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segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Missão da ONU denuncia Facebook por papel em difusão do ódio contra rohingyas em Mianmar

18:18
Missão da ONU denuncia Facebook por papel em difusão do ódio contra rohingyas em Mianmar
Investigação da entidade acusa comando militar do país de genocídio e crimes contra humanidade; rede social anuncia medidas para fechar páginas e banir militares

GENEBRA - Uma missão da ONU teceu duras críticas contra o Facebook por sua incapacidade de impedir que a plataforma seja utilizada para a difusão do ódio por parte do regime de Mianmar contra a minoria rohingya. Em silêncio por meses diante das investigações da entidade, a rede social decidiu na manhã desta segunda-feira, 27, banir o comandante-chefe do Exército do país, Min Aung Hlaing, além de outros membros do governo.


Em uma resposta publicada nas redes sociais, a direção do Facebook qualificou a violência em Mianmar como “verdadeiramente horrível” Foto: Monirul Alam / EPA / EFE

investigação concluiu que o alto comando militar de Mianmar deve ser levado aos tribunais por genocídio, crimes de guerra e crimes contra a humanidade. Mas um dos aspectos destacados foi o papel das redes sociais, mesmo em um dos países mais fechados do mundo. 

“O papel das redes social é significativo”, afirmou o inquérito. “O Facebook tem sido um instrumento útil para aqueles que queiram difundir um discurso de ódio”, alertou. “Ainda que a resposta (da empresa) tenha melhorado nos últimos meses, ela foi lenta e ineficiente”, apontou a missão. 

“A dimensão pela qual posts e mensagens no Facebook levaram à discriminação no mundo real e à violência deve ser examinado completamente e de forma independente”, disse a ONU. “A missão lamenta que o Facebook tenha sido incapaz de dar dados de países sobre a difusão de um discurso de ódio em sua plataforma, o que é imperativo para avaliar a resposta”, destacou o relatório.



“Queremos impedir que essas pessoas possam usar nossos serviços para inflamar a tensão étnica e religiosa”, disse o Facebook Foto: Monirul Alam / EFE

Uma das autoras do texto, Radhika Coomaraswamy, insistiu em Genebra nesta segunda-feira que “chegou a hora de a comunidade internacional olhar para esse fenômeno das redes sociais”. “Talvez isso não seja apenas um assunto para Mianmar. É um assunto sério e que deve ser examinado.”

Em uma resposta publicada nas redes sociais, a direção do Facebook qualificou a violência em Mianmar como “verdadeiramente horrível”. “Ainda que tenhamos sido muito lentos em agir, estamos agora fazendo progresso”, justificou o grupo. “Hoje, estamos removendo um total de 18 contas, uma conta de Instagram e 52 páginas seguidas por quase 12 milhões de pessoas.”


Rohingyas, a minoria muçulmana que foge de Mianmar

Entre as páginas banidas estão ainda a da rede de televisão dos militares, Myawady. “Queremos impedir que essas pessoas possam usar nossos serviços para inflamar a tensão étnica e religiosa”, disse a empresa.

Além dos envolvidos diretamente nos crimes, a plataforma também indicou que removeu 46 páginas e 12 contas que estariam, de forma coordenada, promovendo a mensagem dos militares de Mianmar.
Campanha de ódio



Facebook disse que removeu 46 páginas e 12 contas que estariam, de forma coordenada, promovendo a mensagem dos militares de Mianmar Foto: Nyein Chan Naing / EFE

A responsabilidade central, porém, recai sobre o governo. “A missão (da ONU) está profundamente preocupada com a prevalência de um discurso de ódio, offline e online”, disse. “Uma linguagem que estigmatize os rohingya e os muçulmanos em geral tem sido um componente da campanha para proteger a etnia e a religião, promovidos por grupos extremistas de budistas”, explicou.

Nessa campanha de ódio, as mensagens insistem que os rohingyas “não existem ou não pertencem a Mianmar”. “O impacto dessa retórica tem sido completada com a difusão de informação falsa e apelo a ações patrióticas”, disse a ONU. De acordo com a investigação, o governo e os militares “promoveram um clima em que o discurso de ódio ganha força e a violência é facilitada”.



