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domingo, 22 de janeiro de 2017

APÓS LOCALIZAR A CAIXA PRETA COM O GRAVADOR DE VOZ, DO AVIÃO QUE VITIMOU O MINISTRO TEORI ZAVASKI, ESTRANHAMENTE A AERONÁUTICA DESISTIU DE REMOVER O AVIÃO DAS ÁGUAS EM PARATY/RJ - PORQUE SERÁ???? (VÍDEOS)

04:20
APÓS LOCALIZAR A CAIXA  PRETA COM O GRAVADOR DE VOZ, DO AVIÃO QUE VITIMOU O MINISTRO TEORI ZAVASKI, ESTRANHAMENTE A AERONÁUTICA DESISTIU DE REMOVER O AVIÃO DAS ÁGUAS EM PARATY/RJ - PORQUE SERÁ????  (VÍDEOS)
FAB localiza gravador de voz em avião que caiu com Teori e mais quatro



Avião King Air C90GTx, modelo igual ao que levava o ministro do STF Teori Zavascki

O avião que caiu nessa quinta-feira (19) no litoral do Rio de Janeiro com o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki e outras quatro pessoas, sem sobreviventes, possuía um equipamento que funcionava como gravador de voz. A informação foi confirmada na tarde desta sexta-feira (20) pela FAB (Força Aérea Brasileira). Segundo a instituição, o equipamento foi retirado dos destroços da aeronave, na água, hoje no início da tarde.

De acordo com o Cecomsaer (Centro de Comunicação Social da Aeronáutica), em Brasília, militares da FAB fazem uma primeira etapa de investigações, hoje, no local do acidente, a fim de coletar dados que ajudem a identificar as causas da queda da aeronave.

Depois da localização, o gravador de voz passará por uma perícia quer responderá se estava ligado durante o voo, bem como quais conversas foram armazenadas.

O caso também é investigado pelo MPF (Ministério Público Federal) e pela PF (Polícia Federal). O chefe da Delegacia de Polícia Federal de Angra dos Reis, Adriano Soares, abriu inquérito para investigar as circunstâncias do acidente aéreo. Uma equipe de Brasília formada por um delegado, peritos e papiloscopistas atuarão em conjunto em Paraty.

A aeronave decolou do Campo de Marte, aeroporto localizado na capital paulista, às 13h01, e caiu por volta das 13h45, segundo a Marinha. De acordo com informações disponíveis no site da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), o Beechcraft C90GT tem capacidade para sete passageiros, além do piloto. É um avião bimotor turboélice fabricado pela Hawker Beechcraft. A aeronave PR-SOM está registrada em nome da Emiliano Empreendimentos e Participações Hoteleiras Limitada.
Aeronave estava regular, segundo Anac

Ontem, a Anac informou que o avião apresentava certificados de inspeção em dia. Segundo a Anac, não havia nenhuma pendência em relação à aeronave.

A Marinha, por meio do Comando do 1º Distrito Naval, informou que tomou conhecimento por volta das 13h45 da queda da aeronave. Imediatamente, a Agência da Capitania dos Portos em Paraty enviou ao local do acidente uma equipe, a fim de prestar apoio na busca aos tripulantes da aeronave.

FONTE:





Aeronáutica desiste de retirar avião que caiu em Paraty (RJ) da água

Aeronáutica desiste de retirar avião que caiu em Paraty (RJ) da água.
Aeronáutica informou que não tem a responsabilidade de remover. Serviço será feito por uma empresa especializada contratada pela dona do bimotor.


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A Aeronáutica suspendeu o trabalho de retirada do mar dos destroços do avião. Agora o resgate da aeronave será feito por uma empresa especializada, contratada pelos donos do bimotor.

Os trabalhos para retirada do King Air C-90 do mar recomeçaram às sete da manhã. Especialistas do Cenipa, o órgão da Aeronáutica que investiga acidentes aéreos, acompanharam de perto.

Mergulhadores da Marinha prenderam cordas no entorno do avião. E essas cordas foram amarradas à tonéis de ar que fariam o bimotor flutuar.

Mas os tonéis não foram suficientes para deixar a avião no nível do espelho d'água pra ser rebocado.

No início da tarde, a maré alta ajudou os mergulhadores, que conseguiram deixar o avião ancorado.

Na sexta-feira (20), depois do resgate dos cinco corpos, os investigadores disseram que a prioridade era retirar o avião do mar e fazer o transporte para o Rio, onde será feita a perícia.

Mas neste sábado (21), no início da tarde, a Aeronáutica informou que não tem a responsabilidade de remover o avião do local da queda. E que - por lei - esse é um trabalho que deve ser bancado pela empresa proprietária do bimotor.

