os palestinos cidadãos de Israel, 20% da população, são excluídos de maneira flagrante”.

Para os católicos, a nova lei “envia um sinal inequívoco aos cidadãos palestinos de Israel, dizendo que não estão em casa neste país”. O Patriarcado reclama ainda que foi violada a Resolução 181 das Nações Unidas, que estabeleceu o Estado de Israel e a Declaração de Independência de Israel.

O desejo dos líderes católicos é que os cristãos protestem contra a lei. “Os cidadãos cristãos de Israel têm as mesmas preocupações que quaisquer outras comunidades não-judaicas com relação a esta lei. Convocamos todos os cidadãos do Estado de Israel que ainda acreditam no conceito básico de igualdade entre os cidadãos da mesma nação, para expressar sua objeção a esta lei e os perigos que emanam dela para o futuro deste país”, disse.

A lei determina oficialmente que “Israel é a pátria histórica do povo judeu e eles têm um direito exclusivo à autodeterminação nacional”. Ressalta que sua única capital é “Jerusalém unificada” e o hebraico sua língua oficial, enquanto reduz o árabe à condição de “idioma com status especial”. Ela não proíbe nenhuma manifestação religiosa.

Assim que foi aprovada pelo Parlamento, a legislação passou a ser criticada sobretudo pelos árabes que vivem no país. O governo de Israel alega que era necessário preservar as características judaicas e democráticas do país, que desde o início foi concebido para ser um estado judeu. Com informações de Times of Israel


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Globo expõe crianças a beijo gay em novela das 18h

17:01
Globo expõe crianças a beijo gay em novela das 18h
Cena de "Orgulho e Paixão" foi ao ar na quinta (12)


Luccino (Juliano Laham) e Otávio (Pedro Henrique Müller). (Foto: Reprodução / Globo)

A rede Globo decidiu exibir na novela das 18 horas, quando muitas crianças estão na frente da TV, um beijo entre os personagens Luccino (Juliano Laham) e Otávio (Pedro Henrique Müller).

Na quarta-feira (12), a cena antecipada pelos espectadores que acompanhavam o relacionamento homoafetivo dos dois em “Orgulho e Paixão” foi ao ar. Trata-se do primeiro beijo gay numa trama nessa faixa horária.

Logo que a novela foi ao ar, o governo havia alterado a classificação indicativa de “Orgulho e Paixão” de 10 anos para 12 anos.

No despacho que justificou a mudança, o diretor do departamento de Políticas de Justiça, Geraldo Luiz Nugoli Costa, afirma que “foram identificadas cenas incompatíveis com a faixa etária de dez anos, a saber, agressão verbal, apelo sexual, ato violento, consumo de drogas lícitas, insinuação sexual, lesão corporal, linguagem de conteúdo sexual e presença de sangue”.

No folhetim de época, escrito por Marcos Bernstein, Otávio é um soldado e o tema homossexualidade um grande “tabu”.

Após a exibição da cena, houve amplo debate nas redes sociais. Enquanto havia quem comemorasse o “lacre”, muitos demonstravam sua indignação pelo horário em que esse tipo de cena foi ao ar.


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sexta-feira, 14 de setembro de 2018

DITADURA GAY MUNDIAL: ONU elogia decisão da Índia de descriminalizar homossexualidade

07:39
DITADURA GAY MUNDIAL: ONU elogia decisão da Índia de descriminalizar homossexualidade
É um grande dia para a Índia e para todos os que acreditam na universalidade dos direitos humanos", afirmou Michelle Bachelet



Aalta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, elogiou, nesta sexta-feira (7), a decisão do Supremo Tribunal da Índia, que, nessa quinta-feira (6), barrou lei que criminaliza a homessexualidade. "É um grande dia para a Índia e para todos os que acreditam na universalidade dos direitos humanos", afirmou Bachelet, em comunicado.

"Com esta decisão histórica, o Supremo Tribunal deu um grande passo em direção à liberdade e igualdade. Espero que outros tribunais, em outras partes do mundo, olhem para o exemplo da Índia e se sintam encorajados a seguir o mesmo caminho", acrescentou.

No comunicado, a nova responsável da agência das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) lembra que as leis que criminalizam as relações consensuais entre pessoas do mesmo sexo violam os direitos fundamentais, incluindo o direito à privacidade e à não-discriminação.

"Pelo mundo, tais leis levaram a uma série de abusos contra pessoas lésbicas, gays, bissexuais e transgênero (LGBT), incluindo prisões arbitrárias, violência, 'bullying' na escola, recusa no acesso à saúde e assédio no trabalho", sublinhou a alta comissária.