A missão da ONU apela para que a cúpula do regime de Mianmar seja formalmente levada ao Tribunal Penal Internacional ou que se crie uma corte especial Foto: Monirul Alam / EPA / EFE

A missão da ONU, em seu documento, apela para que a cúpula do regime de Mianmar seja formalmente levada ao Tribunal Penal Internacional ou que se crie uma corte especial, assim como aconteceu nos casos de Ruanda e nas repúblicas que formavam parte da Iugoslávia. O inquérito sugere também que sanções individuais sejam aplicadas contra os responsáveis pelos crimes.

Sobre a repressão registrada em agosto de 2017, que levou a um êxodo em massa no Estado de Rakhine, a missão alerta que foi uma “catástrofe que se esperava por décadas”. Naquele momento, o grupo armado do Arsa realizou uma ofensiva sobre os militares que deixou 20 soldados mortos. Isso levou o governo a responder com uma violência inédita na região, o que deu origem a quase 750 mil refugiados nos meses que se seguiram e ao menos 10 mil mortos.



Sobre a repressão registrada em agosto de 2017, que levou a um êxodo em massa no Estado de Rakhine, a missão da ONU alerta que foi uma “catástrofe que se esperava por décadas” Foto: Monirul Alam / EPA / EFE

A “operação limpeza”, porém, não foi apenas uma resposta aos ataques do Arsa. De acordo com a investigação, tropas do governo já haviam se posicionado na região, apenas esperando uma ocasião para agir. O fato de o governo ter atacado em questões de horas de forma “brutal” sugere que houve um “pré-plano”.

Para a missão da ONU, a situação foi “o resultado inevitável de uma opressão severa, sistêmica e institucionalizada do nascimento à morte”. Além disso, essa população rohingya era prejudicada por restrições de movimento e liberdade, além de ser excluída de qualquer cidadania.



O relatório expõe ainda assassinatos em massa, estupros generalizados, destruição de vilarejos e a tortura de crianças diante de seus pais Foto: Monirul Alam / EPA / EFE

O relatório expõe ainda assassinatos em massa, estupros generalizados, destruição de vilarejos e a tortura de crianças diante de seus pais. Para reforçar as provas, a missão usou imagens de satélite que mostram como cidades com maioria muçulmana foram destruídas, enquanto locais com a etnia rakhine foram preservados.

Em um dos relatos colhidos pela missão da ONU, uma mulher que sobreviveu aos ataques contou que teve a “sorte de ter sido estuprada por apenas três soldados.”
Reveja: 582.000 rohingyas buscaram refúgio em Bangladesh



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Presença de símbolos nazistas em videogames causam polêmica na Alemanha

18:10
Presença de símbolos nazistas em videogames causam polêmica na Alemanha
Estande do exército alemão da Bundeswehr (Gamescom)/Foto: Henning Kaiser / AFP

A cruz suástica e a saudação nazista, proibidas por muitos anos porque são consideradas perigosas para as crianças, começaram a aparecer em videogames na Alemanha em nome da liberdade artística, o que está provocando preocupações e críticas.

Apresentado na feira de videogames Gamescom de Colônia, “Through the Darkest of Times” é o primeiro jogo vendido na Alemanha que mostra sem filtros o período nazista.

O jogador dirige uma resistência ao nazismo durante a Segunda Guerra Mundial. As suásticas substituem os triângulos negros sobre fundo vermelho que se utilizavam até o momento, e também se veem as saudações nazistas e inclusive Hitler, que jamais havia sido chamado por seu nome verdadeiro nos videogames.

Antes, “como os desenvolvedores temiam falar disso, inventavam coisas fantasiosas. Hitler se chamava Heiler e não tinha bigode, e não havia judeus, mas traidores. É problemático porque se ocultava todo um aspecto da história”, explica à AFP Jörg Friedriech, codesenvolvedor do jogo.


Membro do exército alemão da Bundeswehr instrui um jovem visitante a usar um simulador/ Foto: Henning Kaiser / AFP

“Liberdade artística”

O tabu foi quebrado em agosto. Pressionada pela indústria dos videogames e pelos jogadores, a autoridade independente de regulação alemã (USK) deu ao setor os mesmos direitos que os do cinema e do teatro.