Depois do anúncio, o chefe da investigação explicou que, desde o início, a grande preocupação era resgatar as vítimas e estabilizar o avião para preservá-lo ao máximo. Segundo ele, a remoção se mostrou bem mais complexa do que parecia.

“Em análise ontem, de ontem para hoje, a gente verificou que a situação era mais complexa do que a gente estava imaginando e ia requerer ações de uma empresa ou de alguém especializado nesse tipo de resgate que seria no mar. E isso, como seria uma empresa, gera custos e pela lei é o próprio explorador da aeronave que é responsável por isso, estão feitas tratativas com o operador para que isso ocorresse”, explicou o coronel Edson Bezerra, investigador responsável Cenipa.

Por nota o Grupo Emiliano, dono do King, Air, disse que já contratou a empresa. De acordo com a nota, a companhia ainda não informou detalhes de logística e prazo de retirada da aeronave.

“Essa empresa terceirizada tem uma série de requisitos que ela tem que cumprir e ela vai providenciar um plano de remoção e esse plano é submetido à Marinha, porque, inclusive, se acontecer alguma coisa, pode até colocar em risco a navegação aqui da região. Então a Marinha do Brasil aprova esse plano e esse plano também vai ser feito junto com a gente, logicamente essa empresa vai estar junto com a gente, porque nós aqui como órgão de investigação, a gente quer ao máximo deixar essa aeronave íntegra possível. O máximo de integridade dessa aeronave possível para que possa iniciar o processo de investigação daqui pra frente”, aponta o coronel.

De manhã o Globocop encontrou o que parecia uma peça do avião. Os técnicos do Cenipa viram a imagem e confirmaram que é a cauda do bimotor, que estava a 300 metros do local da queda.

No fim da tarde, técnicos de uma empresa especializada em transporte de aeronaves acompanharam os investigadores até os destroços. E eles trouxeram o caminhão que será usado para levar o bimotor até o Rio.

Investigação de desastres aéreos não tem prazo, diz especialista

Desde o anúncio do desastre em Paraty, foram muitos e enfáticos os apelos por uma investigação rigorosa e rápida sobre a queda do avião. Mas o laudo final do Cenipa, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, costuma demorar.

O tenente-coronel da reserva da Aeronáutica Luiz Alberto Bohrer organizou o laboratório de destroços do Cenipa. Ele diz que uma investigação não pode ter um prazo pré-determinado.

“Não existe um padrão, tanto que a legislação antiga nossa estabelecia 30 dias, aí o investigador tinha que pedir renovação, o que era um absurdo. Em 30 dias não se analisa nem declarações de testemunha. Então, as investigações, o prazo legal previsto desapareceu”, disse.

Uma investigação começa com a seleção de testemunhas. A coleta de dados no local. A análise dos destroços. Os investigadores buscam indícios de falhas, levantam hipóteses sobre a performance do avião nos momentos finais do voo, fotografam detalhes e retiram partes do avião.

Depois, vem a fase de análise dos dados, de informações médicas e psicológicas dos pilotos, da rota de voo, da meteorologia. Ao longo dos trabalhos, outros profissionais - pilotos, engenheiros, médicos, psicólogos, mecânicos - poderão ser chamados para se juntar à comissão.

“Aí depois que termina isso daí tem que ser feito o parecer, tem que se analisar tudo isso, porque pode ter uma quebra, uma falha, mas que não teve papel importante no acidente. Aí o investigador ou a comissão de investigação junta todos os laudos parciais, faz o laudo final. Aí vem a palavra final que representa o governo brasileiro que diz o acidente aconteceu por causa disto. Aí este relatório depois que é feito, é entregue, podemos dizer: a investigação está concluída”, explicou Bohrer.

A investigação do acidente com o avião da Gol, que em 2006 caiu após ser atingido por outro avião, um Legacy, durou dois anos e dois meses.

Foram dois anos e três meses de investigação no caso do acidente da TAM, que em 2007, ao pousar em Congonhas, ultrapassou a pista e bateu num prédio.

A investigação do acidente que matou o candidato à presidência da República Eduardo Campos e mais seis pessoas em 2014 durou um ano e sete meses.

Em maio de 2015, o avião que transportava Luciano Huck e Angélica com os três filhos e duas babás fez um pouso forçado sem vítimas fatais em Mato Grosso do Sul. Até hoje as investigações não foram concluídas.

Especialistas acreditam que a investigação sobre acidente com o avião em que estava o ministro Teori Zavascki pode ser mais rápida. O avião foi recuperado em boas condições, porque caiu na água e em baixa velocidade.

