ILLUMINATI - A ELITE PERVERSA

terça-feira, 1 de março de 2016

WikiLeaks: Documentos Mostram Que a NSA Espionava Líderes Mundiais Em Nome das Companhias Petrolíferas

14:13
 WikiLeaks:  Documentos Mostram Que a NSA Espionava Líderes Mundiais Em Nome das Companhias Petrolíferas

Por John Vibes

De acordo com documentos publicados pelo WikiLeaks nesta semana, a NSA espionava vários líderes mundiais em nome das companhias petrolíferas. Os documentos revelaram que a NSA espionava as reuniões privadas de líderes mundiais, como chefe da ONU Ban Ki-moon, a chanceler alemã, Angela Merkel, e outros políticos europeus.

A discussão entre Ban Ki-moon e Merkel foi envolvendo poluição ambiental e o impacto que os combustíveis fósseis tinha sobre o meio ambiente, e de acordo com a liberação WikiLeaks, a NSA estava escutando com a finalidade de reunir informações para empresas de petróleo.

"Hoje nós mostramos que as reuniões privadas secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon sobre como salvar o planeta da mudança climática foram incomodado com uma intenção país em proteger seus maiores empresas de petróleo", fundador do WikiLeaks, disse Julian Assange em um comunicado.


"Nós publicado anteriormente ordens de Hillary Clinton que diplomatas dos EUA estavam a roubar DNA do Secretário-Geral. O governo dos EUA assinou acordos com a ONU que não vai se envolver em tal conduta contra a ONU - e muito menos o seu Secretário Geral. Será interessante ver a reação da ONU, porque se o Secretário-Geral podem ser direcionados sem consequências, em seguida, todos de líder mundial de varredor de rua está em risco ", acrescentou.

De acordo com o release:

WikiLeaks publica documentos altamente secretos que mostram que a NSA escutas reuniões entre o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, ea chanceler alemã Angela Merkel, entre Israel primeiro-ministro Netanyahu eo primeiro-ministro italiano Berlusconi, entre essencial da UE e os ministros do Comércio japonês, discutindo seus comerciais vermelhas linhas secretas nas negociações da OMC, bem como detalhes de um encontro privado entre o então presidente francês, Nicolas Sarkozy, Merkel e Berlusconi.

Os documentos também revelam o conteúdo das reuniões de estratégia em um nível de Ban Ki Moon com Merkel sobre a mudança climática, a mendicância Berlusconi de Netanyahu para ajudá-lo lidar com Obama, para Sarkozy dizendo Berlusconi que o sistema bancário italiano em breve "pop como uma rolha".

 

Estas novas revelações levantam questões sobre a influência que elementos dentro da indústria de petróleo têm sobre as agências governamentais secretas, como a NSA. Não foi revelado qual empresa foi responsável, nem se eles pagaram qualquer tipo de dinheiro, todos esses detalhes foram obviamente mantido "off the record".

No entanto, esta não seria a primeira vez que o complexo industrial militar do governo dos EUA tomou medidas em nome de empresas norte-americanas. Na verdade, ele tem estado a acontecer em uma base diária, em todo o planeta, por muitas décadas, conforme documentado no livro Confissões de um Hitman Económica , onde um ex-consultor US narrou sua experiência derrubar líderes democraticamente eleitos que foram não colabora com US interesses corporativos.


FONTE:
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NOM: Vai haver um colapso da Zona Euro, diz ex-governador do Banco de Inglaterra

14:00
NOM: Vai haver um colapso da Zona Euro, diz ex-governador do Banco de Inglaterra

Mervyn King, ex-governador do Banco de Inglaterra

Num livro que vai apresentar esta terça-feira na London School of  Economics, Mervyn King prevê que o peso da dívida soberana na zona euro se tornará excessivo para ser consistente com a estabilidade política

JORGE NASCIMENTO RODRIGUES

O nível das dívidas públicas na zona euro requer um processo de integração que passe por reduções significativas que exigiriam a vontade política de alguns países em resgatar outros, o que poderá não ser exequível. Esse fardo poderá tornar-se demasiado grande para ser consistente com a estabilidade política na zona. O resultado será um colapso.