“Os jogos que abordarem de forma crítica os acontecimentos passados podem se beneficiar pela primeira vez de uma aprovação” em virtude da “liberdade artística”, declarou uma responsável da USK, Elisabeth Secker.

Desde uma decisão da justiça de 1998, os videogames não tinham direito a incluir esses elementos, já que os juízes temiam então que as crianças “crescessem com esses símbolos e insígnias e se acostumassem a eles”.

“É um passo que não temos porque ocultar porque também pode ser uma chamada de atenção” para o público, considera Michael Schiessl, um visitante da Gamescom.

A decisão de permitir esses símbolos nos videogames, no entanto, não agradou a todos na Alemanha.

“Não se brinca com as suásticas”, criticou a ministra alemã da Família, Franziska Giffey, em uma entrevista publicada nesta quinta-feira pelo grupo de imprensa Funke. Os alemães “devem continuar sendo conscientes de sua responsabilidade histórica”, declarou.

“Como se explica aos jovens que acabaram de jogar ‘Call of Duty’ – um conhecido jogo de guerra – que ali podem içar a bandeira com a suástica mas que não podem pintá-la na parede de uma casa se não quiserem acabar em um tribunal?”, questiona Stefan Mannes, redator-chefe de um portal alemão de notícias sobre o Terceiro Reich chamado “O futuro necessita memória”.


Visitante vestido como um soldado alemão/ Foto: Oliver Berg / AFP

Normalização

Um argumento rechaçado por Klaus-Peter Sick, historiador do centro Marc-Bloch de Berlim. “O jogador é inteligente e sabe diferenciar” a ficção da realidade, assegura. “Não há risco: você não se torna um nazista vendo suásticas!”.

Além disso a USK não planeja conceder uma autorização geral; estudará cada caso para saber se a presença de símbolos nazistas em um jogo é “socialmente adequada”.

Sick considera que essa decisão é mais um sinal da “normalização” da relação que a Alemanha mantém com seu passado.

“Esta sociedade pode ler ‘Mein Kampf’ sem se tornar nostálgica (…) Os nazistas convictos morreram. É uma questão de geração: a sociedade se transformou e se situa agora longe de uma época à qual não quer regressar”, afirma o historiador.


Nos últimos anos caíram vários dos tabus relacionados com a Alemanha nazista. Filmes como “Meu Líder: Verdadeiramente a Verdade mais Verdadeira sobre Adolf Hitler” (2007) ou “Heil” (2015) encheram as salas de cinema, e o romance “Ele Está de Volta” (2012) se tornou um best-seller.

As autoridades permitiram inclusive a reedição de “Mein Kampf” (Minha Luta, escrito por Hitler) em uma versão comentada.


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CENSURA GAY: Vaticano corrige declaração do papa sobre homossexualidade

18:06
CENSURA GAY: Vaticano corrige declaração do papa sobre homossexualidade

© Foto: Tony Gentile/Reuters

O Vaticano retirou, nesta segunda-feira (27), a referência à "psiquiatria" da declaração feita na véspera pelo papa Francisco que provocou uma imensa polêmica. O sumo pontífice declarou que, se detectada na infância, a psiquiatria poderia tratar a homossexualidade.

Segundo o Vaticano, o papa não quis abordar a homossexualidade como uma doença psiquiátrica. Por isso, a palavra "psiquiatria" foi retirada do "verbatim" publicado hoje pelo serviço de imprensa do Vaticano.

O objetivo, declarou uma porta-voz do sumo pontífice, era "não deturpar o pensamento do papa". "Quando o papa se refere à 'psiquiatria', é claro que ele faz isso como um exemplo que entra nas coisas diferentes que podem ser feitas", explicou a mesma fonte. "Mas, com essa palavra, ele não tinha a intenção de dizer que se tratava de uma doença psiquiátrica, mas que talvez fosse necessário ver como são as coisas no nível psicológico", acrescentou.