A Aeronáutica já conseguiu recuperar a caixa com a gravação de voz feita durante o voo. Um avião desse porte não precisa ter esse equipamento, mas o dono mandou instalar, o que deve trazer informações importantes sobre o que aconteceu pouco antes do pouso.

Marinha aprova plano de resgate de empresa contratada, diz Aeronáutica

Além da investigação do Cenipa, tem investigação da PF. Já no dia do acidente, A Associação dos Juízes Federais do Brasil e a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho pediram para que a morte de Teori Zavascki fosse investigada.

O presidente da Ajufe, Roberto Veloso, destacou que a investigação é imprescindível diante das causas da queda do avião. A Anamatra disse que é fundamental que as causas e circunstâncias do acidente sejam apuradas com a maior rapidez e transparência.

Naquele mesmo dia, a Polícia Federal divulgou uma nota confirmando que já havia instaurado inquérito para apurar as causas do acidente em que Teori Zavascki morreu. A PF informou que uma equipe formada por delegados e que a equipe veio para o Rio de Janeiro, e que boa parte desta equipe trabalhou também na investigação do acidente em que morreu o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos.

O presidente da Ajuf, Roberto Veloso, destacou que a investigação é imprescindível diante das causas em que ocorreu a queda.

A Aeronáutica disse que a Marinha aprovou o plano de resgate da empresa que foi contratada para fazer o resgate do avião. O plano vai funcionar assim: tem uma barca vindo de Niterói. Essa barca deve chegar em Paraty no domingo (22). Assim que ela chegar, o avião será içado e a barca segue com os destroços para Angra dos Reis. De Angra, o avião segue de caminhão para o Rio de Janeiro, onde será feita a perícia. O pessoal do Cenipa vai acompanhar todo o trabalho.


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Filho de Teori diz que recebia ameaças por telefone

03:20
Filho de Teori diz que recebia ameaças por telefone



O advogado Francisco Zavascki, filho do ministro do Supremo Tribunal Federal

Por causa da "gravidade das coisas" e das "pessoas envolvidas" nas delações da Lava Jato, o ministro Teori Zavascki, 68, andava preocupado. É o que contou à Folha o seu filho mais novo, o advogado Francisco Zavascki, 37.

Teori estava prestes a homologar as 77 delações da Odebrecht, o maior acordo de colaboração da Lava Jato, quando morreu em um acidente de avião na última quinta-feira (19).

As revelações de funcionários da construtora envolvem figuras importantes da política nacional, de diversos partidos. O presidente Michel Temer (PMDB) foi citado 43 vezes no relato já divulgado de Cláudio Melo Filho, ex-vice-presidente de Relações Institucionais da empreiteira.

Antes da queda do avião de Teori, a família já temia pela segurança porque ameaças não eram raras, especialmente para os familiares do ministro.

"Era uma coisa que realmente preocupava a gente e ele [Teori] também", disse Francisco. Leia trechos da entrevista concedida nesta sexta-feira (20).

Folha - Seu pai demonstrava estar muito envolvido com o trabalho, por causa da delação da Odebrecht?

Francisco Zavascki - Ele tirou uns dias de férias em que se propôs a não falar de trabalho. Agora já tinha dado por encerradas férias e já estava com a cabeça no trabalho, já estava preparando a homologação.

Ele estava preocupado com o resultado? Estava confiante?
O que ele me comentou é que estava muito preocupado pela gravidade das coisas que ele tinha tido conhecimento nas delações e pelas pessoas envolvidas.

Ele citava nomes ou te contava detalhes?
Não. Ele sempre foi muito reservado e eu sempre fiz questão de não querer saber muito para quando me perguntassem, eu não precisasse mentir. Eu não sabia mesmo.

Circulou na internet um comentário seu postado em uma rede social dizendo que "se algo acontecesse a sua família vocês já sabem onde procurar". Seu pai comentou sobre receber ameaças nesse período?
A gente teve várias coisas assim [ameaças], como mensagem por rede social, e-mail, telefone e tal. De receber ligação, de tudo.

As ameaças eram diretamente para seu pai ou para a família?
Pra gente era mais, especialmente. É muito chato. Era uma coisa que realmente preocupava a gente e ele também, pelos interesses todos envolvidos [na Lava Jato]. A gente ficou bastante preocupado.

Em 2016, um grupo ligado ao Movimento Brasil Livre (MBL) colocou faixas no prédio do seu pai, chamando-o de traidor, e bateram panelas enquanto o chamavam de "bolivariano". Ele ficou abalado?
Não. Mas a gente ficou preocupado de alguém fazer uma bobagem. Sobre o protesto em si, quer protestar, protesta. Mas as pessoas não entenderam naquele momento o que é que estava sendo realmente decidido [Teori determinou que o juiz Sergio Moro enviasse ao STF as investigações da Lava Jato que envolviam o ex-presidente Lula]. O protesto em si não teve problema. O medo era de alguém fazer justiça com as próprias mãos, né.

