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sexta-feira, 1 de junho de 2018

"Não vem aí uma Guerra Fria. Ela já existe e não é de agora", afirma Vasco Rato, presidente da FLAD

08:30
"Não vem aí uma Guerra Fria. Ela já existe e não é de agora", afirma Vasco Rato, presidente da FLAD
O entrevistado de hoje do Vozes ao Minuto é o presidente da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento, Vasco Rato.


Vasco Rato é, desde 2014, presidente da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD). Especialista em política internacional, sendo professor nessa mesma área na Universidade Lusíada de Lisboa, o entrevistado de hoje do Vozes ao Minuto analisa a tensão latente entre a Rússia e alguns países do Ocidente.

Convencido de que este é o resultado de uma atitude assertiva e desrespeitadora dos princípios de política internacional, Vasco Rato acredita que enquanto Putin - que esta segunda-feira foi empossado para mais um mandato - se mantiver na liderança da Rússia, os conflitos irão continuar.

Quanto ao conflito com a Coreia do Norte, Vasco Rato crê que é de assinalar o encontro que colocará frente a frente Donald Trump e Kim Jong-un - tudo indica, a realizar-se em Singapura, em junho - mas avisa para que não sejam criadas demasiadas expetativas em relação ao assunto.

Os EUA lideraram há pouco tempo, juntamente Reino Unido e França, um ataque à Síria. Como encara este conflito?

Parece-me que o ataque se justifica na medida em que o regime sírio utilizou uma categoria de armas que não é permitida pelo direito internacional e não deve ser permitida por qualquer pessoa civilizada. Nessa medida, creio que aquilo que se tentou fazer foi enviar um sinal à Síria sem, naturalmente, interferir numa guerra civil muito complexa e onde o Ocidente não tem muito interesse, atendendo aos atores que estão presentes no terreno.

A Rússia habituou-nos a dizer coisas que não correspondem inteiramente à verdade A Rússia alega que não existem provas de que tenha havido o envolvimento do regime de Bashal al-Assad nesse suposto ataque químico.

Que elas foram usadas, foram. Parece-me que isso, no mínimo, é inegável. Agora, aquilo que diz a Rússia… A Rússia habituou-nos a dizer coisas que não correspondem inteiramente à verdade pelo que não me parece que se deva aceitar a palavra de Moscovo relativamente a esta questão.

A tensão adensou-se entre a Rússia e o Reino Unido com o envenenamento do ex-espião russo Sergei Skripal. Entretanto, os Estados Unidos parecem ter assumido o conflito ao liderarem o ataque à Síria. Qual o interesse em fazê-lo?

Não tenho bem essa leitura. O conflito que se reporta à tentativa de envenenamento em Londres não é o primeiro. Houve outros casos em que uma metodologia semelhante ocorreu, justamente em Londres. Recordo, no que diz respeito à Síria, que o presidente Obama, a certa altura, afirmou que havia uma linha vermelha que não podia ser atravessada, linha essa que foi atravessada quando o governo sírio usou armas químicas pela primeira vez. E não houve uma resposta nessa altura da administração americana porque o congresso assim o entendeu.

Portanto, este conflito não é de hoje, já decorre há muito tempo e creio que o conflito tem muito a ver com a crescente assertividade da Rússia a nível internacional. A Rússia, cada vez mais, coloca-se fora dos comportamentos aceitáveis e isso não é de agora. Fê-lo já em 2008, por exemplo, quando invadiu a Geórgia. Fê-lo em 2007 quando fez um ciberataque à Estónia. Isto revela que é um problema do comportamento da Rússia na política internacional e que não é recente.

A Rússia está empenhada em reconstruir um império, o império que tinha nos tempos da União SoviéticaE qual o motivo desse comportamento?

A Rússia quer duas coisas. Primeiro, uma revisão das regras internacionais, das regras que estruturam a política internacional. Por outro lado, claramente, está empenhada em reafirmar o seu poderio, o seu estatuto, ser reconhecida como uma grande potência, e exercer um domínio praticamente absoluto na vizinhança, isto é, nas antigas repúblicas da União Soviética, na Ucrânia, na Bielorrússia, no crescente domínio no norte do Cáucaso, na Geórgia, na Arménia e, também, na Ásia Central. Portanto, creio que se pode dizer de uma forma relativamente simples que a Rússia está empenhada em reconstruir um império, o império que tinha nos tempos da União Soviética.

E esse império faz frente à soberania que até hoje é assumida pelos Estados Unidos?

Faz frente, sobretudo, à soberania dos Estados da Geórgia e da Ucrânia e de outros países. É preciso recordar que ao anexar a Crimeia, a Rússia esteve e está a violar princípios sagrados da política internacional.

Por outro lado, há uma mudança muito significativa na perspetiva da elite russa, de Putin e das pessoas que com ele fazem política externa. A Rússia hoje é um país que considera o Ocidente um inimigo. Isto é dito de forma muito transparente pelos dirigentes russos. Portanto, a Rússia que temos hoje é muito diferente da Rússia que existia durante o tempo de Boris Iéltsin, em que era possível fazer acordos de cooperação e em que a Rússia estava a democratizar um conjunto de fenómenos internos que possibilitavam uma relação próxima.

Hoje, a postura de Moscovo é diferente. É francamente uma postura hostil em relação à Europa, aos países ocidentais. Uma leitura dos documentos estratégicos da doutrina externa e militar da Rússia revela isso. Os próprios discursos de Putin estão repletos de referências anti-ocidentais. Creio que a Europa pode olhar com alguma ingenuidade para a Rússia mas na realidade esta considera que o Ocidente é um adversário. É essa a realidade no terreno.

A visão da parte da Rússia é um pouco diferente. O embaixador da Rússia em Portugal, por exemplo, alega que o problema deste conflito é o facto de os Estados Unidos não serem capazes de aceitar que podem existir várias potências ao mesmo tempo.

É essa a interpretação da Rússia? Eu acho que o problema não esta na existência de várias potências. Elas existem. Além da Rússia, há a Índia, a China… O problema é o comportamento dessas potências. A Rússia ao invadir a Ucrânia e a Geórgia não se está a comportar como uma potência civilizada. O problema não é tanto a existência da Rússia como potência. O problema é a existência de uma Rússia cada vez mais assertiva que está empenhada em alterar o ‘status quo’ que temos na Europa, incluindo as próprias fronteiras europeias como acaba de fazer na Crimeia. Esse é que é o problema.

Se o regime conseguir criar instituições que possam prolongar o Putinismo para lá de Putin, temos um problema para muitos e muitos anosE Putin na liderança do país será sempre um problema para que se consiga chegar a um período de paz entre ambas as partes?

Sim. Será.