Em uma coletiva de imprensa no voo de volta de Dublin, onde encerrou o Encontro Mundial das Famílias no domingo, Francisco respondeu à pergunta de um jornalista sobre o que ele diria aos pais que constatassem orientações homossexuais em seus filhos. "Quando [a homossexualidade] se manifesta desde a infância, há muitas coisas a serem feitas pela psquiatria, para ver como são as coisas. É diferente de quando se manifesta depois dos 20 anos", reiterou.

O papa também recomendou que as famílias conversem sobre o assunto para tentar compreendê-lo. "Jamais diria que o silêncio é um remédio. Ignorar seu filho ou sua filha que tem tendências homossexuais é um defeito na paternidade ou maternidade", concluiu.

Declaração irritou militantes LGBT

Diversas associações de defesa dos direitos LGBT da França denunciaram a irresponsabilidade das declarações do sumo pontífice. "Condenamos essas afirmações que dão a ideia que a homossexualidade é uma doença. Ora, se há uma doença é essa homofobia engessada na sociedade que persegue as pessoas LGBT", reagiu a porta-voz da ONG francesa Inter-LGBT, Clémence Zamora-Cruz.

"Graves e irresponsáveis", classifica a ONG SOS Homofobia da França. No Twitter, a organização escreve que as afirmações do sumo pontífice "incitam ao ódio em nossas socidades já marcadas pela homofobia e a transfobia".

"Adoraria que o papa Francisco não usasse os homossexuais para que paremos de falar dos padres pedófilos", diz a présidente da GayLib, Catherine Michaud.

O mesmo tom foi adotado em um comunicado da Associação das Famílias Homoparentais da França. "É impressionante escutar regularmente conselhos e julgamentos morais da Igreja na qual certas pessoas são incapazes de denunciar atos pedocriminais cometidos por padres". Segundo o documento, esses religiosos é que "deveriam ser os primeiros a se beneficiar de tratamentos psiquiátricos".

Já para a presidente da federação LGBT, Stéphanie Nicot, a declaração do papa é uma estratégia do Vaticano para afastar as recentes polêmicas em torno de abusos sexuais. "Trata-se de uma operação cínica de comunicação que tem o objetivo de não abordar o problema atual que envolve a Igreja Católica, ou seja, os milhares de padres, bispos e provavelmente de cardeais criminosos e pedófilos que agrediram sexualmente crianças. Tudo o que eles sabem fazer é atacar as crianças, dessa vez suspeitas de não estarem na linha da Santa Igreja", afirmou em entrevista à RFI.

Retoque de declarações

Essa não foi a primeira vez que o Vaticano "retocou" declarações dadas pelo papa, na tradicional coletiva que ele dá ao voltar de suas viagens ao exterior. Segundo a agência I.Media, especializada na Igreja Católica, a assessoria de comunicação da Santa Sé retirou, em 2013, uma frase inteira pronunciada por Jorge Bergoglio, sobre o monsenhor Oscar Romero, arcebispo de São Salvador, assassinado em 1980: "Não duvido que ele mereça ser beatificado, mas temos de considerar o contexto".


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EFEITO SKYNET: Empresas recorrem à inteligência artificial para selecionar funcionários

17:40
 EFEITO SKYNET: Empresas recorrem à inteligência artificial para selecionar funcionários
© iStock Entre os benefícios da utilização da IA estão a economia de tempo, contratação mais assertiva e redução de despesas com o processo de recrutamento

A inteligência artificial ganha cada vez mais relevância nos processos seletivos. A Vagas.com, empresa de soluções tecnológicas para recrutamento e seleção, começou a utilizar a inteligência artificial há três meses na primeira etapa dos processos seletivos de estágio e trainee de grandes empresas. 

O sistema analisa a expressão facial, a voz e até palavras utilizadas pelos candidatos durante as entrevistas realizadas por videoconferência.

“Com as informações extraídas pelo robô, conseguimos avaliar vícios de linguagem, postura e o nervosismo dos profissionais. A tecnologia compara os dados do candidato com a descrição da vaga para que a seleção seja mais assertiva”, afirma Bruno Abdelnur, especialista de produtos da Vagas.com.