Sobre o acidente, o que você acha que aconteceu?
[Suspiro] Não tenho nenhum dado para dizer que não foi acidente. Tem que ser investigado, muito seriamente, mesmo. A família está convocando todo mundo a acompanhar, especialmente vocês da imprensa que tem um papel fundamental que tem sido exercido ao longo desse período. Convocando todas as instituições que puderem colaborar para que não se tenha dúvidas sobre o que aconteceu, seja lá o que aconteceu. A gente não tem "acho isso ou aquilo". Até porque seria leviano a gente começar a dizer uma coisa ou outra nesse momento.

Como seu pai usava o tempo livre em Porto Alegre?
Ele encontrava os amigos. Geralmente, no sábado, tinha almoço com os filhos e netos. Aproveitava para sair do circuito de Brasília quando vinha para cá, dava uma "desligada" e conseguia ficar mais quieto. Também tinha a confraria dos amigos dele, se encontravam em uma churrascaria. A confraria é composta por boa parte da "velha guarda" dele aqui de Porto Alegre, do tempo da faculdade. Tudo gente jovem de cabelo branco [risos].

Como era a convivência dele com os netos?
Ele adorava. Fazia muito brincadeira com eles, ficavam brincando. No período da praia [antes do acidente], ia para a praia com eles. Estavam em Xangri-lá [litoral norte gaúcho]. Até no WhatsApp [escrevia]: "vamos para a praia, vamos para a piscina!". Estavam sempre juntos. Ele era muito presente, procurava estar junto.


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No Facebook, filho de Teori Zavascki alertou sobre possível atentado contra sua família

Em publicação de maio de 2016, Francisco Zavascki comentou ser “óbvio” a existência de movimentos para frear a Lava Jato


Divulgação/Facebook
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O filho do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, vítima de acidente de acidente aéreo em Paraty, no Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (19/1), já havia alertado via redes sociais sobre um possível atentado contra sua família.

Na publicação de maio de 2016, Francisco Zavascki comentava sobre a Operação Lava Jato, a qual Teori era relator, e dizia ser “óbvio que há movimentos dos mais variados tipos para frear a ação”. À época, a nota chegou a ser repercutida na imprensa.

“Penso que é até infantil imaginar que não há, isto é, que criminosos do pior tipo (conforme o MPF afirma) simplesmente resolveram se submeter á lei! Acredito que a Lei e as instituições vão vencer. Porém, alerto: se algo acontecer com alguém da minha família, vocês já sabem onde procurar…! Fica o recado!”, disse.



Divulgação

Tragédia

O bimotor em que Teori estava decolou às 13h01 do Campo de Marte, em São Paulo, e estaria com quatro pessoas a bordo. O avião é da empresa Emiliano Empreendimentos e Participações Hoteleiras, e tinha como destino a cidade fluminense.


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'Ele demonstrou preocupação com o que vinha', diz filho de Teori Zavascki (VÍDEO)

03:10
'Ele demonstrou preocupação com o que vinha', diz filho de Teori Zavascki  (VÍDEO)
'Ele demonstrou preocupação com o que vinha', diz filho de Teori Zavascki
Francisco se refere à homologação da delação de executivos da Odebrecht.
Ministro morreu após a queda de avião em Paraty, no RJ, nesta quinta (19).



Filho de Teori, Francisco Zavascki, fala sobre a morte do pai (Foto: Reprodução/RBS TV)

Relator dos processos da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Teori Zavascki vinha demonstrando "preocupação com o que tinha para acontecer" por conta das informações a que teve acesso, diz Francisco Prehn Zavascki, filho do magistrado. Teori, que morreu nesta quinta-feira (19) na queda de um avião em Paraty (RJ), estava prestes a homologar a delação premiada de ex-executivos da empreiteira Odebrecht, envolvida no esquema de corrupção na Petrobras.

“Ele demonstrou bastante preocupação com o que vinha. Ele realmente estava muito preocupado com o que tinha para acontecer. Ele teve acesso a informações que tinham deixado ele bastante preocupado com o futuro das coisas”, afirmou Francisco ao receber a reportagem do G1 em seu escritório no bairro Boa Vista, na Zona Norte de Porto Alegre, na manhã desta sexta-feira (20).