Em suma, é uma das teses que Mervyn King, governador do Banco de Inglaterra durante uma década, até julho de 2013, vai discutir esta terça-feira ao final da tarde em Londres, na London School of Economics. O tema faz parte do seu mais recente livro “The End of Alchemy: Money, Banking, and the Future of the Global Economy”, acabado de publicar pela editora Little, Brown, no Reino Unido, e que terá uma versão pela W. W. Norton que será lançada nos Estados Unidos a 21 de março.

“A União Monetária gerou um conflito entre uma elite centralizada, por um lado, e as forças da democracia a nível nacional, por outro. Isto é extraordinariamente perigoso”, refere King, que vaticina que os periféricos do euro acabarão por se cansar dos sacrifícios que terão de fazer para a permanência no euro. “O contra-argumento - que uma saída do euro levaria ao caos, provocaria a queda dos padrões de vida e prolongaria a incerteza sobre a sobrevivência da união monetária – tem verdadeiramente peso”, escreve o autor, para depois explicar o que provoca a “fadiga”: “Mas se a alternativa é uma austeridade que esmaga, a continuação de desemprego em massa e a ausência de fim à vista para o fardo da dívida, então a saída do euro pode ser a única forma de traçar uma rota de regresso ao crescimento e ao pleno emprego. Os benefícios a longo prazo superam os custos de curto prazo [da saída]”.

O problema passa pela Alemanha. “A tentativa de encontrar um meio termo não está a resultar. Um dia, os eleitores alemães podem rebelar-se contra as perdas que lhes são impostas pela necessidade de apoiar os seus irmãos mais fracos, e sem dúvida, então, a maneira mais fácil de dividir a zona euro seria a própria Alemanha sair dela", escreve King.

Semelhanças com os anos 30 do século XX

A obra do ex-governador, atualmente professor de Economia e Direito na Universidade de Nova Iorque e de Economia na London School of Economics, sobre o “fim da alquimia” não está focada na zona euro, aborda os desequilíbrios da economia e finança globais e o facto, na sua opinião, dos líderes mundiais não terem atacado as causas da última grande crise financeira de 2007 e 2008. King dirigiu o Banco de Inglaterra durante os anos da crise financeira.

O ex-governador encontra muitas semelhanças históricas com o período entre as duas guerras mundiais no século XX, quer no período da bolha anterior à Grande Depressão, quer depois, nos anos 1930, incluindo a dose de austeridade imposta em muitas partes da Europa para manter. agora, o euro, e, então, o padrão ouro.

“Se a próxima crise vai ser mais um colapso do nosso sistema económico e financeiro, ou se vai assumir a forma de um conflito político ou mesmo militar, é impossível dizer. Nem é inevitável. Mas só uma nova ordem mundial poderá impedir tal resultado. Esperemos que a pressão dos acontecimentos guie os estadistas”, conclui King.

O penhorista para todas as estações

Conclui, agora, que o dinheiro e a banca são as “partes mais defeituosas do sistema capitalista”, habituadas a uma dada “alquimia”. “Esta forma de alquimia não deve der banida, mas deve ser-lhe fixado um preço”, diz. Por isso, King avança com uma solução: "Os condutores têm de ter um seguro contra terceiros antes de poderem conduzir. Os bancos devem fazer o mesmo. Eles devem colocar uma boa parte dos seus ativos no Banco de Inglaterra, de modo a que, se as coisas derem para o torto, os depositantes possam ser pagos da noite para o dia. Deste modo, nenhuma corrida aos bancos ocorreria".

Ele fala de uma função "casa de penhores" para os bancos centrais, da necessidade de um "penhorista para todas as estações" (usa o acrônimo em inglês PFAS). Escreve King: “A essência de uma casa de penhores de sucesso é a vontade de emprestar a qualquer um contra colaterais extremamente valiosos. Em 2008, os bancos tinham muito poucos 'relógios de ouro' e abundavam os estragados, e os bancos centrais foram obrigados a emprestar contra colaterais inadequados, de modo a salvar o sistema. Antes da próxima crise, seria sensato certificar-se que o sistema bancário tem suficientes garantias de colaterais, incluindo reservas no banco central, para poder rapidamente usar os fundos para satisfazer a procura de depositantes em fuga e de credores que tenham decido não renovar o financiamento”.