Não se avizinha portanto, para breve, o fim para esta situação, dado que foi reeleito até 2024?

Sim. E vamos ver o que vem depois de Putin. Neste momento, o poder da Rússia está muito concentrado na pessoa de Putin. Se o regime conseguir institucionalizar-se, ou seja, criar instituições que possam prolongar o Putinismo para além de Putin, então temos um problema para muitos e muitos anos.

É preciso perceber também que a Rússia tem interesses legítimos, interesses de segurança, económicos e outros. Agora, à medida que prossegue esses interesses não pode violar as regras que de uma forma geral são aceites por outros Estados. Não se podem violar fronteiras de outros Estados e anexar o território de outros Estados. A Rússia frequentemente diz que está a responder a um cerco que foi criado pela NATO mas não houve uma intenção da parte do Ocidente de ameaçar a segurança da Rússia. Houve foi uma tentativa de estabilizar a Europa Central e através desta estabilização tornar a segurança mais robusta na Europa Central. Isso, em última analise, até era benéfico para a Rússia.

Os russos escolheram interpretar os alargamentos como um ato hostil. Mas também convém recordar que foram os próprios governos da Europa Central, dos países pós-comunistas, que livremente e depois de eleições democratas escolheram aderir à União Europeia e à Nato.

E a que se deve este apoio da Rússia à Síria? Fazer frente aos Estados Unidos, tendo em conta que é sabido que os EUA são contra o regime de Bashar al-Assad?

Talvez para preencher um vazio. Os americanos, durante a presidência de Obama, não tiveram uma política externa coesa, coerente, em relação à Síria. E portanto, foi Washington que permitiu que se criasse um vazio que a Rússia naturalmente preencheu. Isso eu acho natural.

Um ano e pouco depois da tomada de posse, ainda não se sabe qual é a política de Donald Trump em relação ao Médio OrienteE com Donald Trump no poder, a posição dos Estados Unidos relativamente à Síria alterou-se? 

Creio que não, porque ainda não há uma política sustentável não só para a Síria mas para todo o Médio Oriente. Um ano e pouco depois da tomada de posse ainda não se vê essa política no terreno. Vê-se alguns sinais que foram dados, por exemplo com a Arábia Saudita, mas certamente ainda não se sabe qual é a política de Donald Trump em relação ao Médio Oriente. Ainda não sabemos o que vai fazer no que diz respeito ao acordo nuclear [esta terça-feira Trump anunciará decisão]. Já no que diz respeito à Síria em concreto, acho que a intenção americana é não se envolver no conflito e isso acho bem porque já há potências estrangeiras envolvidas, potências a mais até: Turquia, o Irão…

Alguma dessas potências está realmente interessada em resolver os problemas do povo sírio ou assistimos a uma luta de soberanias?

Acho que há muita gente preocupada com o povo sírio mas antes convém recordar que antes de ser uma guerra que envolvesse potencias estrangeiras, é uma guerra civil. São largamente civis a matar sírios. E é uma guerra entre duas sensibilidades dentro da sociedade síria. Acho que muita coisa foi feita para tentar atenuar os resultados desse conflito mas isto foi um conflito provocado pelo governo sírio, por Bashar al-Assad.

Terá de ser ele a resolvê-lo?

Não. Terá de ser uma conferência internacional porque sete anos depois já se concluiu que os grupos em confronto na Síria não são capazes de resolver ou pôr um fim àquela situação. Portanto, terá de haver uma intermediação internacional envolvendo a Rússia, o Irão, a Turquia, países que são stakeholders naquele conflito.

Na sequência da questão do envenenamento de Skripal, vários diplomatas russos foram expulsos dos países onde se encontravam. O que ficam a ganhar com esta posição? O objetivo é diminuir a presença russa no mundo?

Depende do país. Acho que todos os países, incluindo os que não expulsaram os diplomatas, como Portugal, têm a perceção de que a Rússia está a colocar desafios muito sérios ao Ocidente. A forma como reagem ou como reagiram a esse caso em concreto não é certa nem errada. Portugal escolheu não expulsar. Acho que o Governo português terá elementos que o levaram a tomar essa decisão. Isso não significa necessariamente que o Governo português não considere condenável aquilo que aconteceu e não considere que teria de haver um sinal para mostrar repúdio por aquilo que aconteceu. Esse sinal foi chamar o embaixador português em Moscovo a Lisboa.

Acha que o Estados Unidos tiveram alguma influência na decisão desses países?

Não sei. Na medida em que essas coisas são discutidas no âmbito da aliança, acho que podem ter aconselhado, mas não podem determinar aquilo que os Estados soberanos fazem. É natural que os EUA tenham tido uma palavra a dizer.

É preciso não esquecer que a Rússia é uma potência nuclear e estamos numa situação em que não é possível virar as costas à Rússia

No que diz respeito ao conflito entre os Estados Unidos e a Rússia, as relações entre os dois países estão bastante fragilizadas. Até onde é que isto vai chegar? Uma nova Guerra Fria?

Já existe uma Guerra Fria e não é de agora. O relacionamento com a Rússia, desde a saída de Iéltsin, complicou-se e muito, sobretudo depois de um momento importante que acontece em 2007 na conferência de segurança de Munique, em que Putin faz um discurso em que diz muito claramente para onde vai e é um discurso de confronto para com o Estados Unidos e com os parceiros da NATO.

Já estamos nesta situação há mais de uma década. Não vem aí uma Guerra Fria, está aqui uma Guerra Fria. É preciso é saber gerir os conflitos e é preciso não esquecer que a Rússia é uma potência nuclear e estamos numa situação em que não é possível virar as costas à Rússia. Tem de haver um engadgement, conversações. Não obstante, não podemos aceitar um comportamento que viole as regras da boa sociedade internacional.

Donald Trump é a pessoa certa para protagonizar estas conversações tendo em conta que o seu temperamento também é especial?

Não sabemos ao certo. Num sistema político americano, o presidente tem um palavra muito importante em relação à política externa mas não está sozinho. O Congresso também tem um papel muito relevante na política externa pelo que se pode dizer que nem tudo começa, nem tudo acaba com Donald Trump.

Em relação à sua política externa face à Rússia, ainda não sabemos. Há vários elementos que são desconhecidos. Não houve ainda, sequer, uma primeira cimeira entre Trump e Putin.

Mas já houve um primeiro passo para esse encontro.

O facto de se sentarem os dois à mesa já é positivo. Duvido que haja um regresso à cooperação que existiu no passado. Recordo que George W. Bush, quando se encontrou com Putin pela primeira vez, disse que teria olhado para a alma de Putin e que viu que podia colaborar com ele. E isso não aconteceu. Depois, Hillary Clinton, quando era secretária de Estado, disse que iria restabelecer as relações com a Rússia. Isso durou escassos meses. Portanto, o problema com a Rússia é um problema estrutural. Largamente ultrapassa as vontades dos agentes políticos. É um conflito de uma potência que tem interesses que chocam com os interesses das restantes potências.

