Mas o conteúdo das acusações vai muito além do que normalmente esses círculos apontam. "O cardeal Wuerl, ciente dos abusos cometidos pelo cardeal McCarrick e das penalidades impostas a ele por Bento XVI, passou por cima da ordem do Papa e o autorizou a residir em um seminário em Washington [nos Estados Unidos]. Fazendo isso colocou outros seminaristas em risco ", insiste na carta.
McCarrick sempre negou os fatos e recentemente expressou em uma declaração sua “total” colaboração com as autoridades do Vaticano. No entanto, em 20 de junho, uma comissão de investigação em Nova York determinou que as acusações "eram bem fundamentadas e confiáveis". Em resposta, nessa mesma semana, o cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano, ordenou que o cardeal abandonasse o serviço público, seguindo as instruções do Papa.
Em 20 de julho, um homem quebrou seu silêncio depois de 40 anos e declarou ao The New York Times que o cardeal McCarrick, que se fazia chamar pelos meninos de sua paróquia de Uncle Ted (Tio Ted), abusara dele quando tinha 11 anos. O então sacerdote estava com 39 anos e continuou a cometer abusos por mais duas décadas.
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