Para Michele Bachelet, que assumiu a liderança do Alto Comissariado para os Direitos Humanos (ACNUDH) no dia 1º de setembro, tais leis "não têm lugar no século XXI". "Estou encantada que o Supremo Tribunal indiano tenha reconhecido isso. A decisão de quinta-feira, que foi unânime e não é passível de recurso, resolve a questão na Índia de uma vez por todas", reforçou.

O Supremo Tribunal da Índia decidiu quinta-feira e com efeito imediato que o Código Penal do país deixará de criminalizar as relações sexuais consensuais entre pessoas do mesmo sexo. Bachelet reconheceu que a decisão do tribunal não vai alcançar a igualdade "de um dia para o outro", mas prepara o caminho para uma maior "inclusão e aceitação", dissipando o estigma associado à comunidade LGBT na Índia.

A responsável das Nações Unidas desafiou as autoridades indianas a, baseadas na decisão do tribunal, introduzirem rapidamente novas medidas de proteção dos direitos desta comunidade, incluindo medidas anti-discriminação efetivas.

Bachelet saudou também a comunidade LGBT indiana especialmente os ativistas que "trabalharam arduamente e esperavam há longo tempo por este momento".

Dia que não será esquecido

A decisão histórica do Supremo Tribunal põe termo a uma proibição que remontava ao século XIX. A mais alta instância judicial deste país do sul da Ásia, com 1, 2 milhão de habitantes, considerou ilegal um artigo de lei que condenava as relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo. Esta disposição "tornou-se numa arma de perseguição contra a comunidade LGBT", considerou o presidente do Supremo Tribunal, Dipak Misra.

Segundo o código penal indiano que provém da era colonial britânica, a prática da homossexualidade era passível com pena de prisão perpétua. O governo nacionalista hindu de Narendra Modi, conservador sobre as questões de sociedade, optou por não emitir opinião e remeteu para a justiça a decisão de barrar a homossexualidade como crime. A Índia tornou-se no 124º país onde os atos homossexuais deixam de ser criminalizados. Com informações da Lusa.


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ALERTA VERMELHO: A cada 40 segundos, há um suicídio no mundo.

07:38
 ALERTA VERMELHO: A cada 40 segundos, há um suicídio no mundo.
Provocar o fim da própria vida está entre as principais causas das mortes entre jovens, de 15 a 29 anos, e também de crianças e adolescentes




No Brasil, há um suicídio a cada 45 minutos. Os dados mundiais indicam que ocorre uma tentativa a cada três segundos e um suicídio a cada 40 segundos. No total, chega-se a 1 milhão de suicídios no mundo. Provocar o fim da própria vida está entre as principais causas das mortes entre jovens, de 15 a 29 anos, e também de crianças e adolescentes.

No esforço para mudar esses números, a Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu que a data de 10 de Setembro é o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio. Há quatro anos a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), promove a campanha nacional Setembro Amarelo.

À Agência Brasil, o presidente eleito da Associação Psiquiátrica da América Latina (Apal) e superintendente técnico da ABP, Antônio Geraldo da Silva, destacou a importância da campanha para prevenção e conscientização.

“Esses números são altíssimos, mas nós sabemos que são falhos. Mesmo assim, são assustadores.”

Pelos dados da OMS, o suicídio é a terceira causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos. É também a sétima causa de morte de crianças entre 10 e 14 anos de idade. O caminho, segundo Silva, é adotar medidas preventivas de ajuda e auxílio.

“É uma maneira de a gente salvar vidas porque 90% dos suicídios poderiam ser evitados se as pessoas tivessem acesso a tratamento e pudessem tratar a doença que leva ao suicídio”, afirmou o presidente da Apal.

Segundo o psiquiatra, em geral, a maior parte das pessoas que tenta colocar fim à vida sofre de algum tipo de transtorno mental. 

“Os estudos mostram que 100% de quem se suicida têm uma doença mental. Os trabalhos mostram isso. Nem 100% de quem pensa em suicídio têm doença mental, mas 100% de quem suicida têm transtorno mental”, afirmou.

A Associação Psiquiátrica da América Latina (Apal) pretende lançar campanhas nas redes sociais ao longo deste mês para alertar sobre suicídio e oferecer apoio e ajuda. Antônio Geraldo da Silva disse que os especialistas devem abordar o assunto e buscar mais informações com psiquiatras.