Teori tinha todo processo da Lava Jato na cabeça,
diz filho Francisco (Foto: Reprodução/TV Globo)

O filho do ministro do STF diz que, em conversa recente, o pai não falou sobre particularidades das delações. Francisco lembra que Teori era uma pessoa reservada e que tinha todo o processo da Lava Jato na cabeça.

“Ele não entrou em detalhes, só realmente demonstrou preocupação. Por isso, ele queria fazer [a homologação] o mais rápido possível, dar início às investigações e cumprir o papel dele. Ele tinha todo o processo na cabeça. Toda a estratégia de como seguir daqui a diante. Acho que se perde uma quantidade de informação muito grande”, afirmou.

Agora, a homologação das delações premiadas pode sofrer atraso até que seja designado um novo relator para tratar dos processos contra políticos no Supremo Tribunal Federal.

Especulações sobre morte
Indagado a respeito das especulações sobre a morte do pai, Francisco afirma que “seria leviano” fazer qualquer conclusão, e deixa para a investigação concluir as circunstâncias da queda do avião. Entretanto, afirmou: “não gostaria de ser órfão de um pai assassinado”.

“Seria muito ruim para o país, extremamente pernicioso, que se imagine que um ministro foi assassinado. Que um juiz, seja ele de primeira instância, seja ele do Supremo Tribunal Federal, seja assassinado por causa de um processo que julgue”, afirmou para, então, finalizar com a afirmação que “eu torço para que tenha sido uma fatalidade, que tenha chegado a hora dele”.

O acidente
O avião prefixo PR-SOM era um modelo Hawker Beechcraft King Air C90 e pertencia ao grupo Emiliano Empreendimentos. De pequeno porte, tinha capacidade para oito pessoas.

Segundo a Infraero, a aeronave decolou às 13h01 do Campo de Marte, em São Paulo, com destino a Paraty, e caiu próximo à Ilha Rasa, a 2 km de distância da cabeceira da pista do aeroporto da cidade fluminense. O acidente ocorreu por volta das 13h45.

Ainda não está totalmente claro o que ocorreu. Chovia bastante no momento do queda, segundo imagens de radar. O mau tempo é um fator que pode comprometer a aproximação do aeroporto de Paraty, em que as aterrissagens só podem acontecer em condição visual.

Testemunhas disseram que não houve explosão. Uma delas afirmou ter visto o avião voando baixo ao fazer uma curva e batendo uma das asas no mar.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou que a documentação da aeronave estava regular. O certificado era válido até abril de 2022, e inspeção da manutenção (anual) estava válida até abril de 2017.

O piloto Osmar Rodrigues, de 56 anos, era conhecido por ser "muito cuidadoso" e chegou a dar palestra para outros pilotos sobre como fazer a rota São Paulo-Paraty, segundo informações do Bom Dia Brasil.

Investigações
A apuração das razões técnicas que contribuíram para o acidente, como a influência do mau tempo, da aeronave e do piloto, ficam a cargo do Cenipa, que esteve no local da queda na quinta-feira. Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF) irão apurar se houve eventual intenção deliberada de derrubar o avião.

O MPF de Angra dos Reis, no litoral sul do Rio de Janeiro, abriu inquérito a respeito. A responsável é a procuradora da República Cristina Nascimento de Melo.

Na PF, o inquérito está sob responsabilidade do delegado chefe da corporação em Angra, Adriano Antonio Soares. O policial aguarda a chegada em Angra de um grupo da PF de Brasília, especializado em acidentes aéreos.





VÍDEO:
ENTREVISTA AO JORNAL NACIONAL




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Globo 'comemora' morte de Teori Zavascki e Padilha fala em ganho de tempo

03:03
Globo 'comemora' morte de Teori Zavascki e Padilha fala em ganho de tempo

Ao comentar abertura do mercado financeiro, jornalista da ‘Globo News’ afirma que ações abrem em alta e entre os fatores está a morte do ministro do STF


"Claro que a morte do Teori Zavascki também está na mesa dos investidores", disse a jornalista

São Paulo – “É simplesmente inacreditável que o mercado financeiro veja como positiva a morte de Teori Zavascki. A explicação, dada pela jornalista da Globo, assusta pela completa falta de humanismo diante de um acidente trágico”, escreveu ontem (20) o deputado federal Ivan Valente (Psol-SP) em sua página no Facebook, ao postar vídeo de notícia da Globo News sobre o comportamento do mercado financeiro.