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domingo, 28 de fevereiro de 2016

O teólogo Leonardo Boff, AFIRMA: Aquecimento global é "uma sentença de morte" - E o Climagate, onde fica???

09:27
O teólogo Leonardo Boff, AFIRMA: Aquecimento global é "uma sentença de morte" - E o Climagate, onde fica???


O teólogo Leonardo Boff elencou na terça-feira o aquecimento global, o princípio de autodestruição, a incapacidade da terra para se renovar e a escassez de água como as grandes ameaças à vida humana tal como é hoje conhecida.


Lusa
 
Boff, um dos maiores expoentes da Teologia da Libertação no Brasil e conhecido ambientalista, falava numa conferência no Palácio Nacional da República Dominicana, em Santo Domingo, que contou com a presença do Presidente Danilo Medina, da vice-presidente Margarita Cedeño de Fernández e de outros membros do Governo dominicano.

Um dos grandes problemas que se avizinham será, segundo Boff, o que irá causar 100 milhões de migrantes por motivos ambientais, afetados pela falta de água e que não vão aceitar essa "sentença de morte" e irão passar a invadir países e territórios.

"Apenas 10% de 0,07% da água potável [aproveitada] se destina ao consumo humano e animal, pelo que temos que nos preparar para uma emergência humana com categoria de catástrofe ambiental e social sem precedentes no mundo", advertiu.

O ex-sacerdote e escritor lamentou a "máquina da morte" que, a seu ver, o homem impôs sobre a Terra e a natureza, apesar de considerar que "ainda há tempo" para redimir o planeta.

"Temos de levar a cabo uma mudança radical do coração e da mente; não temos a tradição de cultivar o espírito para dar amor, solidariedade, disfrutar da alegria de partilhar, de nos considerarmos irmãos, de saber perdoar e oferecer compaixão; esses são os valores da vida espiritual", apontou Boff, cujas palavras receberam aplausos por parte da audiência.

Boff alertou que a Terra superou em cerca de 30% a sua capacidade de regeneração devido à sobrecarga que lhe impôs a humanidade e recordou que, segundo dados da comunidade científica norte-americana, o aquecimento abrupto da Terra nos próximos 15 ou 20 anos pode chegar aos quatro ou cinco graus.

"Com essa temperatura, a vida que conhecemos não vai continuar; devemos ter o cuidado de olhar para uma estratégia de sobrevivência da espécie humana e para o futuro da nossa civilização", sentenciou o teólogo que, por várias ocasiões, se referiu positivamente à encíclica do papa Francisco "Laudato Si", sobre a proteção do meio ambiente.


FONTE:
http://www.noticiasaominuto.com/mundo/539662/aquecimento-global-e-uma-sentenca-de-morte

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Epidemia de febre-amarela já matou 77 pessoas

09:21
Epidemia de febre-amarela já matou 77 pessoas
O número de mortes provocadas pela epidemia de febre-amarela em Angola ascende já a 77, com mais de 315 casos suspeitos de infeção, disse hoje à Lusa o representante da Organização Mundial de Saúde (OMS) no país.  Lusa
De acordo com Hernando Agudelo, nesta altura já estão comprovados laboratorialmente 10 casos de febre-amarela em Angola, sendo que para a OMS "com um único é possível declarar o surto".

"Há outros casos em análises, mas há muitos suspeitos que acabam por não ser febre-amarela, podem ser por exemplo malária", explicou o representante da OMS.

Aquela organização de saúde das Nações Unidas está a colaborar com as autoridades angolanas no combate à doença, nomeadamente numa campanha de vacinação extraordinária da população de Luanda.

"Temos 77 óbitos, até ao momento, mas isso não significa que sejam todos de febre-amarela. É uma suspeita que tem de ser verificada pelo laboratório. São casos que caem dentro da descrição da febre-amarela", sublinhou ainda Hernando Agudelo, em entrevista à Lusa, em Luanda.

O foco da epidemia está concentrado desde o final de dezembro na zona do mercado "Quilometro 30", no município de Viana, arredores de Luanda, onde decorre uma campanha de vacinação da população por militares.

Cerca de um terço dos óbitos suspeitos aconteceram em Viana, mas mortes suspeitas já se registraram também em outras províncias angolanas, essencialmente de vendedoras que se deslocaram àquele mercado, para comercializar produtos.