Aquando das eleições, em 2016, lembro-me de ter dito que considerava que Hillary seria a candidata que mais se adequava ao cargo, uma vez que melhor representava os princípios democráticos do país. Continua a defender essa opinião?

Não me recordo exatamente dessa frase. O que eu acho é que Hillary tinha uma experiência que era importante e em política externa Hillary também não era uma idealista que não soubesse o que se passava no mundo. Portanto, tinha alguma compreensão da necessidade das alianças e especificamente a necessidade de manter uma aliança coesa com a NATO.

Cuidado com as expetativas. O governo da Coreia do Norte já disse coisas semelhantes no passadoA Coreia do Norte decidiu suspender, recentemente os testes nucleares. Será um primeiro passo para o fim do conflito entre Kim Jong-Un e Trump?

Não necessariamente. É uma decisão que faz sentido porque estamos à espera que se realize uma cimeira. É um sinal positivo por parte do governo coreano mas o problema não é suspender os testes, mas sim a própria nuclearização da Coreia. O que os americanos querem é desnuclearização da Coreia, ou seja, querem que os norte-coreanos abandonem as armas nucleares e esse compromisso não me parece que seja aceitável da parte coreana. Acho que a Coreia do Norte vai dizer que não.

Estamos aqui numa situação em que nada está resolvido, possivelmente nada ficará resolvido, mas o facto de se estar a conversar já é positivo, é melhor do que nada. Mas cuidado com as expetativas. O governo da Coreia do Norte já disse coisas semelhantes no passado. Esta já é a terceira crise nuclear com a Coreia do Norte e o discurso é quase sempre o mesmo. Dizemos que estamos dispostos a negociar e depois verificamos que não há essa disponibilidade. Aconteceu com Bill Clinton, por exemplo. Muita prudência em relação àquilo que irá resultar da cimeira mas eu acho muito positivo que haja contactos a este nível.

Quando diz cuidado com as expetativas o que quer dizer?

Isto é um processo muito difícil, provavelmente irá fracassar. É bom que a opinião pública não pense que estamos à beira de uma resolução final e da desnuclearização da Coreia do Norte, que isso em principio não vai acontecer.

Qual seria a solução que poderia satisfazer as duas partes?

Era a desnuclearização. Esse era o melhor desfecho. Agora também não me parece aceitável porque a Coreia do Norte tem armas nucleares porque teme pela sua segurança. Teme que sem estas armas a Coreia do Sul, o Japão e os EUA possam iniciar uma guerra contra o país. Portanto, querem ter a certeza de que têm a capacidade para se defender e por isso é que me parece muito difícil convencer o regime a abandonar essas armas.

Não me aprece nada que, usando um termo popular, Kim Jong-un seja um doido

Mas há também quem acuse Kim Jongun de ameaçar mas de nunca passar das palavras aos atos...

Tenho um pouco a ideia oposta. O regime coreano é muito racional. E sabe exatamente até onde ir, quando recuar, não me aprece nada que, usando um termo popular, Kim Jong-un seja um doido. Penso que a estratégia diplomática da Coreia do Norte não só agora mas também no passado, nos últimos 20 anos, tem sido muito inteligente.

Donald Trump disse, no Twitter, que este encontro e as conversações que tem levado a cabo deveria ter sido algo feito há muito tempo, pelos seus antecessores. O que está Trump a fazer de diferente?

Esse tweet é uma crítica sobretudo ao presidente Bill Clinton, que foi o primeiro a ter e a confrontar-se com esta situação e, na prática, foi na administração Clinton que o programa nuclear coreano se consolidou. É uma critica a um dos antecessores, é muito mais difícil agora que o regime tem armas nucleares de lidar com a situação, obviamente. Teria eventualmente sido mais fácil há 20 anos.

Trump, se calhar ao contrário do que inicialmente se pensava, tem consigo chegar a ‘bom porto’ com alguns dos líderes mundiais. Podemos dizer que está a surpreender?

Faz parte da sua função, um presidente americano tem de se encontrar com outros dirigentes mundiais. Isso eu acho normal. Agora temos de ter alguma prudência com os encontros porque por serem normais não significa que se traduzam em coisas boas ou más. Houve muitos encontros nos últimos 30/40 anos que não deram em nada. Temos de ter alguma prudência. Por vezes, as pessoas tem tendência para pensar que em política externa existe uma boa ou uma má solução. Muitas vezes não é assim. Às vezes é preciso escolher entre várias de más soluções. A Coreia do Norte é um bocado isso. Acho muito positivo que Trump faça as cimeiras que estão agendadas e outras. Acho é que os problemas provavelmente não serão todos resolvidos.

A grande questão da política internacional hoje não é a Rússia, não é a Coreia, é a ChinaNem com ele nem com outro presidente que venha suceder-lhe?

Há conflitos que são geridos mas que não são ultrapassados. Nós ainda não falámos no grande conflito que se situa no horizonte nas próximas três ou quatro décadas que é o surgimento da China. A grande questão da política internacional hoje não é a Rússia, não é a Coreia, é a China. Como é que o surgimento da China, a sua transformação numa grande potência, como é que isso vai acontecer e vai ser gerido? No passado, muitas vezes quando surge uma grande potência, as outras reagem através de violência.

Por exemplo, o surgimento da Alemanha conduziu-nos à Primeira Guerra Mundial e depois à Segunda. Não é, necessariamente, esse o desfecho que possamos antecipar mas é necessário absorver esse surgimento da China, englobar a China nas instituições internacionais, e isso significa que tem de haver compromissos um pouco por todo o lado. Isso é muito difícil de fazer e vamos ver como é que nas próximas décadas se consegue, ou não, fazer isso.

Será mais uma potência a fazer frente aos Estados Unidos?

As potências fazem frente umas às outras. O problema não é haver potências que façam frente, o problema é como se gere essa concorrência. Mas mais preocupado do que os Estados Unidos deviam estar os europeus. Quem deve estar verdadeiramente preocupado com as novas realidades internacionais, incluindo o surgimento da China é a Europa. A Europa cada vez mais tem um papel secundário na política internacional. Cada vez menos consegue impor os seus interesses e alguns dos seus valores a nível internacional.


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O ENIGMA DA PIRÂMIDE DAS COPAS - TODOS OS RESULTADOS FORAM FORJADOS

07:38
O ENIGMA DA PIRÂMIDE DAS COPAS - TODOS OS RESULTADOS FORAM FORJADOS
Copa do Mundo é um terreno fértil para as teorias da conspiração — e não é por menos. O torneio de seleções envolve grandes cifras e prestígio, mexe com sentimentos e com o patriotismo de uma nação e entra no imaginário popular. Quando se diz que não é apenas futebol, em um Mundial de fato não o é.