O próprio título é cruel com o ministro morto em acidente aéreo em Paraty na quinta-feira (19): “Mercado financeiro abre positivo com dados da China, posse de Trump e morte de Teori”. Na matéria divulgada na manhã de ontem (20), na abertura dos trabalhos do mercado financeiro, a jornalista Thais Herédia afirma: “Claro que a morte do Teori Zavascki também está na mesa dos investidores, eu conversei com vários analistas e gestores de fundos de investimentos, tenho falado com eles desde ontem, e é uma análise bastante fria, porque é uma análise que leva em conta o risco, o custo e o preço dos ativos financeiros que estão sendo negociados agora. A análise é fria porque ela leva em consideração que a morte do ministro Teori Zavascki atrasa toda a avalanche que seria causada pela homologação das delações, a famosa delação do fim do mundo e isso daria mais tempo ao governo do presidente Michel Temer, e à equipe econômica, que carrega uma grande credibilidade a continuar tocando coisas da economia, e abre também espaço para que a reforma da Previdência avance mais”.

“Para além da indecência moral de se comemorar a morte de alguém, o que se vê é uma postura complacente com a corrupção. A demora no julgamento dos envolvidos na Lava Jato ajuda politicamente o governo. Escárnio é pouco!”, afirmou Valente. “Vejam: aqueles que exigem reforma da previdência, o congelamento dos gastos sociais pelos próximos vinte anos, corte nos direitos trabalhistas são os mesmos que comemoram hoje a morte de Teori Zavascki”, disse ainda.

Outro que comemorou a morte de Teori Zavascki foi o ministro da Casa Civil Eliseu Padilha, que disse ontem em Porto Alegre à Folha de S.Paulo: "A morte, por certo, vai fazer com que a gente tenha, em relação à Lava Jato, um pouco mais de tempo agora para que as chamadas delações sejam homologadas ou não".


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Imprensa internacional repercute morte de Teori Zavascki

02:47
Imprensa internacional repercute morte de Teori Zavascki



A imprensa internacional repercutiu e deu destaque à morte do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, 68, em um acidente aéreo.

O jornal The New York Times, maior jornal dos Estados Unidos, destacou em manchete no seu site: "Juiz brasileiro que supervisionava casos de corrupção morre em acidente de avião".

A matéria, oriunda da Associated Press no Rio de Janeiro, destaca o papel central desempenhado pelo ministro "na investigação de casos de corrupção maciça no maior nação da América Latina". A reportagem salienta ainda o fato de que a morte de Teori foi primeiramente confirmada pelo seu filho, Francisco, em sua página do Facebook.

O espanhol El País salientou o fato de o ministro ser o responsável por "homologar as chamadas acusações do fim do mundo: as dezenas de delações de executivos da empresa Odebrecht, que descrevem com detalhes como subornavam a classe política".

A agência italiana de notícias ANSA destacou em manchete: "Filho de Teori relatou ameaças: 'Vocês sabem onde procurar'", detalhando que Francisco Prehn Zavascki chegou a escrever em seu perfil no Facebook um post sobre possíveis ameaças contra a família. 

A agência italiana frisou ainda que o ministro "era relator dos processos ligados à Operação Lava Jato no STF e já tinha começado a trabalhar na homologação da delação premiada de 77 executivos da empreiteira Odebrecht. Os casos que estavam em suas mãos envolviam algumas das mais altas figuras da República e os principais partidos do país".

O jornal argentino El Clarín, por sua vez, disse que "a morte do magistrado causou especulações e uma onda de reações no governo, imprensa e redes sociais" brasileiras.

O periódico destacou que "no momento do acidente a região estaria sob condições meteorológicas adversas, sob forte tempestade, o que pode ter obrigado o piloto a voar mais perto da água" e que "testemunhas disseram que chovia torrencialmente na hora do acidente".

A Rádio França Internacional (RFI) também repercutiu a notícia da morte do ministro. O texto destaca a informação de que o presidente Michel Temer decretou luto oficial de três dias no país. Deu destaque ainda à declaração de Temer de que Teori era um "orgulho" para todos os brasileiros e "um homem público cuja trajetória impecável a favor do Direito e da Justiça sempre o distinguiram".


Reproduçaõ/Nytimes


Reprodução do The New York TimesO jornal americano Washington Post ressaltou que o juiz Teori Zavascki teve um papel importante na investigação de esquemas de corrupção envolvendo a Petrobras e que muitos brasileiros e até grupos internacionais como a Transparência Internacional expressaram imediatamente temores de um "possível jogo" sujo e exigiram uma investigação aprofundada.

O canal de televisão CNN destacou em seu site que o juiz do Supremo Tribunal Federal, supervisionava a investigação de um escândalo de suborno que envolvia dezenas de políticos e líderes empresariais mais influentes do país. A publicação ressalta que a morte de Teori Zavascki provavelmente levantará preocupações sobre como a investigação irá prosseguir.