A transmissão da doença é feita pelos mosquitos da espécie 'Aedes aegypti', que segundo a OMS, em algumas zonas de Viana, chega a estar presente em 100% das casas.

Decorrem ainda nesta zona campanhas de sensibilização para a necessidade de limpeza do lixo nas ruas e escoamento de água estagnada, principais pontos de propagação dos mosquitos.


FONTE:
http://www.noticiasaominuto.com/mundo/539911/epidemia-de-febre-amarela-ja-matou-77-pessoas
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Zika: Vacina será testada em humanos nos EUA antes do fim deste ano

09:12
Zika: Vacina será testada em humanos nos EUA antes do fim deste ano
O grupo farmacêutico norte-americano Inovio Pharmaceuticals, que está a desenvolver uma vacina contra o vírus Zika, anunciou hoje que irá iniciar testes em humanos antes do fim deste ano.

Lusa

"Estamos agora a produzir a vacina contra o Zika para a testar em humanos antes do fim do ano", declarou Jeff Richardson, um porta-voz do laboratório, citado pela agência de notícias France Presse.


Esta decisão ocorre, acrescentou, após testes conclusivos em animais.

"Os testes pré-clínicos mostraram que a vacina sintética contra o vírus Zika desencadeia respostas duradouras e imunes, demonstrando o potencial (...) para prevenir e tratar as infecções causadas por este patogênese", garantiu a Inovio em comunicado.

O grupo farmacêutico testou a vacina em ratos e obteve uma resposta imunitária, precisou, e vai começar imediatamente os testes em macacos e depois avançar para os seres humanos, antes do fim do ano.

Esta última etapa deverá conduzir, em seguida, a um pedido de colocação da vacina no mercado, indicou a Inovio, que pretende pedir às autoridades sanitárias uma análise acelerada do seu caso.

A vacina anti-Zika desenvolvida pela Inovio é sintética, ou seja, não assenta num vírus vivo, mas num pedaço de ADN do vírus e pode, por isso, ser conservada sem refrigeração durante várias horas.

Na bolsa de Wall Street, as perspectivas positivas fizeram subir de 6,16 para 6,98 dólares as ações Inovio nas primeiras transações.

Além da Inovio, mais de uma dezena de grupos farmacêuticos, como o francês Sanofi Pasteur e o indiano Bharat Biotech, estão a trabalhar numa vacina anti-Zika, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Não existe, até agora, qualquer medicação para combater este vírus, suspeito de ter uma relação direta com casos de recém-nascidos com uma cabeça e um cérebro anormalmente pequenos (microcefalia) e de estar também ligado à síndroma neurológica de Guillain-Barré (SGB).

A OMS prevê uma propagação "explosiva" do Zika no continente americano, com entre três e quatro milhões de casos este ano. No Brasil, há já 1,5 milhões de casos registrados.


FONTE:
http://www.noticiasaominuto.com/mundo/540159/zika-vacina-sera-testada-em-humanos-nos-eua-antes-do-fim-deste-ano
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DITADURA GAY: Cartaz TENDENCIOSO e MALDOSO pró-LGBT afirma que Jesus tinha dois pais

09:04
DITADURA GAY: Cartaz TENDENCIOSO e MALDOSO pró-LGBT afirma que Jesus tinha dois pais
A frase foi criticada pela Conferência Episcopal que pede respeito à fé de milhões de portugueses

Cartaz pró-LGBT afirma que Jesus tinha dois pais

Em Portugal uma campanha do Bloco de Esquerda (BE) em apoio a adoção de crianças por casais homossexuais tem gerado uma grande polêmica.

Isso porque a entidade política pró LGBT resolveu colocar uma imagem de Jesus Cristo e dizer que “Jesus também tinha 2 pais”, causando uma grande confusão com os cristãos e gerando revolta por parte da Conferência Episcopal.

Manuel Barbosa, porta-voz da Conferência Episcopal, emitiu uma nota dizendo a propaganda é “uma afronta aos crentes”.

“Deve haver respeito pela liberdade de expressão. Sabemos que esse respeito deve ser sempre um respeito mútuo. A liberdade implica sempre relação e corresponsabilidade e, este respeito mútuo, não sei se está presente no anúncio deste cartaz”, disse ele em entrevista à agência Lusa.