A ABP quer levar isso para a população. “A ABP quer popularizar. Nós estamos levando isso para as escolas, empresas e instituições”, afirmou o médico. “O que entristece os membros da ABP é ver que as pessoas querem abordar o assunto, mas negando a doença mental, que a depressão ou a esquizofrenia existam.”

O médico acrescentou: “Se a gente negar que a doença mental existe, como vai falar de suicídio, sabendo que 100% de quem suicida têm doença mental?”. “É uma doença como outra qualquer. Não escolhe raça, cor, nada”.

O psiquiatra Jorge Jaber, membro fundador e associado da International Society of Addiction Medicine, especialista no tratamento de dependentes químicos, ressaltou que o uso de álcool e drogas é o segundo fator depois das doenças psiquiátricas, como ansiedade e depressão, que leva ao aumento de suicídios.

Segundo ele, o suicídio é a causa de morte mais facilmente evitável entre todas as doenças. “Enquanto doenças infecciosas, cardiovasculares e tumores precisam de grande aporte médico e cirúrgico de alto custo, o impedimento médico do suicídio pode ser atingido com remédios bem mais baratos e somente conversando com o paciente.”

Para Jaber, o fundamental é dar atenção e escutar aquele que pensa em cometer o suicídio. “O fato de alguém que tenta suicídio ser escutado por cerca de 20 minutos pode impedir que ele tenha o impulso de cometer o ato. Ouvir o suicida salva a vida dele”.

Na clínica onde atende dependentes químicos, Jaber informou que pelo menos 20% dos pacientes internados tentaram suicídio. “Quanto mais as pessoas falarem sobre o suicídio, menos suicídios ocorrerão” disse. Com informações da Agência Brasil.


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EUA fecham escritório para libertação da Palestina em Washington

07:37
EUA fecham escritório para libertação da Palestina em Washington
Decisão ocorre devido à paralisação dos esforços de paz


O governo norte-americano anunciou nesta segunda-feira (10) que fechará o escritório da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) em Washington, capital do país.

"Os dirigentes da OLP condenaram o plano de paz proposto pelos Estados Unidos sem tê-lo visto e se recusaram a dialogar com o governo sobre esforços de paz", disse a porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Heather Nauaert, justificando a decisão. "O governo decidiu, portanto, que o escritório da OLP em Washington deve ser fechado no momento", acrescentou.

"Nós fomos oficialmente informados de que a administração norte-americana vai fechar nossa embaixada em Washington para punir-nos pelo fato de continuarmos a trabalhar com o Tribunal Penal Internacional (TPI) contra os crimes de guerra israelenses", disse o secretário-geral da OLP, Saeb Erekat, à agência de notícias palestina WAFA.

Erekat classificou a decisão como "um novo atentado do governo Trump contra a paz e a justiça" e reiterou que os palestinos continuarão a lutar pela liberdade e independência. o líder ainda disse que os Estados Unidos "protegem os invasores israelenses e os crimes que cometem". "Nós vamos recorrer ao TPI para abrir imediatamente uma investigação sobre os crimes de guerra de Israel", afirmou Erekat.

Ainda nesta segunda-feira (10), assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, John Bolton, deve anunciar imposição de sanções contra o TPI caso o órgão sediado na cidade holandesa de Haia decida investigar os Estados Unidos ou Israel. Com informações da Ansa.


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Como serão os megaexercícios militares da Rússia, os maiores desde a Guerra Fria

07:36
 Como serão os megaexercícios militares da Rússia, os maiores desde a Guerra Fria



Direito de imagemGETTY IMAGESImage captionApesar do custo, a Rússia tem intensificado seus exercícios militares

A Rússia deu início a seus maiores exercícios militares desde a Guerra Fria, mobilizando cerca de 300 mil militares no leste da Sibéria.

Batizado de Vostok-2018 (Vostok significa leste), eles contam com a participação da Mongólia e da China, que está enviando 3,2 mil militares, além de veículos e aeronaves.

Os últimos exercícios russos com escala similar foram em 1981, durante a Guerra Fria. Ainda assim, eles envolveram menos tropas do que Vostok-2018, que acontecerá de 11 a 17 de setembro.

Os exercícios acontecem em meio a uma tensão crescente entre a Rússia e a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), aliança militar com 29 países membros liderada pelos Estados Unidos.

A relação entre as duas partes tem piorado desde que a Rússia anexou a Crimeia, que pertencia à Ucrânia, em 2014.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que os treinos eram justificados, citando atitudes "grossas e agressivas" contra a Rússia.
Como serão os exercícios?

As operações começam na quinta-feira e vão durar cinco dias, segundo o general russo Valery Gerasimov. A terça e a quarta-feira serão dedicados ao planejamento e à preparação.