O site da BBC britânica destacou que Teori Zavascki supervisionava uma investigação de corrupção em massa na Petrobras. A publicação ressaltou que coma morte do juiz o Supremo terá um desafio extra para convencer o público "de que pode resistir à pressão dos poderosos". (Com informações da Agência Brasil).



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IMPRENSA CONTROLADA: Morte de Teori Zavascki alimenta teorias da conspiração

02:44
IMPRENSA CONTROLADA: Morte de Teori Zavascki alimenta teorias da conspiração


morte do ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki num acidente de avião em Paraty (RJ), nesta quinta-feira (19), movimentou as redes sociais com teorias da conspiração.

A linha de pensamento que prepondera: Zavascki é relator da Lava Jato, operação que transferiu dos círculos do poder para a cadeia de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) a Marcelo Odebrecht. Seria, portanto, natural que quisessem tirá-lo do caminho.

Como sintetiza o músico Lobão no Twitter: "APAGARAM O TEORI!".

Reprodução 



Lobão, músico

As causas que levaram à queda do monomotor ainda não foram apuradas. Personalidades de todos os espectros políticos, contudo, sugerem que pode haver algo de criminoso por trás do acidente.

"Tem que investigar a queda do avião, sim! Queremos investigação transparente, feita por equipe formada por membros de vários órgãos", tuitou Janaina Paschoal, coautora do pedido de impeachment de Dilma Rousseff.


Reprodução 


Janaina Paschoal, autora do pedido de impeachment de Dilma Rousseff

Na mesma publicação, ela replica antigo post atribuído a Francisco Prehn Zavascki, filho do ministro. A mensagem –publicada nas redes sociais e depois deletada– sugere que Francisco temia pelos Zavasckis.

Às 23h06 de 26 de maio de 2016 ele escreveu, segundo publicou na época o "Estado de S. Paulo": "É óbvio que há movimentos dos mais variados tipos para frear a Lava Jato. Penso que é até infantil imaginar que não há, isto é, que criminosos do pior tipo (conforme o Ministério Público Federal afirma) simplesmente resolveram se submeter à lei! Acredito que a Lei a as instituições vão vencer. Porém, alerto: se algo acontecer com alguém da minha família, vocês já sabem onde procurar...! Fica o recado!".

Um dos principais investigadores da operação da Polícia Federal, o delegado Marcio Adriano Anselmo foi outro a pedir investigação "a fundo" sobre a fatalidade "na véspera da homologação da colaboração premiada da Odebrecht". Ele destacou a palavra "acidente" entre aspas.

Em conversas privadas, o ex-presidente petista Lula reforçou a necessidade de investigar o caso, segundo a Folha apurou. O vereador Eduardo Suplicy (PT-SP) seguiu a mesma toada: "É importante que as causas do acidente sejam apuradas".

'É UM CARA FECHADO'

Um diálogo divulgado em maio entre o então ministro do Planejamento, Romero Jucá (PMDB-RR), e o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, também deu combustível aos conspiradores virtuais.

Dizia Machado, em trecho que à época foi interpretado como uma tentativa de estancar a sangria política desatada pela Lava Jato: "Um caminho é buscar alguém que tem ligação com o Teori, mas parece que não tem".

"Não tem", rebate Jucá. "É um cara fechado, foi ela [Dilma] que botou, um cara... Burocrata da... Ex-ministro do STJ [Supremo Tribunal de Justiça]."

O perfil da Dilma Bolada, paródia da ex-presidente administrada pelo publicitário Jeferson Monteiro, foi um dos que republicaram uma matéria da Folha que terminava com este trecho.

Outro ponto que atiçou o batalhão virtual: se Teori desagradava, quem assumirá a relatoria da Lava Jato? A vaga do ministro no Supremo, assim como o cargo de relator, poderão ficar com um ministro a ser indicado pelo presidente Michel Temer.

Seu partido, o PMDB, tem vários integrantes implicados na Lava Jato. O próprio Temer foi envolvido em esquemas de corrupção por delatores, embora nenhum inquérito tenha sido aberto contra ele até hoje.

As redes sociais evocaram outras mortes envolvendo políticos e desastres aéreos, sempre em momentos cruciais da história. Os nomes do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos e do ex-presidente da Câmara Ulysses Guimarães passaram horas entre os tópicos mais populares do Twitter.

Campos (PSB) morreu após seu jato cair em Santos (SP), em 2014. Ele disputava a Presidência da República e estava em terceiro lugar nas pesquisas, atrás de Dilma (PT) e Aécio Neves (PSDB).

Já Ulysses (PMDB), um dos ícones da redemocratização do Brasil, estava num helicóptero que tombou no litoral fluminense, em 1992. Ele presidiu a Assembleia Nacional Constituinte, que pariu a Constituição de 1988.