O religioso não tem dúvidas de que o cartaz “afronta os crentes que seguem Jesus Cristo e os que são da igreja, naturalmente”.

O jornal Público divulgou que o cartaz com a imagem de Jesus é apenas uma das diversas campanhas que o BE pretende distribuir pelo país, citando que há ainda um outdoor com desenhos que representam diferentes tipos de famílias acompanhados da palavra “Igualdade”.

Sobre o cartaz, a deputada do BE, Sandra Cunha, disse que a intenção não é ofender os cristãos, apenas “mostrar às pessoas que sempre existiram famílias diferentes e que essa não é uma realidade nova nem recente”.

Ainda segundo a deputada, os dois pais a que se refere o cartaz são o pai espiritual e o pai terreno de Jesus Cristo.

Mas para o porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa essa analogia não faz nenhum sentido para tentar promover o casamento gay e a adoção de crianças por esses casais.

“Essa dos pais espirituais é abusiva. Penso que há um certo aproveitamento, num período em que na igreja se está a viver um tempo forte de Quaresma, depois a Páscoa e o Ano da Misericórdia. Não sei se é coincidência ou se é propositado”, disse.


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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

CORRUPÇÃO NO BRASIL: A capacidade de manipulação dos poderosos

11:11
CORRUPÇÃO NO BRASIL: A capacidade de manipulação dos poderosos
Enorme capacidade de manipulação dos poderosos faz com que segmentos menos favorecidos da sociedade encampem, como suas, teses que na verdade contrariam seus interesses e só beneficiam os mais abastados. É como se o barco dos que têm muito, e que são poucos, navegasse rebocando o barco dos que têm pouco, e que são muitos. Todos na mesma onda



A capacidade de manipulação dos ricos e poderosos é imensa. Contam, para isso, não só com seus enormes recursos financeiros como ,com o fundamental apoio da chamada grande imprensa, que, como é natural, é comandada por ricos e poderosos. Ou seja, estão todos no mesmo barco.

Essa capacidade de manipulação faz com que os segmentos mais pobres da sociedade e as classes médias encampem, como suas, teses que na verdade contrariam seus interesses e só beneficiam ricos e poderosos. É como se o barco dos que têm muito, e que são poucos, navegasse rebocando o barco dos que têm pouco, e que são muitos. Todos na mesma onda.

Um bom exemplo dessa capacidade de manipulação e cooptação dos que têm menos pelos que têm muito é a tão falada carga tributária brasileira. Os ricos e poderosos disseminam uma gigantesca operação de manipulação de informações para confundir as pessoas e fazer com que todos acreditem na mentira que é a “enorme carga tributária brasileira”.

Claro que ninguém gosta de pagar impostos. Isso é um dado histórico, basta nos lembrarmos de Tiradentes e dos revoltosos de Minas Gerais, entre outros. Mas, diferentemente do que alardeiam os ricos e poderosos, o problema não é o tamanho da carga tributária brasileira. O problema é a injustiça do sistema tributário brasileiro, em que os mais pobres e as classes médias pagam muito mais impostos do que esses ricos e poderosos que fazem tanto barulho.

O sistema tributário brasileiro é injusto socialmente, beneficia os mais ricos e prejudica os mais pobres. Essa é a questão central. Pobres pagam muito mais impostos, pois as decisões sobre tributos são tomadas por governantes e tecnocratas ansiosos por agradar aos ricos e poderosos (e que volta e meia trabalham para eles) e pelos representantes que esses ricos e poderosos têm no Congresso Nacional — e que impedem e boicotam qualquer reforma desse sistema tributário que venha a implantar a justiça social no pagamento dos impostos.

A favor dos manipuladores há outro fator: a incapacidade de sucessivos governos, nas três esferas da Federação, de aplicar bem e corretamente os recursos arrecadados com os impostos. É natural, diante da precariedade total dos serviços públicos e dos reiterados casos de desvios de dinheiro público, que as pessoas, independentemente de classe social, rebelem-se contra qualquer aumento de imposto ou da carga tributária.