E como o cérebro humana gosta de encontrar sentido em coisas que não têm sentido, criar teorias é uma maneira de sossegá-lo. Ninguém se satisfaz em explicar grandes traumas com base no acaso e na coincidência, é preciso que uma grande força misteriosa esteja por trás de tudo.

Por isso, juntamos aqui 5 teorias das conspirações mais malucas envolvendo a Copa do Mundo.

1. O enigma da pirâmide (ou a Mãe de Todas as Teorias)

A mais louca teoria envolvendo Copas do Mundo surgiu após o torneio de 2002. Segundo essa história, uma série de coincidências supostamente apontariam quais seriam as seleções campeãs das edições seguintes dos mundiais.

O topo da pirâmide é a Copa de 1982, vencida pela Itália. A partir daí, a linha do tempo ficaria espelhada. Em 1978 e 1986, a Argentina levou o título. Depois, em 1974 e 1990, a taça ficaria com a Alemanha. Em 1970 e 1994, Brasil levou a melhor.




Em seguida, há uma teoria dentro da teoria: tanto a Inglaterra de 1966 quanto a França em 1998 seriam semelhantes por serem os campeões dos países-sede na Europa, além de terem um único título. E, em 1962 e 2002, novamente deu Brasil.

De fato, a teoria fez sentido até 2006, quando era de se esperar que nossa seleção levasse a Copa para igualar 1958. Só que, como já é sabido, quem levou foi a Itália. Então, entra em ação uma nova teoria dentro da teoria, que diz que a Itália só venceu porque a cada 24 anos um país conquista o tetracampeonato. Isso também explicaria porque a Alemanha venceu em 2014, e não em 2010 como era o previsto.

Se você acha que isso não faz o menor sentido, então prepare-se porque a previsão para 2018 é alarmante: se a teoria se confirmar, as Copas de 2018 e de 2022 não acontecerão por conta de um conflito mundial — a exemplo do que aconteceu em 1946 e 1942. Se isso é verdade ou não, só o tempo dirá.




Fonte: ghiorzi.org

2. Final de 1998 foi um complô da Nike

Certamente você já deve ter lido essa mensagem:

“Divulgado o escândalo que todo mundo suspeitava! Talvez, isso explique a razão de o jogador Leonardo ter declarado a seguinte frase: “Se as pessoas soubessem o que aconteceu na Copa do Mundo, ficariam enojadas”

Vez ou outra ela surge em momentos de grande comoção do futebol e do mundo, e ela é sempre a introdução de alguma revelação mirabolante. O suposto autor do texto é sempre um tal de Gunther Schweitzer — que existe, e inclusive conversou com a gente em 2014.

Em algumas versões da suposta carta, há a menção de um tal de sr. Ronald Rhovald, que seria um funcionário da Nike. Em outros boatos de cunho político, ele aparece também como representante da empreiteira OAS.


Resultado de imagem para PIRAMIDE DAS COPAS


O fato é que essa história começou a circular após a final da Copa de 1998, em que a França bateu o Brasil por 3 a 0 e conquistou o inédito título mundial. Como era de se esperar, a convulsão de Ronaldo e sua escalação de última hora deu pano para manga. E mesmo depois que a história foi confirmada, surgiu o boato de que sua então noiva, Susana Werner, teria tido um caso com Pedro Bial durante a Copa e isso foi um dos motivos da convulsão do atacante.

De qualquer forma, quem viu o jogo sabe que a derrota foi merecida. O Brasil jogou mal e a França aproveitou duas falhas de marcação de bola parada para sacramentar a vitória. E, se a CBF de fato vendeu o título para os franceses, é possível que eles tenham esquecido de avisar o Edmundo sobre o acordo.

3. Brasil entregou a Copa de 2014 para os alemães

Muito além do que uma saída pouco honrosa para o vexame do 7 a 1, a ideia de que a seleção brasileira perdeu a Copa de 2014 de propósito é amparada por algumas supostas evidências.

A primeira é que a lesão de Neymar teria sido uma farsa: segundo a teoria, as imagens do jogador indo para o hospital em uma maca seria de um dublê.

Outra história é que o FBI teria descoberto um acerto do jogo contra a Alemanha durante as investigações de corrupção na cúpula da Fifa, que colocaram diversos dirigentes na cadeia. Entre os envolvidos na tramoia estariam o presidente da CBF, a Rede Globo e… Gunther Schweitzer!

E por fim, ainda há a lenda de que o Brasil vendeu a semifinal de 2014 em troca da inédita medalha de ouro na Rio-2016. E quem foi nosso adversário na final das Olimpíadas? Justamente a Alemanha.

Coincidência? Provavelmente sim.
4. EUA e Fifa tiraram Maradona da Copa de 94

Os argentinos até hoje não aceitam o corte de Diego Maradona após ele ter sido pego no exame antidoping durante a Copa de 1994. Há inclusive um documentário sobre o craque que aponta que os EUA em conluio com o então presidente da Fifa, João Havelange, armaram para tirá-lo do Mundial.

Naquela época, a fama de bad boy de El Diez já era amplamente conhecida (ele tinha sido pego com cocaína em 1991), e o possível triunfo da Albiceleste em terras norte-americanas poderia pegar mal para os EUA. Já Havelange teria conspirado para conseguir ver o Brasil ser campeão durante sua gestão, que durou de 1974 a 1998. Por isso, seria preciso “cortar suas pernas”, como Maradona mesmo disse sobre sua punição.

Não por acaso, a suposta operação foi deflagrada após o jogo da Nigéria, quando o argentino jogou o fino da bola e deu assistência para o gol da virada. Após o final da partida, a imagem de Maradona tranquilo e insuspeito, de mãos dadas com a enfermeira, jogou mais gasolina na fogueira conspiratória.

Mas um livro lançado em 2014 ajudou a desmistificar a história da punição de Maradona. Pouco antes da Copa, o camisa 10 estava em má forma e precisava perder peso rápido. Conseguiu emagrecer graças à ajuda de um ex-fisiculturista, mas acabou tomando diversos complexos vitamínicos e um deles possuía a substância efedrina, proibida para atletas de futebol. Por azar, foi sorteado no antidoping e o resto é história.



Os últimos momentos de Maradona na Copa de 1994
5. 2018 é o novo 2002?