Segundo Abdelnur, este modelo de recrutamento foi aprovado por 80% dos candidatos por não exigir deslocamento e ser mais rápido do que formatos tradicionais. “A ideia é que o sistema possa ser utilizado para todos os cargos de uma empresa, mas não elimine a entrevista pessoal, que é crucial nas últimas etapas do processo seletivo”, diz.

A inteligência artificial foi citada como tendência global no relatório “Global Recruiting Trends 2018” (Tendências Globais de Recrutamento 2018) do Linkedin. Segundo o aplicativo, a inteligência artificial é aplicada para realizar a triagem de candidatos (56%) e descobrir novos talentos (58%). Entre os benefícios desse recurso estão a economia de tempo, contratação mais assertiva e redução de despesas com o processo de recrutamento.
Assertividade

Na Embraer, fabricante brasileira de aeronaves, a inteligência artificial foi alicerce do setor de recursos humanos para a seleção de estagiários este ano. De um total de 17 mil candidatos, a empresa selecionou 300 jovens talentos de diversas áreas.

Segundo Carlos Alberto Griner, vice-presidente de pessoas, sustentabilidade e comunicação corporativa da empresa, a assertividade na contratação de estagiários passou de 20% para 70% com a implantação da tecnologia.

A Embraer pede que os jovens respondam a uma série de questões de conhecimentos gerais e pessoais para que seus perfis sejam analisados e comparados com as vagas disponíveis.

“O processo também é mais inclusivo porque revela estudantes que não entrariam em nosso radar pela distância física ou nome da faculdade. Este ano, por exemplo, selecionamos um jovem do interior de Minas Gerais que teve 99% de afinidade com a empresa”, exemplifica Griner.

Com o sucesso da tecnologia, o sistema também está sendo utilizado pela Embraer no processo seletivo do mestrado de engenharia aeronáutica, em parceria com o ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica).

Com uma média de 3.600 contratações mensais e mais de 78 mil funcionários, a Atento, empresa de contact center, utiliza a inteligência artificial para agilizar e padronizar as etapas de recrutamento.

Entre as tecnologias utilizadas pela empresa estão os chatbots, programas que simulam a fala humana e tiram dúvidas de candidatos sobre vagas pelo Facebook e Telegram. O robô faz a captação de novos talentos e desenvolve uma conversa natural por texto, realizando testes online e até agendando entrevistas.

Há também um sistema que permite o envio de documentos para contratação de funcionários pela internet. Com isso, o processo de admissão foi reduzido de sete dias para 36 horas.

“As únicas entrevistas que ainda são realizadas pessoalmente são solicitadas pelo cliente. Nesses casos, fazemos a primeira entrevista online e, quando o profissional é bem-sucedido, realizamos uma posterior com alguns clientes”, explica Majo Martinez, vice-presidente de RH da Atento


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DITADURA GAY MUNDIAL: ONG francesas condenam declarações do Papa sobre homossexualidade

13:32
DITADURA GAY MUNDIAL: ONG francesas condenam declarações do Papa sobre homossexualidade
As associações de defesa dos direitos LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transsexuais) em França criticaram hoje as propostas "irresponsáveis" defendidas no domingo pelo papa Francisco sobre o recurso à psiquiatria para pais que constatem orientações homossexuais nas crianças.



Aum jornalista que questionou o papa sobre o que diria aos pais de crianças com orientações homossexuais, o pontífice respondeu que há "muitas coisas a fazer pela psiquiatria, para ver como são as coisas".

O papa falava no avião que o transportou no regresso de Dublin a Roma.

"Condenamos esta proposta que recupera a ideia de que a homossexualidade é uma doença. Ora, se há uma doença é esta homofobia enraizada na sociedade que persegue as pessoas LGBT", reagiu Clémence Zamora-Cruz, porta-voz da Inter-LGBT, citado pela AFP.

Estas palavras são "chocantes" porque "afetam as crianças", acrescentou, frisando que os estudos demonstram que o risco de suicídio "é mais elevado do que a média entre os jovens LGBT".

"Graves e irresponsáveis", estas propostas "incitam ao ódio contra as pessoas LGBT nas nossas sociedades, já marcadas por níveis elevados de homofobia e de transfobia", disse, por seu lado, a SOS Homophobie via Twitter.

