Após semana tensa, manifestações populares, pedidos de impeachment e pedidos de afastamento da presidente por parte da oposição marcam o dia.
Presidente pode estar com dias contados no poder
Um dia após a divulgação da delação de Delcídio de Amaral, Lula foi levado coercitivamente para depor na operação Lava Jato. Em meio à repercussão nacional, a presidente da república, Dilma Rousseff, usou o fim da tarde dessa sexta-feira, 4, para fazer um pronunciamento em rede nacional de rádio e TV.
Discurso pronto e duvidoso
Em discurso contraditório, Dilma se defendeu detalhadamente de uma acusação que ela diz não existir. Entrou em detalhes sobre a CPI dos Bingos e mostrou total desunião entre os companheiros petistas nessa fase 'difícil', deixando claro que 'o Lula que se defenda' e 'Em 2006 eu não era a presidente'. As falas de Dilma, evidenciaram que em um momento ruim para ela e para Lula, os dois se distanciaram e agora é cada um por si nos próximos dias.
Consequências da semana tensa do PT e cia
Com a repercussão da delação 'fictícia' que foi negada até mesmo por Delcídio após a divulgação da revista 'Isto É' e da cobertura feita pelo 'Jornal Nacional' na noite de ontem, 3, a OAB decidiu analisar a delação de Delcídio e se for confirmada as declarações, farão um novo pedido de impeachment de Dilma.
Além disso, o pedido de impeachment de Dilma aceito por Eduardo Cunha no ano passado pode ser votado em breve e com a atual situação política, os parlamentares podem adiantar a votação. A oposição do partido quer o afastamento de Dilma por conta das acusações feitas na delação. Dilma já se defendeu mais de uma vez dizendo não ter culpa de nada que estão lhe acusando.
O mundo olhando para o Brasil
Além de ter garantido cobertura dos principais meios de comunicação da TV, Rádio e internet no Brasil, a situação política brasileira e Lula sendo levado coercitivamente para depor repercutiu nos principais jornais impressos, digitais e televisivos do mundo, como programas da CNN, os jornais 'The Guardian', 'Clarin', 'El País', 'The New York Times', 'The Independent', 'Le Monde', entre outros.
Muitos programas de TV internacionais levantaram o discurso do fim de uma 'Era' no Brasil e os gritos incompreendidos das ruas sendo concretizados quase dois anos após a onda de manifestações populares contra o governo atual e a corrupção no Brasil. Alguns noticiários aproveitaram para cogitar as hipóteses de destino da política brasileira com uma possível prisão de Lula e impeachment da presidente Dilma. Desde que foi divulgada a operação na casa de Lula, o nome do ex-presidente se tornou o assunto mais falado em todo o mundo pelo Twitter.
A próxima semana será decisiva para a continuidade do cargo de Dilma. Michel Temer, embora não tenha se pronunciado sobre a saída de Dilma, tem demonstrado que estaria pronto para assumir o cargo de Rousseff, bem como o PMDB pode apoiar seu impeachment. Caso o pedido de afastamento seja aprovado ou o julgamento do impeachment comece nos próximos dias, Dilma é obrigada a se afastar até uma decisão definitiva sobre seu futuro no cargo.
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