Para quem está confiante com o hexa, alguns fatos curiosos fazem a Copa de 2018 lembrar muito a de 2002, na qual fomos campeões. Várias comparações estão rolando pela internet, entre elas:
Holanda fora da Copa
Costa Rica no grupo do Brasil
Presença de Senegal

Técnico da seleção é gaúcho e venceu uma inédita Libertadores por um clube paulista
O camisa 10 do PSG está na seleção (Ronaldinho Gaúcho e Neymar)
O melhor jogador do mundo é português (Luís Figo e Cristiano Ronaldo)

E para quem ainda não está confiante, existem outras coincidências que são dignas de menção:
A última vez que a Itália ficou de fora de uma Copa foi em 1958
Em duas ocasiões em que a Alemanha foi campeã (1954 e 1990), o Brasil levou a taça na edição seguinte
Em 1994, Taffarel jogava na Itália após ser revelado pelo Inter de Porto Alegre. O mesmo acontece hoje com o goleiro Alisson.


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Teoria da Conspiração: O Brasil perdeu a Copa 2014 de propósito


Depois do fatídico 7 x 1, o cheiro de mutreta no ar ficou mais forte



ilustra Maíra Valentim
edição Felipe van Deursen

Depois do fatídico 7 x 1, o cheiro de mutreta no ar ficou mais forte. Afinal, nossa poderosa seleção só poderia ser humilhada assim se o país tivesse vendido o Mundial. Ou não?

MINEIRATZEN

O 8 de julho de 2014 entrou para os anais do futebol como o dia em que a seleção brasileira levou a maior e mais humilhante goleada de sua história. Na semifinal da Copa que o próprio Brasil sediou, com Mineirão lotado,o time da CBF levou 7 x 1 da Alemanha. “A responsabilidade pelo resultado catastrófico é minha”, declarou o então técnico Luiz Felipe Scolari após a partida. Mas há quem diga que os jogadores entraram em campo sabendo da derrota e que tudo teria sido combinado

VANTAGEM EM TUDO

A seleção teria topado a mutreta por vários motivos. Primeiro, os jogadores teriam recebido um gordo cachê pelo feito. Além disso,o acordo incluiria o título do Brasil na próxima Copa e a possibilidade de o país sediar novamente o Mundial antes de 2030.O Brasil ainda teria o lugar mais alto no pódio olímpico garantido. Ou seja, apesar da humilhação de 2014, no fim o país levaria de mão beijada o hexa na Rússia em 2018 e o inédito ouro nas Olimpíadas no Rio, em 2016

A CARTA

O esquema foi denunciado em uma carta assinada por um suposto jornalista chamado Gunther Schweitzer. “Se as pessoas soubessem o que aconteceu na Copa, ficariam enojadas”, dizia o título da carta.A fonte de Gunther seria um dos jogadores da própria seleção.A carta confirmava a suspeita dos torcedores brasileiros levantada não só pela performance desastrosa dos atletas brasileiros mas também pela contusão de Neymar no jogo anterior, que o tirou prematuramente da Copa

JOELHADA EM NEYMAR

Nas quartas-de-final,o Brasil bateu a Colômbia. Mas o grande fato do jogo foi a vértebra fraturada de Neymar, após levar uma joelhada do lateral Zuñiga. Logo após o craque ser retirado de campo, surgiram imagens que denunciariam outra farsa: Neymar, deitado na maca, rosto coberto por uma toalha,a tatuagem com o nome do filho… Quer dizer,a tatuagem, no braço direito, não estava lá! Só poderia ser um sósia. Outro vídeo mostraria Neymar combinando a jogada em campo com o colombiano.A armação serviria para livrar o melhor jogador do Brasil da humilhação na semifinal. Além disso, sem Neymar,a derrota do Brasil seria menos suspeita

RECORDAÇÃO AMARGA

A suspeita de fraude fez muitos se lembrarem de 1998. Naquela Copa, pouco antes da final, contra a França, Ronaldo, maior estrela do time, teve uma convulsão, provocada por uma crise nervosa, que comprometeu sua performance.O Brasil perdeu por sonoros 3 x 0. Na época, surgiram denúncias de que a seleção vendera o resultado em troca de sediar o Mundial. Além do resultado suspeito, as duas Copas têm mais coisas em comum: tanto em 1998 quanto em 2014,o presidente da Fifa, que comanda o futebol e organiza o evento, era Joseph Blatter


MAIS ENVOLVIDOS

A Alemanha também estaria no esquema de 2014, já que o título tinha um preço: Joseph Blatter teria facilitado a vitória alemã em troca de apoio da federação do país à sua reeleição, em 2006 e em 2010. Nesses mesmos anos, os títulos de, respectivamente, Itália e Espanha também teriam sido conquistados dentro do mesmo esquema corrupto. Assim, os três europeus seriam campeões do mundo e Blatter se perpetuaria no poder. Bom para todo mundo. Mas há outra teoria sobre o suposto comprador

A DONA DA BOLA

Quem teria encomendado o caneco para os alemães foi uma empresa símbolo do país,a Adidas. Ela fabrica a bola oficial da Copa desde 1970, e patrocinou oito das 32 seleções que vieram ao Brasil.A empresa teria exigido que uma delas ganhasse a Copa. Acabou com a campeã e a vice,a Argentina. Assim, na final, evento assistido por mais de 1 bilhão de pessoas, todos os jogadores em campo vestiam Adidas.A marca estava estampada também na Colômbia,o time sensação da Copa- e que tirou Neymar de campo

Por outro lado

A maior evidência do fracasso brasileiro foi nada mais que o futebol pífio apresentado
Versões quase iguais à tal carta de Gunther Schweitzer denunciaram fraudes em todas as Copas desde 1998. Só nomes e datas mudavam
A ME falou com Schweitzer, que na verdade é preparador físico em Mogi das Cruzes, SP. Tudo começou em 1998, quando ele repassou um e-mail com a denúncia da venda da Copa. Com o tempo, ele foi transformado no autor da carta
O sumiço da tatuagem de Neymar nunca ficou claro. Possivelmente um efeito de luz, aliado à baixa resolução da imagem, a apagou
Pagar jogadores para perder é um esquema que até existe no esporte, mas a Copa é um evento visado demais e caro demais. Em 2014, a Fifa desembolsou US$ 576 milhões em premiações. Se essa é a cifra dos prêmios oficiais, imagine a dinheirama para subornar os 23 jogadores das seleções mais os membros das delegações, os árbitros… Arriscado demais
O nível de escândalos na Fifa e na CBF atingiu novos patamares em 2015. Joseph Blatter foi suspenso do futebol por oito anos, José Maria Marin, ex-presidente da CBF, foi preso e por aí vai. Mas a maioria das denúncias falava de corrupção nas escolhas das sedes, contratos de marketing e de televisão. Nada surgiu sobre alteração de resultado de jogos. 