Os manipuladores impedem que as informações corretas sejam disseminadas e que haja um debate sério e qualificado sobre a questão tributária. Fazem isso para defender seus interesses e continuar pagando impostos irrisórios e sonegando à vontade e impunemente.

Não dizem os manipuladores, por exemplo, que estudos do Fundo Monetário Internacional e da Heritage Foundation, citados por Grazielle Custódio David, especialista em Orçamento Público e assessora do Inesc – Instituto de Estudos Socioeconômicos – mostram que entre as 20 maiores economias do mundo, o Brasil tem a quinta mais baixa carga tributária. A carga tributária brasileira não é alta como pintam: os problemas são que recai sobre os mais pobres e isenta os ricos, e os impostos arrecadados são mal aplicados e desviados.

Grazielle, em matéria de Joana Rozowykwiat publicada no portal Vermelho, mostra que os impostos indiretos, sobre consumo de produtos e serviços, recaem mais sobre os que ganham menos. No Brasil, 51,28% dos impostos vêm do consumo. Os salários contribuem com 24,08% dos impostos, a renda com 18,1% e a propriedade com apenas 3,93%. A média internacional de imposto sobre propriedade é de 8% a 12%. Impostos sobre consumo, quando aumentam, se refletem no aumento dos preços. Empresários jamais aceitam reduzir suas margens de lucro.

No Brasil, os assalariados têm seus impostos descontados na fonte. Já os empresários que recebem lucros e dividendos não pagam imposto de renda desde 1995, no governo de Fernando Henrique Cardoso. Nos Estados Unidos, lucros e dividendos são taxados em 21,2%, na França em 38,5%. A maior alíquota de imposto de renda no Brasil, para os que ganham mais, é de 27,5%. Nos Estados Unidos, é de 39,6%, na Alemanha é de 45% e na Suécia é de 56,7%.

No Congresso, os ricos e poderosos asseguram suas vantagens. Recentemente o governo propôs um aumento de 30% no imposto de renda sobre ganhos de capital. O senador tucano Tasso Jereissati, que é empresário, baixou para 22,5% e ainda aumentou o piso de R$ 20 milhões para R$ 30 milhões. Legislou em causa própria e a imprensa apresentou o resultado como “derrota do governo”, omitindo o sentido real da proposta e da derrota.

A sonegação de impostos no Brasil é avaliada, por Grazielle, em R$ 500 bilhões. A sonegação é um jogo financeiro do empresariado, que não paga os impostos, aplica o dinheiro que deveria ter ido para os cofres públicos e depois se beneficia dos programas de refinanciamento de dívidas, com longo prazo para pagamento e perdão de juros. Um grande negócio, não permitido às pessoas físicas. E o Congresso Nacional tem evitado que sonegadores sejam punidos. Quando pagam ou renegociam as dívidas, são perdoados.

Sem arrecadar, o Estado não tem como funcionar adequadamente, aqui ou em qualquer país. Sem impostos, um país não tem recursos para prestar serviços à população. E quem mais precisa desses serviços são os mais pobres, que mais dependem do Estado, porque precisam de benefícios sociais, educação e saúde públicas, segurança e transporte. Os ricos e poderosos que se voltam contra a justiça tributária e não querem pagar impostos não precisam desses serviços.

A manipulação desses ricos e poderosos se volta agora contra a CPMF. Na verdade, o que eles mais temem é que com a CPMF fica muito mais difícil sonegar impostos. E aí entra também a questão política: são contra a CPMF os que ainda apostam no agravamento da crise econômica para desgastar e, se possível, derrubar o governo.

O povo tem razão de cobrar a correta aplicação dos impostos e não querer que mais um seja criado. Mas, em vez de se aliar as ricos e poderosos, o que deve fazer é lutar por uma reforma tributária que leve quem tem mais a pagar mais impostos, e quem tem menos a pagar menos ou não pagar impostos. E que, de quebra, simplifique e desburocratize o sistema, reduzindo os custos do Estado e das empresas para cobrar e pagar impostos.

O governo federal deveria estar fazendo este debate, e enfrentá-lo com coragem. Só defender a CPMF, diante da enorme capacidade de manipulação de ricos e poderosos, aliada à estratégia de desgaste político, é muito pouco.

Hélio Doyle, Brasil 247


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