"Adoraria que o papa não usasse mais os homossexuais para deixar de falar dos padres pedófilos", comentou, pela sua parte a presidente da GayLib, Catherine Michaud.

No domingo, durante uma missa gigante em Dublin, o papa Francisco dirigiu uma longa lista de "perdões" às vítimas de abusos cometidos pelo clero e instituições religiosas na Irlanda, e viu-se durante acusado de ter encoberto um prelado suspeito de abuso.

Em 2013, o papa deu início a uma abertura inédita relativamente às pessoas homossexuais, com a célebre frase "quem sou eu para julgar?", sem, no entanto, pôr em causa a doutrina da igreja que qualifica a homossexualidade como um "distúrbio".

A homossexualidade já não figura na lista de doenças mentais da Organização Mundial de Saúde (OMS) desde 1990.


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Israel anuncia contrato para mísseis capazes de atingir "toda a região"

13:23
 Israel anuncia contrato para mísseis capazes de atingir "toda a região"
O Ministério da Defesa israelita anunciou hoje a assinatura de um contrato com um grupo de armamento nacional para o desenvolvimento e produção de mísseis capazes de atingir qualquer alvo na região.


Num comunicado, o ministério adianta que o contrato será da ordem das centenas de milhares de shekel (1 euro = 4,23 skekel), mas não precisa o tipo de armas encomendadas ou os alvos que poderão visar.

A agência France Presse indicou que o ministério não respondeu aos seus pedidos de mais informação.

Israel é confrontado com uma série de ameaças ao nível da segurança: considera-se alvo preferencial do Irão, continua tecnicamente em estado de guerra com a vizinha Síria, persistindo a hostilidade com o movimento xiita Hezbollah a norte (Líbano) e com o movimento radical palestiniano Hamas a sul (Faixa de Gaza).

Embora a composição do seu arsenal seja difícil de determinar, Israel passa por dispor de capacidades balísticas entre as mais avançadas da região, graças ao apoio e financiamento norte-americano e à produção nacional.

Os mísseis encomendados serão produzidos pelo grupo público Indústrias Militares Israelitas (IMI), em cooperação com a autoridade encarregada do desenvolvimento dos sistemas de armamento dependente do Ministério da Defesa, indicou este.

Israel já possui mísseis do tipo Jericho, com um alcance máximo de 4.800 quilómetros e que podem ser equipados com ogivas nucleares. Israel nunca admitiu publicamente possuir a arma atómica.

O exército israelita está igualmente equipado com os mísseis Delilah (250 quilômetros) e Lora (280 quilômetros) e o país possui um dispositivo de defesa antimísseis desenvolvido com os Estados Unidos.


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Macron anuncia projeto de reforço da segurança na Europa

13:20
Macron anuncia projeto de reforço da segurança na Europa
O Presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou hoje que apresentará "nos próximos meses" um projeto de reforço da segurança na Europa, considerando que ela não pode apoiar-se apenas nos Estados Unidos.



"AEuropa não pode mais confiar a sua segurança apenas aos Estados Unidos. Cabe-nos hoje assumir as nossas responsabilidades e garantir a segurança e, por conseguinte, a soberania europeia", declarou Macron, dirigindo-se a cerca de 250 embaixadores franceses reunidos no Eliseu.

"Devemos retirar todas as consequências do fim da Guerra Fria", adiantou, precisando desejar que seja lançada uma "reflexão exaustiva sobre estas questões com todos os parceiros europeus e, logo, com a Rússia".

Segundo Macron, "avanços substanciais na resolução da crise ucraniana (...) serão, naturalmente, pré-requisitos para o progresso com Moscovo".

O chefe de Estado francês considerou, no entanto, que a questão da crise ucraniana não deve ser um obstáculo ao trabalho dos europeus entre si, adiantando contar com os embaixadores franceses para tal.

Macron disse pretender lançar "um diálogo renovado sobre a cibersegurança, as armas químicas, o armamento clássico, os conflitos regionais, a segurança espacial e a proteção das zonas polares, sobretudo com a Rússia".



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