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quarta-feira, 18 de abril de 2018

CORRUPTA E LUNÁTICA: PRESIDENTE DO PT PEDE AJUDA A TERRORISTAS, PARA QUE O CONDENADO LULA SEJA SOLTO ATENTANDO CONTRA A SEGURANÇA NACIONAL.

18:18
CORRUPTA E LUNÁTICA: PRESIDENTE DO PT PEDE AJUDA A TERRORISTAS, PARA QUE O CONDENADO LULA SEJA SOLTO ATENTANDO CONTRA A SEGURANÇA NACIONAL.



Por Gisele Barros, Luana Souza* e Marlen Couto

A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), senadora Gleisi Hoffmann, gravou um vídeo para a emissora de TV árabe Al Jazeera em que critica a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e cita ações do governo do petista que teriam sido favoráveis ao Oriente Médio. Segundo Gleisi, Lula foi o único presidente que visitou a região, e o comércio exterior com países do grupo teria se tornado cinco vezes maior quando Lula ocupou a Presidência. Mas será que é isso mesmo? A equipe de checagem do GLOBO verificou o que disse a senadora.

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"Lula foi o único que visitou o Oriente Médio"




Os países do Oriente Médio visitados pelo ex-presidente Lula foram Síria, Líbano, Emirados Árabes, Egito e Líbia, em 2003, no seu primeiro ano de mandato. Em 2009, Lula fez visita oficial ao Qatar, Arábia Saudita, Turquia e Líbia. Em 2010, viajou à Israel, Palestina, Cisjordânia, Jordânia, Irã e voltou ao Qatar. Porém, Lula não foi o único presidente a fazer viagens oficiais a nações do Oriente Médio, como afirmou a senadora. A ex-presidente Dilma Rousseff também realizou visitas oficiais a países que pertencem à região. Em seu primeiro ano de mandato, em 2011, foi à Turquia, e, em 2014, foi ao Qatar. Em 2015, Dilma voltou à Turquia.

As informações são da Biblioteca da Presidência da República e os países considerados parte do Oriente Médio estão de acordo com a Enciclopédia Britânica.

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"Em seu governo o comércio com a região multiplicou por cinco"




Antes de Lula assumir a Presidência, em 2002, o comércio entre Brasil e Oriente Médio foi de R$ 2,3 bilhões. O valor não aumentou exatamente cinco vezes, como diz a presidente nacional do PT, mas foi bem aproximado: cresceu 4,5 vezes, para R$10,5 bilhões em 2010, último ano do segundo mandato de Lula. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.

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"O Brasil foi um dos três países não árabes convidado para a Conferência de Annapolis em 2007" 




A conferência de Annapolis, que tinha o objetivo de reunir a comunidade internacional para discutir acordos de paz entre Israel e Palestina, foi realizada nos Estados Unidos em novembro de 2007. Ao contrário do que afirmou Gleisi, não foram apenas três os países não árabes convidados para o encontro. México, Canadá, Espanha, França, Alemanha, Itália e Noruega são algumas das mais de 20 nações não árabes que marcaram presença na reunião.

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"Lula sempre defendeu a existência do Estado Palestino"



O GLOBO localizou apenas declarações públicas de Lula a favor do reconhecimento do Estado Palestino. Em 2004, registrou a BBC, Lula declarou em um encontro com o presidente sírio, Bashar Al-Assad, seu apoio à criação de um Estado palestino. Ainda como presidente, em 2010, Lula defendeu a necessidade de negociações e a solução de dois Estados para o impasse no Oriente Médio em um discurso no Parlamento de Israel. Em 2012, o petista pediu, na Alemanha, que as Nações Unidas colocassem em prática a criação de um Estado Palestino.

Em 2010, durante o segundo mandato do petista, o Brasil reconheceu o Estado Palestino com as fronteiras de 1967, anteriores à Guerra dos Seis Dias entre países árabes e Israel, a pedido do presidente da Autoridade Nacional da Palestina, Mahmoud Abbas. No mesmo ano, Lula sancionou a Lei nº 12.231, que autorizou a doação de um terreno no Setor de Embaixadas Norte, em Brasília, no qual foi construída a Embaixada da Palestina no Brasil, inaugurada em 2016.

Procurada, a assessoria de imprensa do PT afirmou que não vai se manifestar sobre a checagem.


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sábado, 14 de abril de 2018

ALERTA VERMELHO: Zuckerberg admite que está desenvolvendo inteligência artificial para censurar conteúdo

06:10
ALERTA VERMELHO:  Zuckerberg admite que está desenvolvendo inteligência artificial para censurar conteúdo



Esta semana fomos presenteados com uma verdadeira atração carnavalesca, como Mark Zuckerberg, CEO de uma das maiores empresas de tecnologia do mundo, testemunhou perante os comitês do Senado sobre questões de privacidade relacionadas à manipulação de dados de usuários pelo Facebook. Além de destacar o fato de que a maioria dos senadores dos Estados Unidos - e a maioria das pessoas - não entende o modelo de negócios do Facebook ou o contrato de usuário que eles já consentiram usando o Facebook, o espetáculo deixou um fato claro: Zuckerberg pretende usar inteligência artificial para gerenciar a censura do discurso do ódio em sua plataforma.

Durante os dois dias de depoimento, o plano de usar a IA algorítmica para possíveis práticas de censura foi discutido várias vezes sob os auspícios de conter discursos de ódio, notícias falsas, interferência eleitoral, anúncios discriminatórios e mensagens terroristas. De fato, a AI foi mencionada pelo menos 30 vezes. Zuckerberg afirmou que o Facebook está a cinco ou dez anos de uma robusta plataforma de inteligência artificial. Todos os outros quatro grandes conglomerados de tecnologia - Google, Amazon, Apple e Microsoft - também estão desenvolvendo AI, muitos para fins compartilhados de controle de conteúdo.

Por razões óbvias, isso deve preocupar ativistas das liberdades civis e qualquer um preocupado com a erosão dos direitos de primeira emenda online. O espectro intrigante de uma aliança de propaganda do governo corporativo não é uma teoria da conspiração. Há pouco mais de um mês, o Facebook, o Google e o Twitter testemunharam perante o Congresso para anunciar o lançamento de uma campanha " counterspeech " na qual mensagens positivas e moderadas serão direcionadas a pessoas que consomem e produzem conteúdo extremista ou radical.

Como as outras grandes redes sociais, o Facebook já foi atacado por acusações de censura contra fontes de notícias conservadoras e alternativas. A Electronic Frontier Foundation (EFF) destacou alguns outros exemplos da “censura excessivamente zelosa” da empresa apenas no ano passado:

Jornalistas de alto perfil na Palestina , no Vietnã e no Egito encontraram um aumento significativo nas remoções de conteúdo e suspensões de contas, com poucas explicações oferecidas fora de uma carta genérica dos padrões da comunidade. discurso civil sobre racismo e assédio é frequentemente rotulado como "discurso de ódio" e censurado. Relatos de violações de direitos humanos na Síria e contra muçulmanos Rohingya em Mianmar, por exemplo, foram retirados - apesar do fato de que isso é conteúdo essencial do jornalista sobre questões de interesse público global significativo.