Como deputado, brigou para que a votação do impeachment de Fernando Collor não fosse secreta. Morreu dez dias após o presidente cair.

Entre os termos mais em voga no Twitter (trending topics) apareceu também "House of Cards", série americana sobre um político sem escrúpulos que chega à Casa Branca após sucessivos golpes nos bastidores de Washington.

Disse uma internauta: "Se isto fosse um episódio de 'House of Cards', todos achariam que os roteiristas foram longe demais nesta temporada".

Uma campanha virtual pede que o juiz Sérgio Moro vá para a vaga de Teori no Supremo. Mas ele precisaria se cuidar, pois pode ser o próximo alvo, especulam tuiteiros como Victor Berriel: "Se eu sou o Moro não ia nem comprar pão mais".



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Morte de Teori Zavascki tem forte impacto na Lava Jato

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Morte de Teori Zavascki tem forte impacto na Lava Jato

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A discussão agora é sobre quem vai sucedê-lo como relator da operação. Cabe a Michel Temer escolher quem vai ocupar a vaga de Teori Zavascki.

Com a morte de Teori Zavaski, cabe a Michel Temer escolher quem vai ocupar a vaga do ministro no Supremo Tribunal Federal. Pessoas ligadas ao presidente dizem que a escolha do substituto de Teori será rápida, mas não há um prazo para essa indicação.

A bandeira do Brasil, em frente ao Supremo Tribunal Federal, foi hasteada na manhã dessa sexta-feira (20) a meio mastro. É o sinal de luto de três dias, decretado por Temer. Pela Constituição, cabe ao presidente outro gesto: é Temer quem vai indicar o ministro que vai ocupar a vaga de Teori no Supremo, uma decisão que pela lei é compartilhada com o Senado Federal.

O Senado, que tem 13 senadores investigados na Lava Jato, precisa sabatinar o futuro indicado e aprovar o nome do novo ministro no Plenário. Não há prazo para Michel Temer fazer a indicação.




A escolha de um ministro do Supremo Tribunal Federal é sempre uma decisão delicada. No caso do substituto de Teori Zavascki será ainda mais. O novo ministro pode herdar a relatoria dos processos da Lava Jato.

Os critérios para substituição em caso de aposentadoria, renúncia ou morte de um relator estão previstos no regimento interno do Supremo. O artigo 38 diz que nessas circunstâncias, o relator de um processo é substituído pelo ministro nomeado para a sua vaga. Neste caso, a Lava Jato iria para um novo ministro a ser indicado por Temer.

Mas o artigo 68 do regimento lista uma série de situações em que caberia à presidente do Supremo, ministra Carmem Lucia, pedir a redistribuição dos casos. Esse mesmo artigo diz que a presidente pode, em caráter excepcional, nos demais feitos, fazer uso dessa faculdade, o que daria a Carmen Lucia a possibilidade de promover o sorteio de um novo relator para a Lava Jato. Como já aconteceu em 2009, quando morreu o ministro Menezes Direito, o ministro Gilmar Mendes, então presidente do Supremo, determinou a redistribuição dos processos dele citando o artigo 68: “O Supremo pode, os ministros decidirem pela importância do caso, sortear o processo para um novo ministro dentro dos que já estão no Supremo. Nesse caso nós teremos uma nomeação mais rápida, mas, mesmo assim, quem entrar vai ter meses de trabalho”.

Nos casos criminais, o Supremo Tribunal Federal é dividido em duas turmas. O artigo 10 do regimento interno diz que o sorteio seria feito apenas entre os membros da segunda turma, da qual Teori fazia parte. Mas como a Lava Jato cita autoridades que só podem ser julgadas pelo pleno do Supremo, como o próprio presidente da República, Michel Temer, e os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Renan Calheiros, juristas entendem que teria que ser entre todos os ministros da corte, exceto a presidente Carmem Lucia.

“Me parece que este juízo de conveniência e oportunidade deve ser exercido para evitar um constrangimento de que as autoridades públicas que são investigadas na Lava Jato possam escolher o juiz que presidirá estes processos”, afirma Gustavo Binenbojm, professor de direito da UFRJ.

Esse é o entendimento do ministro Marco Aurélio, que afirma que a escolha do novo relator tem que ser urgente, para que o andamento dos processos não seja comprometido. O senador Randolfe Rodrigues, da Rede, também defende que a decisão seja rápida: “Deve ser célere primeiro, porque há uma exigência da sociedade brasileira para isso. Segundo, não me parece adequado que o próximo relator do caso seja designado por indicação daqueles que estão sendo investigados no Supremo Tribunal Federal.

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