O ministro de defesa russo diz que 36 mil tanques, militares armados e veículos armados de infantaria, além de mais de mil aeronaves, integrarão o Vostok-2018. Até 80 embarcações navais, de duas frotas russas, também participarão.

Três brigadas de paraquedistas militares russos terão um papel-chave durante os exercícios perto da fronteira com a China e a Mongólia, segundo o canal do Ministério da Defesa, Zvezda.

O canal também diz que o objetivo principal do treinamento é praticar o rápido deslocamento das tropas, aeronaves e veículos do oeste da Rússia às regiões no leste, cruzando milhares de quilômetros. Esse tipo de esforço envolve, por exemplo, o abastecimento de aeronaves no ar.

Direito de imagemEPAImage captionPutin tem feito da modernização militar uma prioridade

A escala do Vostok-2018 é equivalente à das forças empregadas em uma das grandes batalhas da Segunda Guerra Mundial. Uma versão menor desse exercício, com a Rússia e a Bielorrússia, se deu no ano passado.
Quais são as intenções da Rússia?

O presidente Vladimir Putin tem feito da modernização militar do país, incluindo a fabricação de novos mísseis nucleares, uma prioridade de seu governo.

Em uma declaração de apoio à política de investimentos na indústria bélica, o senador russo e oficial da reserva Frants Klintsevich declarou que "convinha para o Oeste que nossas unidades e quartéis não tivessem habilidades de combate e coordenação, mas os tempos mudaram; agora temos uma atitude diferente".

As forças armadas russas contariam com um milhão de pessoas no total.
Por que a China está envolvida?

Putin encontrou-se recentemente com o líder chinês Xi Jinping na cidade Vladivostok, no leste do país, e disse que eles têm "um relacionamento de confiança na esfera de política, segurança e defesa".

O Ministério de Defesa da China citou como a cooperação militar entre os países se aprofundou, melhorando a habilidade dos dois de responder juntos a "várias ameaças de segurança", sem especificar quais.

Em anos recentes, Rússia e China vêm aprofundando a cooperação militar. Durante os exercícios, inclusive, eles usarão o mesmo quartel-general - um contraste com os anos de Guerra Fria, quando a União Soviética e a China eram rivais, disputando a liderança global comunista e com confrontos em sua fronteira oriental.

A Mongólia não deu detalhes de seu envolvimento.


A infantaria naval chinesa e russa treinaram juntas no leste da Rússia no ano passado

O ministro de Defesa russo Sergei Shoigu diz que o extremismo islâmico na Ásia Central é a maior ameaça à segurança da Rússia.

Nesse sentido, a China tem acentuado suas ações de repressão para conter o que considera "extremismo religioso" em Xinjiang, no extremo oeste do país, habitado pela minoria muçulmana uighur.

Há anos a região é foco de tensão. A China culpa os militantes islâmicos e separatistas pela intensificação do conflito. Na última semana, a ONU acusou o país de manter cerca de um milhão de muçulmanos uighur presos de forma ilegal na província.
O que a Otan pensa dos exercícios?

Segundo o porta-voz da Otan, Dylan White, a organização foi informada da operação Vostok-2018 e irá monitorá-la.

Ele disse que "todas as nações têm o direito de exercitar suas forças armadas, mas é essencial que isso seja feito de forma transparente e previsível".

"Vostok demonstra o foco da Rússia em treinar conflitos de larga escala. Isso se encaixa no padrão que temos visto há algum tempo: uma Rússia mais assertiva, aumentando significativamente seu orçamento de defesa e sua presença militar."
Por que há tensão entre a Rússia e a Otan?

A tensão entre a Rússia e a Otan tem aumentado desde que a Rússia interveio na Ucrânia em 2014, apoiando rebeldes separatistas russos.

A Otan respondeu aumentando a presença de suas forças no leste europeu, enviando 4 mil tropas para os países bálticos.

A reação foi considerada provocativa e injustificada pela Rússia. Ela diz que a revolução ucraniana de 2013 e 2014 - uma resistência à ocupação russa na península da Crimeia - foi um golpe orquestrado pelo "Oeste", referindo-se aos países do Ocidente.

Em mais capítulo da relação cada vez mais conturbada entre as duas partes, diplomatas russos foram expulsos de países membros da Otan depois que o ex-espião russo Sergei Skripal e sua filha, Yulia, foram envenenados no sul da Inglaterra em março.

O Reino Unido culpou a inteligência militar russa pelo ataque. Moscou nega envolvimento.



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