O Facebook agora acredita que a AI será a resposta para todos os seus problemas. “Começamos no meu dormitório com poucos recursos e sem a tecnologia da inteligência artificial para identificar proativamente muitas dessas coisas”, disse Zuckerberg durante seu depoimento. “A longo prazo, construir ferramentas de inteligência artificial será a maneira escalável de identificar e erradicar a maior parte desse conteúdo prejudicial.”

Para ser claro, a AI já está trabalhando no Facebook. "Hoje, enquanto nos sentamos aqui, 99% do conteúdo do ISIS e da al-Qaeda que derrubamos no Facebook, nossos sistemas de inteligência artificial são sinalizados antes que qualquer ser humano o veja", disse Zuckerberg .

Mas ele admite que as nuances lingüísticas do discurso do ódio serão um dos problemas mais espinhosos para a IA.

Será possível que os "gatekeepers de informações", como o Facebook e o Google, usem a AI para regulamentar o conteúdo sem praticar a censura? Como observa a EFF, “o software de tomada de decisões tende a refletir os preconceitos de seus criadores e, é claro, os vieses embutidos em seus dados ”.





É claro que, em uma época em que nosso governo parece cada vez mais uma corporatocracia com uma porta giratória entre o Vale do Silício e o Departamento de Estado, uma discussão sobre censura corporativa invariavelmente inclui um reconhecimento da propaganda do governo, que foi oficialmente legalizada em 2012 sob o NDAA de Obama. É realista para nós não esperarmos uma sobreposição entre o que o governo quer que acreditemos e o que as corporações permitem como liberdade de expressão?

Em um ponto durante seu depoimento, um senador perguntou a Zuckerberg se ele acha que o Facebook é mais confiável com os dados do usuário do que o governo. Depois de uma longa pausa, Zuckerberg respondeu: "Sim". Este momento foi completamente negligenciado, mas Zuckerberg essencialmente confirmou em uma palavra que, apesar de toda a conversa sobre violações de privacidade, ele ainda acredita que o governo é pior na questão da privacidade. E depois de tudo revelado a nós por Edward Snowden e WikiLeaks , ele está errado?

Mais importante, já que a IA abrigará os vieses e valores da entidade que a cria, por que assumiríamos que a IA tornará os humanos mais seguros? AI (pelo menos AI precoce) fará o lance de seu criador. Embora o aprendizado de máquina possa ser o futuro árbitro da liberdade de expressão, serão os programadores corporativos e governamentais que determinam seus protocolos. E como já sabemos, os direitos dos cidadãos e os direitos dos tecnocratas não são os mesmos.


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Igreja Católica é atacada nas redes sociais após apoio de padre a Lula - Apoio total a Legalização do Aborto

05:55
Igreja Católica é atacada nas redes sociais após apoio de padre a Lula - Apoio total a Legalização do Aborto
Dom Angélico Sandalo Bernardino demonstrou apoio ao ex-presidente durante a celebração da missa em homenagem à Dona Marisa Letícia




Dom Angélico deixou claro o seu apoio ao ex-presidente LulaFOTO: NOTICIAS AO MINUTO

Durante a celebração da missa em homenagem à ex-primeira dama Marisa Letícia Lula da Silva, na tarde deste sábado (7), em São Bernardo do Campo (SP), o padre Dom Angélico Sandalo Bernardino deixou claro o seu apoio ao ex-presidente, que precisa se entregar à Polícia Federal após a ordem de prisão expedida pelo juiz Sérgio Moro.

"Pressa de mandar nosso Lula para a prisão. Estão alarmados com a diferenciação de tratamento que se dá a Lula e a outras pessoas do país", disse Dom Angélico, antes de deixar uma mensagem a Lula, em tom emocionado.




"Lula, se você se entregar, saiba que todos nós", acrescentou o padre, que logo foi interrompido pelo público, que clamava: "Não se entrega, não se entrega, não se entrega".

Dom Angélico continuou: "Porém, todavia, aqui está um cidadão que já esteve preso e que nenhuma prisão prende o coração, a mente e os ideais desse cidadão. Continue a entregar a sua vida em causa da paz, que é fruto de solidariedade, de amor, misericórdia e justiça. Que Jesus te proteja, meu irmão e companheiro", finalizou Dom Angélico.

Logo após a fala do padre, a Igreja Católica foi parar nos Trending Topics (assuntos mais comentados) do Twitter. A maioria dos internautas criticou duramente a Igreja Católica por conta do apoio de Dom Angélico ao ex-presidente Lula. Veja abaixo algumas mensagens que foram publicadas na rede social:


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Kim Jong-un teve passaporte emitido no Brasil, confirma Itamaraty - Como assim???

05:42
Kim Jong-un teve passaporte emitido no Brasil, confirma Itamaraty - Como assim???
Documento do líder norte-coreano foi emitido em 1996 pela embaixada brasileira em Praga





OMinistério das Relações Exteriores (MRE) confirmou que a Polícia Federal emitiu passaportes brasileiros para o líder da Coreia do Norte Kim Jong-un e seu pai, Kim Jong-il, em fevereiro de 1996.

Segundo reportagem do G1, os documentos foram emitidos pela embaixada brasileira em Praga, na República Tcheca, com os nomes Josef Pwag e Ijong Tchoi.

Em 1996, as normas para a emissão do passaporte não exigiam a apresentação de documento de identidade "caso o interessado apresentasse passaporte anteriormente expedido”.

O Itamaraty informou que a Polícia Federal é que deve responder pela emissão destes documentos no Brasil, mas a instituição ainda não se manifestou sobre o caso.

Confira a reposta do MRE na íntegra:

Realizada a pesquisa nos arquivos do Ministério das Relações Exteriores, verificou-se que os passaportes em nome de JOSEF PWAG e de IJONG TCHOI foram emitidos regularmente pela Embaixada do Brasil em Praga, em 26 de fevereiro de 1996, com validade até 25 de fevereiro de 2006, em substituição a passaportes anteriores emitidos no Brasil.

Segundo o as normas em vigor à época, para a concessão de novo passaporte comum, era dispensada a apresentação de documento de identidade, caso o interessado apresentasse passaporte anteriormente expedido.



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ATENÇÃO: Sinédrio de Israel pede “ajuda” aos árabes para construir Terceiro Templo

05:31
ATENÇÃO: Sinédrio de Israel pede “ajuda” aos árabes para construir Terceiro Templo
Carta aberta cita profecia de Isaías e quer templo ao lado de mesquita em Jerusalém



Mesquita de Omar e Terceiro Templo

O restabelecimento do Sinédrio de Israel, um tribunal religioso judaico formado por 71 homens, está diretamente ligado aos planos de construção do Terceiro Templo em Jerusalém. Várias organizações sediadas na capital – sendo a mais conhecida do Instituto do Templo – trabalham para que a construção comece logo, apesar das complexas questões políticas e religiosas envolvidas.

Decididos a acelerar o projeto, o Sinédrio publicou uma carta aberta, em hebraico, inglês e árabe convidando os povos árabes, como filhos de Ismael, a apoiarem o Terceiro Templo, conforme uma profecia de Isaías. Para os líderes judeus, isso poderia ajudar no estabelecimento no mundo inteiro da paz global que caracterizará a era messiânica. Eles acreditam que haveria espaço no monte do Templo para a edificação ficar ao lado das duas mesquitas.

A carta diz: “Queridos irmãos, filhos de Ismael, a grande nação árabe. Com a graciosa ajuda do protetor e Salvador de Israel, Criador do mundo por aliança, declaramos que os passos do Messias já são claramente ouvidos e que chegou o momento de reconstruirmos o Templo no Monte Moriá, em Jerusalém, em seu lugar original. ”

O relato cita uma profecia de Isaías [60:4-6] sobre Jerusalém que diz: “Olhe ao redor e veja: todos se reúnem e vêm a você; de longe vêm os seus filhos, e as suas filhas vêm carregadas nos bra­ços. Então você o verá e ficará radiante; o seu coração pulsará forte e se encherá de alegria, porque a riqueza dos mares será trazida a você, e a você virão as riquezas das nações. Manadas de camelos cobrirão a sua terra, camelos novos de Midiã e de Efá. Virão todos os de Sabá carregando ouro e incenso e proclamando o louvor do Senhor”.

De acordo com os membros do Sinédrio, alguns dos locais citados pelo profeta são de territórios árabes. “Conforme profetizado por Isaías o seu papel [dos árabes] é essencial e terão posição honrosa em manter o Templo e apoiá-lo com sacrifícios de cordeiro e incenso para receberem as bênçãos de Deus. Sendo assim, temos certeza de que vocês escolherão meios pacíficos e evitarão a todo custo a hostilidade e a violência. E temos certeza de que juntos abriremos portas para mais amor e respeito”, argumentam.

O documento foi assinado por dezenas de rabinos respeitados e enviado para diferentes principais instituições e líderes árabes. Até o momento, nenhum deles respondeu.

O rabino Yehoshua Hollander, membro do Sinédrio, acredita que a edificação de um novo Templo judeu será “uma ponte importante” para as outras nações.

“Os judeus são ordenados a serem uma nação de sacerdotes”, disse Hollander, citando o versículo de Êxodo 19:6. “Nós devemos servir ao mundo inteiro para se conectar com o Eterno. O Sinédrio os está convidando a se beneficiarem disso, pois o Templo é bom para o mundo inteiro. Esse aspecto universal faz parte da essência do que o Templo é: uma casa de oração para todas as nações.”



Projeto do Terceiro Templo. (Foto: Shuttestock).

O rabino Hillel Weiss, porta-voz do Sinédrio, explicou os motivos que os levaram a escrever a carta: “Não estamos pedindo apoio monetário nem pedindo permissão de governos estrangeiros ou do governo israelense. Construir o Templo não é uma questão política ou legal. A carta não desafia outras religiões…. Estamos apenas pedindo a eles que estejam preparados para tomarem parte no culto de serviço a Deus”.

Local disputado

O monte Moriá, mais comumente chamado de Monte do Templo, fica no centro da Cidade antiga de Jerusalém, que é cercada por muralhas. Ali foi construído o primeiro Templo, pelo rei Salomão, e o segundo por Zorobabel, posteriormente reformado pelo rei Herodes, o grande. No ano 70 d.C. ele foi destruído junto com toda a Jerusalém, pelos exércitos do general Tito.

Desde o século VIII no alto desse monte estão duas mesquitas, a de Omar ou Domo da Rocha – conhecida por sua cúpula dourada – e a de Al Aqsa, termo árabe para “a mais distante”, que tem uma cúpula cinza.

Segundo a tradição oral islâmica, Jerusalém seria o terceiro local mais sagrado do Islamismo, depois das cidades de Meca e Medina, na Arábia Saudita.

Contudo, não existe menção nenhuma a Jerusalém no Alcorão. O trecho inicial da 17ª surata diz: “Glorificado seja Aquele que, durante a noite, transportou o Seu servo, tirando-o da Sagrada Mesquita [de Mecca] e levando-o à Mesquita Mais Distante, cujo recinto bendizemos, para mostrar-lhe alguns dos nossos sinais”.

Escrito em 621 d.C, o livro-base da fé islâmica não dá detalhes de onde ficava essa “mesquita al aqsa”. A narrativa do Alcorão garante que a viagem mística foi feita no lombo de um cavalo alado, chamado Al Buraq, que levou Maomé até um lugar muito longe onde ele subiu aos céus em uma longa escada.

Historicamente, sabe-se que o fundador do islamismo nunca esteve fora da Península Arábica. Somente por volta do ano 715 d.C é que Jerusalém foi associada ao lugar onde supostamente Maomé ascendeu ao céu.

Foi a dinastia dos Omíadas, a primeira do islamismo, que construiu as duas mesquitas no Monte do Templo. Sediados em Damasco, na Síria, os Omíadas governaram um império enorme que incluía o território de Israel.

É o que explica o doutor Mordechai Kedar, professor do Departamento Árabe da Universidade Bar-Ilan, em Tel Aviv. “Jerusalém não é mencionada no Alcorão e não há base crível de que Jerusalém tinha algum significado para Maomé”.

“Jerusalém só teve alguma importância para o Islã no final do século VIII. Impedidos pelos beduínos e guerras tribais na época, eles tentaram trazer a fé muçulmana para mais perto deles. Por isso criaram uma hajj (peregrinação) até Jerusalém, pois não conseguiam chegar até Meca. Eles mudaram o local da Viagem Astral de Maomé para Jerusalém visando justificar sua decisão.”

Porém, isso durou apenas oito anos. “Quando os omíadas conseguiram novamente abrir caminho no deserto para viajar até Meca, Jerusalém foi esquecida”, lembra Kedar. Ela só voltou a ser disputada pelos árabes na época das Cruzadas, quando exércitos de reinos cristãos tentaram tomá-la dos muçulmanos. Com informações Breaking Israel News [2]

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